O Romance Político Brasileiro Contemporâneo e Outros Ensaios
Como é que romancistas brasileiros como José J.Veiga, António Callado, Chico Buarque, Inácio Loyola Brandão, Renato Tapajós, Plínio Cabral, Maria Clara Machado c outros viram a oposição à ditadura militar, a guerrilha urbana dos anos 70? E como conciliaram ideal revolucionário e democracia?
A Bahia foi conquistada e depois perdida pelos holandeses em 1625. Muitos escritores relataram os acontecimentos, exprimindo o pensamento dos diversos países intervenientes (Guerreiro, por Portugal; Lope da Vega, por Espanha; Vieira, pelo Brasil; Aldenburgh pela Holanda).
Contudo, os relatos são todos diferentes... A cada um a sua verdade!
Porque é que na poesia pastoril e arcádica brasileira do século XVIII, herdada de Portugal e da Europa, os pastores, em vez de oferecerem leite e queijo, oferecem pedras preciosas e barras de ouro?
Porque é que, em contraste com a epopeia e história trágico-marítima portuguesa, donde "se vê [permanentemente] o mar", os poetas e romancistas brasileiros quase o ignoram?
Porque é que Vieira consentiu na escravatura dos negros e se opôs tão tenazmente à dos índios?
A estas e outras questões, que dão vida a obras literárias notáveis, responde Fernando Cristóvão, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, nesta colectânea de ensaios. Feitos em datas e locais diversos, como conferências ou comunicações a congressos internacionais, continuam válidos como estudos críticos destinados a quantos se interessam pelas literaturas brasileira e portuguesa.
Os ensaios desta colectânea têm em comum uma mesma preocupação poética, histórica e temática equacionada em leitura cultural: situam-se na Literatura Brasileira, tanto da Época Colonial como da Contemporânea, e procuram contribuir para um melhor entendimento de algumas questões controversas mas, nem por isso, menos pertinentes.
Por serem análises de textos literários, reflectem perspectivas tanto de ficção como de poesia, mesmo que não coincidam com a visão e os juízos de valor dos historiadores e de outros ensaístas sociais e políticos.
Em todos eles se evidencia, em maior ou menor grau, a caminhada para a emancipação literária e autonômica do Brasil, e inventariam temas e tópicos que, mesmo antes da independência política, marcam a diferença em relação à literatura-mãe, a portuguesa.
Redigidos e apresentados em épocas várias, para congressos internacionais onde entraram em debate, estes ensaios visam uma leitura original de textos demasiadas vezes isolados da sua dinâmica estética e epocal.
Destinados, sobretudo, aos estudiosos da Literatura Brasileira, são oferecidos, igualmente, aos estudiosos da Literatura Comparada e aos leitores que queiram ter da Literatura do grande país lusófono uma visão mais larga que a do vulgar casticismo tropical ou dos exercícios escolares de Teoria da Literatura.
Lisboa. Dezembro de 2002
FERNANDO CRISTÓVÃO
Nota preliminar
O romance político brasileiro contemporâneo
Vieira e os sermões contra a escravatura
A luta Deus-Demónio na poesia e drama de Anchieta
Teatro popular abolicionista: José Agostinho de Macedo, precursor
A luta de libertação da Bahia em 1625 e a batalha dos seus textos narrativos e épicos
O mar na Literatura Brasileira
O mito do «Novo Mundo» na Literatura de Viagens
Da grandiloquência lusa ao ufanismo brasileiro
Uma poética pastoril em evolução
A Literatura como antropologia das antropologias
As frutas brasileiras e a sua significação oculta
A alquimia poética de Metal Rosicler de Cecília Meireles
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Cristóvão |
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Condicionantes Culturais da Literatura de Viagens - Estudos e BibliografiasÍndice geral Porquê e como, por Fernando Cristóvão Fernando Cristóvão Introdução. Para uma teoria da Literatura de Viagens José Nunes Carreira Jerusalém Sara Augusto Peregrinações: Roma e Santiago de Compostela Maria Adelino Amorim Viagem e mirabilia: monstros, espantos e prodígios Fernando Cristóvão A Literatura de Viagens e a História Natural João Paulo Aparício e Paula Pelúcia O animal e a Literatura de Viagens. Bestiários Manuel João Ramos O destino etíope do Preste João. A Etiópia nas representações cosmográficas europeias José da Silva Horta O Africano: produção textual e representações (séculos xv-xvII) Ana Maria de Azevedo O Índio brasileiro (o «olhar» quinhentista e seiscentista) Rui Manuel Loureiro Visões da Ásia (séculos XVI e xvII) Horácio Peixoto de Araújo Expansão missionária no Oriente Maria Benedita Araújo Os relatos de naufrágios Sobre os autores Índice onomástico --/-- Nas narrativas de viagens (sobretudo dos tempos de expansão marítima) confluem outras narrativas que as condicionam, com histórias, mitos, mirabilia, milagres, descrições de monstros, plantas e gente estranha. Numa atmosfera de encantamento, a Literatura de Viagens transporta, como no bojo das caravelas, temas, motivos e tópicos clássicos, orientais, árabes e medievais traços distintivos de outras civilizações. Doze investigadores analisam essas condicionantes, identificando e propondo ao leitor e à comunidade científica bibliografias selectivas e actualizadas. Livro muito interessante que reúne colaboração de doze investigadores em perspectiva interdisciplinar, numa linha de rumo cm que cada autor se ocupa de aspectos específicos, condicionantes de uma reflexão séria sobre Literatura de Viagens. [...] Rica informação bibliográfica. | JUSTINO MENDES DE ALMEIDA Obra recomendada pelo grande especialista Peter Mason em artigo publicado na revista Viator. Medieval and Renaissance Studies, volume 31, 2000. -
O Olhar do Viajante - Dos Navegadores aos ExploradoresSérie Literatura de Viagens - 2 Num seminário promovido pelo CLEPUL vários especialistas de Literatura, História, Filosofia, Antropologia, Arte e Cartografia procuraram ler nos olhos dos viajantes as suas intenções ocultas. Bem acentuada se revelou a rotação desses olhares, na passagem dos Navegadores para os Exploradores. Os primeiros, tanto exprimiam a boa-fé e a ingenuidade na procura do Paraíso, quando a colonização ainda não evoluíra para o colonialismo, como manifestavam exagerado zelo proselitista e fanático, agravado pelo incremento da escravatura. Os segundos, em pomposas «viagens filosóficas», tanto alargavam os conhecimentos científicos sobre a Natureza e o Homem, como, por cima deles, contabilizavam o valor das matérias-primas e inventavam a teorização e a prática do racismo, ao ponto de as Sociedades Científicas promoverem os espectáculos dos jardins zoológicos humanos. Pelo meio, ficou a interrogação dos que, decepcionados com a falta de novidade do Novo Mundo, projectavam sonhos de protesto ou de modelos sociais de carácter utópico. Índice Apresentação, de Fernando Cristóvão João David Pinto Correia - Deslumbramento, horror e fantasia. O olhar ingénuo na Literatura de Viagens Horácio Peixoto de Araújo - O fascínio do diferente nos relatos de viagens pelo Oriente Maria Lúcia Garcia Marques - A escrita do primeiro olhar. Uma re-leitura do «Roteiro» de Álvaro Velho e da «Carta» de Pêro Vaz de Caminha Maria Adelina Amorim - Frei Cristóvão de Lisboa, primeiro missionário naturalista da Amazónia Alexandra Curvelo - O poder dos mapas Ana Vasconcelos - «Algo de velho, algo de novo e algo de estranho». Imagens da Nova Holanda de João Maurício de Nassau Alberto Carvalho - Estética, ciência e estética do olhar na Viagem de Capelo & Ivens Rogério Miguel Puga - O olhar através do género. A imagem do índio brasileiro na literatura portuguesa de Quinhentos Maria da Graça Mateus Ventura - Do «Paraíso Terrenal» a «El Purgatório»: percursos de desencanto Joaquim Cerqueira Gonçalves - O olhar da ciência, da ideologia e da utopia Fernando Cristóvão - Da «boa-fé» colonizadora à «má-fé» colonialista e racista Juan Gil - Viajes y viajeros. Modalidades y motivaciones desde la Antigüedad clásica hasta el Renacimiento Sobre os autores Índice onomástico -
Da Lusitanidade à LusofoniaAGORA SOMOS 'CONDÓMINOS' DA LÍNGUA PORTUGUESA, NÃO SEUS DONOS. Nós, portugueses, desde muito cedo, aspirámos a possuir um Império, e não tardámos a consegui-lo. Simultaneamente, porque era em nome dum Império que lutávamos, também sonhámos em acrescentar ao Império colonial, um outro, o da Fé católica. Foi esse o sonho do Quinto Império do Padre António Vieira, mas, para Fernando Pessoa e, antes dele, para o brasileiro Sílvio Romero, o verdadeiro Quinto Império devia ser o da cultura e da Língua Portuguesa, unindo os vários povos que a falassem. Agostinho da Silva era da mesma opinião, mas achava que hoje já não havia lugar para impérios, por isso, a esse Quinto Império chamamos hoje LUSOFONIA, isto é, a fala dos Lusos, ou seja, dos Portugueses. Em consequência, nós portugueses já não somos donos da nossa língua, mas seus condóminos, como os povos do Brasil e das antigas colónias de África. Deste modo, a Língua portuguesa passou da fase da Lusitanidade à da Lusofonia. É do ensino, difusão e patrimónios desta língua comum que se ocupa esta obra. -
Cadernos de Literatura de Viagens - Número 1 - 2008Neste primeiro caderno que inicia uma colecção sobre Literatura de Viagens, se apresenta o valioso espólio bibliográfico da Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra sobre esta temática, acervo do qual não existe qualquer catálogo publicado. Conjunto bibliográfico este que encerra autênticas preciosidades, quer quanto ao texto quer quanto à perfeição e beleza das gravuras e ilustrações presentes em vasta gama de obras, publicadas em várias línguas e em vários países europeus, compreendendo 635 títulos acompanhados de índices remissivos por obras, autores, datas e locais de impressão, que facilitam a consulta e permitem estudos diversificados. Uma introdução explica a razão de ser destes cadernos e faz a história da Biblioteca do Palácio e do seu espólio que inclui, não só os títulos desta lista bibliográfica, mas uma valiosa colecção de obras de outras temáticas, para além de manuscritos e livros raros. ÍNDICE GERAL Critérios de Ordenamento dos índices Introdução - A Literatura de Viagens e o acervo da Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra 1. Uma perspectiva para a Literatura de Viagens 2. A Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra 3. Metodologia índice Alfabético de Autores e de Obras Anónimas índice Geral de Obras índice Remissivo dos Autores Citados índice de datas de publicação índice de Locais de Impressão/Edição -
Literatura de Viagens: Da Tradicional à Nova e à Novíssima - Marcas e TemasA viagem tem sido,desde sempre, uma forma de conhecimento, de diálogo e de mudança.Dai a tradição de a registar para memória e testemunho, em textos de grande espontaneidade, ou em verdadeiras peças literárias. Assim, ao longo da História, e reportando-nos à literatura de viagens europeia, sobretudo a partir do século XV, em fase tradicional, os relatos de viagem são de tipo aventureiro, pelas dificuldades e perigos que abundavam, descrevendo peregrinações, descobertas, conquistas, comércio, em especial. Na fase seguinte, iniciada com o Turismo, no séc. XIX,em transportes rápidos, seguros (comboio, navio a motor, automóvel...), a nova mentalidade criou novos textos descrevendo as viagens de lazer, de grandes reportagens, de descoberta de mundos exóticos, de reportagens de guerra, de turismo religioso... Com as novas tecnologias do vídeo, telemóvel, computador e seus relatos brevíssimos, carregados de imagens,estaremos a assistir a uma novíssima literatura? É desta evolução da literatura de viagens que se ocupa esta obra. Fernando Cristóvão -
Cadernos de Literatura de Viagens - Número 2 - 2010E objetivo desta coleção CADERNOS, facultar aos estudiosos, sobretudo universitários que preparam suas dissertações, sugestões e elementos documentais para desenvolverem e aprofundarem os seus estudos em matérias diversas. Este CADERNO 2 apresenta algumas ideias e informações documentais no que se refere à colonização dos índios das Américas, por parte de espanhóis e portugueses. Assim, são apresentados conceitos e documentação sobre "guerra justa", "direito das gentes", "legitimidade" ou "ilegitimidade" das conquistas,âmbito das autoridades papal ou das coroas ibéricas, bem como informação sobre as grandes controvérsias teológicas e jurídicas, de Burgos ou Valladolid, e consequentes medidas legislativas. Do mesmo modo se facultam reflexões e textos sobre a questão dos índios do norte do Brasil,posterior às controvérsias espanholas, e que delas colheu sugestões úteis, sobretudo a partir da Carta Régia de 1570, de D.Sebastião, e leis posteriores. Reflexões essas integradas num conjunto historiado de considerações sobre o caso da pacificação e dignificação dos índios brasileiros. -
Ensaios LusófonosReúne esta obra um conjunto de ensaios sobre problemas da difusão e valorização da nossa língua nas suas várias expressões da Lusofonia, encarecendo, direta ou indiretamente, tanto a importância da unidade como a da diversidade dos países que a formam. São textos muito baseados na área literária de amplos horizontes culturais, e não só fundando-se na constatação de que, sendo a literatura a antropologia das antropologias, nela cabem todas as ideias, propostas e sua contradição, pelo que, no seu espaço, tudo pode ser dito e problematizado. -
Cadernos para Estudos N.º 3 - Do Romance Nordestino Brasileiro de 30 ao Neorrealismo PortuguêsDentre as motivações para a publicação desta obra está a vontade de homenagear Alves Redol e Jorge Amado nas atuais celebrações de seus centenários de nascimento (tal como no ano anterior, de Manuel da Fonseca), por representarem, emblematicamente, quer o neorrealismo português em alguns dos seus maiores expoentes, quer a influência marcante da obra de Jorge Amado e do romance nordestino brasileiro nesse nosso movimento. Assim patrocinada, esta obra tem por objetivo facultar aos estudiosos, sobretudo estudantes universitários, reflexões, sugestões e documentos que permitam aprofundar ideias ou criar novas perspetivas de análise. Para além destes textos de base, também se propõe como leitura recomendada ampla documentação, rara ou pouco conhecida, sobre as áreas temáticas referidas.
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As 100 Melhores Tascas de PortugalAntónio Catarino, autor da famosa rubrica radiofónica TSF à Mesa, junta-se a Rui Cardoso, responsável por muitos Guias Boa Cama e Boa Mesa do Expresso, para percorrer o país de norte a sul em busca das 100 MELHORES TASCAS DE PORTUGAL. Do Minho ao Algarve, passando por Trás os Montes, Grande Porto, Beiras, Oeste, Ribatejo, Grande Lisboa e Algarve, eis um guia essencial para quem quer comer bom e barato na melhor tradição portuguesa. -
Auditoria Interna - Função e ProcessoA Auditoria Interna é hoje uma função com responsabilidade social, confrontada com um permanente desafio provocado pela constante mudança na envolvente das entidades, pelo rápido desenvolvimento de novas tecnologias, novas áreas de atuação, novos eventos, novas oportunidades, atuais e futuras, com uma atitude proativa e criativa. O principal objetivo é acrescentar valor como parte integrante de um modelo de Corporate Governance e Gestão de Risco em qualquer entidade. O sucesso da atividade de Auditoria Interna depende sempre da competência dos seus recursos, adequado posicionamento, transparência e cultura da entidade, envolvendo uma adequada mentalização e divulgação a todos os seus intervenientes. O objetivo deste livro é sensibilizar e auxiliar os profissionais, principalmente os que irão iniciar a função, para um adequado desempenho. Além disso, pretende alertar e divulgar no meio académico a importância crescente desta função para as organizações. O livro está estruturado em quatro capítulos: no primeiro e segundo evidencia o enquadramento e a função de Auditoria Interna; no terceiro e quarto aborda a Auditoria Interna numa vertente mais prática, sendo este último uma aplicação às áreas mais representativas numa média empresa, um guia básico para o exercício da profissão. Esta quarta edição foi ampliada e atualizada, nomeadamente as normas de auditoria interna (IPPF para 2013), os exemplos práticos, quadros, mapas e programas de auditoria interna.Vários -
Grande Manual dos GatosOrgulhosamente felino? Durante muitos séculos, os gatos foram considerados criaturas independentes, esguias e pouco sociáveis. Os antigos egípcios divinizaram-nos, mas, ao longo dos tempos, o desconhecimento dos humanos fez com que eles fossem maltratados e chacinados. Amados e depois odiados — foi esta a sina dos gatos ao longo dos séculos. Hoje, por todo o mundo, os gatos lideram o topo da lista de preferências dos animais de estimação. Sem recorrerem a nenhuma agência de marketing, os gatos batem sem qualquer dificuldade os ditos melhores amigos do Homem. Justiça seja feita: os gatos são seres adoráveis e divertidos. Eles são ouvintes atenciosos e perfeitas mantinhas de pêlo quente, mas também são tenazes, molengões e exímios alpinistas. Mas tudo isto faz parte do seu charme! O Grande Manual dos Gatos - Encontre Todas as Respostas para o Comportamento do seu Gato: Informações práticas e soluções testadas é um guia, elaborado segundo a estrutura de perguntas-respostas, de forma a facilitar ao leitor o seu manuseamento, e um manual que certamente responderá a muitas das questões e dúvidas que assolam o seu quotidiano felino. Quem é que nunca se interrogou sobre esta e aquela atitude do seu gato? Quem nunca temeu pela sua saúde e duvidou dos seus cuidados? Neste livro, os amantes dos felinos não só acederão a uma série de informações sobre gatos, quer sejam de raça pura, quer sejam vadios e selvagens, como poderão desvendar muitos dos mistérios que estão por detrás de como os gatos pensam e agem. Além do mais, as questões aqui apresentadas foram feitas pelo público, pelos amantes e donos de animais de estimação, ao longo de vários programas de rádio e de televisão, bem como aquando das palestras em que a autora participou. -
O Comportamento do Cavalo - A Solução dos ProblemasDa maior especialista em comportamento de cavalos.Os cavalos têm uma linguagem e uma lógica próprias, mas os humanos podem aprender a compreender os seus significados. Utilizando um formato de perguntas e respostas e tendo como ponto de partida estudos de casos reais, a especialista de comportamento equídeo, a Dr.ª Jessica Jahiel, explica como um cavalo pensa e aprende, porque é que age como age e como cada um de nós lhe deve responder.Uma obra para quem tem cavalos ou lida com eles, sejam eles castrados, fêmeas ou garanhões, potros ou cavalos velhos, selvagens ou domesticados, mas que sejam cavalos tímidos, revoltados, nervosos e ansiosos, barulhentos, excitados, anti-sociais, distraídos, assustadiços, melancólicos, preguiçosos, comilões, sexualmente desinteressados, possessivos, avessos à sela, a pessoas ou a riachos, receosos do veterinário ou do ferrador; que adoram morder, roer, escoicear, escavar, dar pinotes, etc., etc. -
Cartas da Guerra: d'este viver aqui neste papel descripto"As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na privacidade da sua relação com a mulher, isolado de tudo e de todos durante dois anos de guerra colonial em Angola, sem pensar que algum dia viriam a ser lidas por mais alguém. Não vamos aqui descrever o que são essas cartas: cada pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas qualquer que seja a abordagem, literária, biográfica, documento de guerra ou história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos (...) Este é o livro do amor dos nossos pais, de onde nascemos e do qual nos orgulhamos. Nascemos de duas pessoas invulgares em tudo, que em parte vos damos a conhecer nestas cartas. O resto é nosso." Maria José Lobo Antunes; Joana Lobo Antunes Do Prefácio -
Kafka à Beira-MarKafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo. -
O Codex 632A mensagem enigmática foi encontrada por entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer. MOLOC NINUNDIA OMASTOOS Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou-se para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo. Baseado em documentos históricos genuínos, O Codex 632 transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, uma aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, um autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade. «Tomás apercebeu-se de uma folha solta, duas linhas firmes, quatro palavras redigidas com inusitado cuidado, as letras rabiscadas em maiúsculas, pareciam rasgar o papel, a caligrafia revelando contornos obscuros, insinuantes, como se encerrasse uma arcaica fórmula mágica, criada por antigos druidas e esquecida na névoa dos séculos. Quase irreflectidamente, sem saber bem porquê, como se obedecesse a um velho instinto de historiador, aquele sexto sentido de rato de biblioteca habituado ao mofo poeirento dos velhos manuscritos, inclinou-se sobre a folha e cheirou-a; sentiu emergir dali um odor arcano, um aroma secreto, uma fragrância transportada por um mensageiro do tempo. Como um encantamento esotérico, que nada revela e tudo sugere, aquelas palavras indecifráveis exalavam o enigmático perfume do mistério.»Vários -
Etiqueta ModernaUm atualizar de ideias que não dispensa a melhor tradição .Smartphone à mesa: sim ou não? A mulher pode ou não pagar o jantar? Devemos saber estar nas redes sociais? Que roupa vestir para uma entrevista de emprego? Com se faz networking? E como se constrói uma imagem profissional? O mundo e a sociedade estão a mudar. Todos os dias, as novas gerações operam transformações nos comportamentos face às gerações anteriores. Porém, conceitos como civismo, bom senso, saber-estar, cortesia, boa educação, urbanidade, tradição ou boas maneiras não perderam atualidade. Por isso, a etiqueta é hoje mais importante do que nunca, ainda que numa versão transformada e modernizada. Foi com o intuito de dar corpo a um novo paradigma da etiqueta e das boas maneiras que Vasco Ribeiro, professor universitário na área do turismo e da hotelaria e especialista em etiqueta, desenvolveu este pertinente manual. Etiqueta Moderna é um livro prático que, adaptando e atualizando as regras clássicas, apresenta uma versão renovada da etiqueta.Em tempos de grande sofisticação tecnológica, este livro dá a conhecer os preceitos e os comportamentos corretos em ocasiões e contextos aos quais a etiqueta clássica não sabia dar resposta. Dos princípios gerais da etiqueta moderna, passando pelos eventos, pelo emprego, pelo estar à mesa, por receções em casa ou por viagens para outros países, este livro é o melhor aliado de quem pretende apresentar sempre a melhor versão de si mesmo. Com prefácio de Ricardo Carriço .Numa época em que se tende a desvalorizar os valores essenciais do saber estar e da boa educação, este livro é imprescindível.Tânia Ribas de Oliveira "Etiqueta Moderna" ajuda a perceber a importância de que uma sociedade, para progredir com civilidade, precisa de gerações que continuem a cultivar os valores sociais que se defendem como corretos e justos. Mónica Jardim Há regras de etiqueta para se viver em sociedade (não confundir com educação, porque essa vem de berço e não se aprende). Eu tive a sorte de ter educação e lições de boas maneiras desde que nasci e isso faz de mim uma pessoa apaziguadora, de bem com a vida e mais feliz. Lili Caneças Este livro trata a etiqueta numa nova perspetiva, toda ela bastante pertinente, e expõe as temáticas com a necessária atualização. Não deixe de o ler. José Figueiras Um livro essencial e oportuno de um autor com uma sólida formação académica, ética e cívica. Jorge Rio Cardoso Uma excelente leitura e perfeitamente adaptável à PSP. Faz a ponte entre a força policial e as boas maneiras na ótica da etiqueta moderna, o que é imprescindível, tendo em conta o número de eventos protocolados a que prestamos segurança. João Moura Porque ser e estar na moda com etiqueta moderna oferece outro élan e um enorme carisma, este é um livro fundamental. Gio Rodrigues