O Sermão de Noé Dentro da Arca e Outros Poemas
'O Sermão de Noé Dentro da Arca e Outros Poemas' é o volume III do ciclo METAMORFOSES [obra em curso].
«O Alentejo não foi uma opção. Foram as circunstâncias, como diria Kavafis, que me impuseram uma certa “vila da província”. Talvez os meus poemas agradem mais ao homossexual dos velhos tempos do que ao jovem gay livre e emancipado dos dias de hoje. Para o meu labor, prefiro — acima de tudo — o leitor comum e entusiasta da poesia. Não saí do “armário” — há muitos e muitos anos, e a poesia foi a chave da porta — para ser engavetado, por quem não ama a poesia nem a vida e ainda menos a raiz erótica de ambas, no cacifo da literatura gay com um rótulo na testa ou uma etiqueta na nuca.»
J.A.A.
| Editora | não (edições) |
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| Categorias | |
| Editora | não (edições) |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José António Almeida |
José António Almeida nasceu em Lisboa a 8 de Fevereiro de 1960.
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A Angústia da Azeitona Antes de se Transformar em Luz“Não é fácil ser poeta, nem homossexual, nem católico. E muito menos viver estas três identidades ao mesmo tempo. Isto é, existir nestes três estados imperfeitamente, de forma substantiva e sem vírgulas.”JAAO livro A Angústia da Azeitona Antes de se Transformar em Luz reúne textos de José António Almeida como O Casamento Sempre Foi Gay e Nunca Triste (2009) e Memória de Lápis de Cor (2014), publicados na &etc, a que o autor decidiu juntar um poema central na sua obra – ‘As Bodas de Caná’ – e um texto em prosa, de comentário ao mesmo, que formam parte integrante de Arco da Porta do Mar (2013). -
Pouca TintaPOUCA TINTA reúne a poesia de José António Almeida, com alguns dos livros/textos em 'versão emendada e restaurada' pelo autor. A poesia não exige apenas uma disponibilidade mental. Com humildade pede e, ao mesmo tempo, imperiosamente reclama uma disponibilidade total. Emana de uma fonte escondida numa alta montanha que nenhum olhar alheio consegue ver na superfície pobre e plana do quotidiano de quem solitariamente a escreve. E exige também, para ser concretizada, uma maneira de viver que é uma estranha forma de vida. A poesia em primeiro lugar, toda nua e por inteiro – o que tem um elevado preço: moral, de saúde e financeiro –, pois o poeta é como aquele jogador que entra num casino e aposta todas as fichas no mesmo número. Mas o convívio das musas insensatas que governam a poesia compensa e recompensa essa imperdoável loucura setenta vezes sete. -
A Vida de Horácio e Outras ficçõesDepois de A ANGÚSTIA DA AZEITONA ANTES DE SE TRANSFORMAR EM LUZ (reflexões) e de POUCA TINTA (poesia reunida), é editado o livro A VIDA DE HORÁCIO E OUTRAS FICÇÕES, que reúne o trabalho de José António Almeida no campo da ficção. Com este volume completa-se um ciclo de reunião de textos do autor, publicados dispersamente ou em livro, alguns deles fora de circulação e agora devolvidos ao leitor. A VIDA DE HORÁCIO E OUTRAS FICÇÕES inclui um texto inédito que lhe serve de prefácio, "Magnólias, alfinetes e agulhas", e conta com capa de Luís Henriques. -
Mar Vermelho na Vila Toda Branca"O Alentejo não foi uma opção.Foram as circunstâncias, como diria Kavafis, que me impuseram uma certa «vila da província». Talvez os meus poemas agradem mais ao homossexual dos velhos tempos do que ao jovem gay livre e emancipado dos dias de hoje. Para o meu labor, prefiro - acima de tudo - o leitor comum e entusiasta da poesia. Não saí do «armário» - há muitos e muitos anos, e a poesia foi a chave da porta - para ser engavetado, por quem não ama a poesia nem a vida e ainda menos a raiz erótica de ambas, no cacifo da literatura gay com um rótulo na testa ou uma etiqueta na nuca." José António AlmeidaMar Vermelho na Vila Toda Branca é o volume I do ciclo Metamorfoses [obra em curso] e o primeiro livro de poesia inédito publicado pelo autor desde 2013. -
O Minotauro e Outros Versos AssimO Minotauro e Outros Versos Assim' é o volume II do ciclo METAMORFOSES [obra em curso].«O Alentejo não foi uma opção. Foram as circunstâncias, como diria Kavafis, que me impuseram uma certa “vila da província”. Talvez os meus poemas agradem mais ao homossexual dos velhos tempos do que ao jovem gay livre e emancipado dos dias de hoje. Para o meu labor, prefiro — acima de tudo — o leitor comum e entusiasta da poesia. Não saí do “armário” — há muitos e muitos anos, e a poesia foi a chave da porta — para ser engavetado, por quem não ama a poesia nem a vida e ainda menos a raiz erótica de ambas, no cacifo da literatura gay com um rótulo na testa ou uma etiqueta na nuca.» J.A.A.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira