Este livro, organizado por João Lisboa, compõe-se de declarações de Cobain sobre a sua vida. O resultado é uma biografia completa sobre o vocalista dos Nirvana e autor da atitude de “nevermind”. Aqui ficamos a conhecer os episódios que o marcaram para sempre (como o divórcio dos pais, quando tinha sete anos) e os seus primeiros passos na música, que mais tarde viriam a dar origem aos Nirvana. Um bom instrumento para a compreensão da figura de Cobain e do mito gerado em torno dela.
Viveu intensamente até ao momento que escolheu. O que ele não queria era o destino de estrela de rock’ n’roll. Sentir os holofotes a crestar a pele, fingir aquela alegria que põe todos aos pulos para depois esmorecer como um comboio estancado numa estação abandonada. Deixou uma carta escrita de despedida. Depois deu um tiro na cabeça. Recolheu ao panteão dos mais relampejantes e radicais poetas do nosso tempo. Músicos de circunstância. Meteoros de fulminante precipitação. Poetas para sempre e de pouca e imprecisa palavra. Kurt Cobain revive agora na colecção “Rei Lagarto” ao lado de Morrison, Ian Curtis, Zappa, Brel e outros roubadores de lume que acabam incandescentes. A organização e tradução do livro é de Ana Cristina Ferrão.
Luís Villas Boas é unanimemente considerado o «pai» do jazz em Portugal. Nascido em Lisboa, a 26 de Março de 1924, numa família com fortes tradições musicais e ligada à cultura em geral.A ele se devem a criação do programa de rádio mais influente na divulgação do jazz, Hot Club, transmitido ininterruptamente entre 1945 e 1969, a organização das primeiras jam sessions, a autoria dos primeiros artigos de imprensa informados, a fundação das primeiras instituições jazzísticas nacionais - Hot Clube de Portugal, 1948; Discostudio, 1958; Luisiana Jazz Club, 1965 -, e a produção dos primeiros grandes concertos: Sidney Bechet, 1955; Count Basie, 1956; Bill Coleman, 1959.No final dos anos de 1970 teve um papel decisivo na promoção do ensino, fundando as escolas do Hot Clube de Portugal - onde se têm formado nos últimos cerca de 50 anos as sucessivas gerações de músicos que mantêm o jazz como um género musical vivo -, e do Luisiana Na década de 1980, juntamente com Duarte Mendonça, viria a ter os seus próprios programas de jazz - Aqui Jazz (1978-1979), Jazz Magazine (1978-1979), Club de Jazz (1982-1985) e Jazz para Todos (1986).Para celebrar o 100 º aniversário do nascimento de Luís Villas Boas este livro reúne uma primeira narrativa biográfica e, através de 70 entrevistas à imprensa, rádio e televisão, dá-lhe a palavra, acompanhando a evolução do seu pensamento e acção ao longo de quase 50 anos, bem como o percurso do jazz no Portugal do século XX.
Compositor e escritor, Boucourechliev
evoca algumas das grandes etapas
da linguagem musical, mas também
esclarece o fenómeno da música,
os mecanismos íntimos da composição
e da audição.
[Olhares sobre a música em Portugal no século XIX] é um volume repleto de informação inédita e
profundamente estimulante para todos os que se dedicam aos estudos artísticos e culturais em Portugal,
cuja leitura vem demonstrar a riqueza e complexidade de uma época à qual começamos enfim a prestar
justiça. Com este livro, ficamos a dever à autora a confirmação inequívoca de que a história da música em
Portugal no século XIX merecia, de facto, ser contada. [Paulo Ferreira de Castro].