Ondas Médias / O Segredo de Ouro Preto e Outros Caminhos
2.º volume de crónica da Obra Completa de Vitorino Nemésio, com Direcção Literária de Luiz Fagundes Duarte.
Este volume reúne duas obras resultantes da compilação de dispersos organizada por Vitorino Nemésio. Com este traço em comum, estes livros não poderiam, no entanto, afigurar-se mais distintos.
Ondas Médias é o resultado da colaboração assídua e relativamente longa do escritor com a Emissora Nacional, através de crónicas radiofónicas, isto é, escritas para serem lidas e ouvidas aos microfones da rádio.
O Segredo de Ouro Preto e Outros Caminhos, por sua vez, compila crónicas de viagem, a primeira ao país-irmão, e combina-as com poesia de feição brasileira, resultante da comoção inevitável do escritor com a outra margem lusa do Atlântico.
| Editora | Companhia das Ilhas |
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| Editora | Companhia das Ilhas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Vitorino Nemésio |
Escritor português natural da Ilha Terceira, nos Açores (1901-1978), foi professor da Faculdade de Letras de Lisboa. Colaborou na revista Presença e dirigiu a Revista de Portugal. Poeta, ficcionista, ensaísta, cronista, crítico literário, recebeu o Prémio Nacional de Literatura em 1966. De entre as suas obras, são de destacar Festa Redonda (1950), Nem Toda a Noite a Vida (1952), O Pão e a Culpa (1955), O Verbo e a Morte (1959), O Cavalo Encantado (1963), Canto da Véspera (1966), Sapateia Açoriana (1976) e ainda o romance Mau Tempo no Canal (1944)
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Poesia - (1916-1940)Este é o primeiro volume da nova coleção das Obras Completas de Vitorino Nemésio, editado pela Imprensa Nacional em parceria com a Companhia das Ilhas. «Nemésio escreveu e publicou poesia durante toda a sua vida: começou aos 15 anos — com o Canto Matinal (1916) —, e terminou aos 76 — com o Caderno de Caligraphia, em que trabalhava quando faleceu a 20 de fevereiro de 1978. Por ele passam, portanto, muitas das ideias estéticas que enformaram a poesia portuguesa do século XX, no seio da qual, no entanto, conseguiu manter uma voz e uma postura muito próprias, combinando de um modo seguro, mas subtil, a erudição do académico com a genuinidade da inspiração de matriz popular açoriana», escreve Luíz Fagundes Duarte, na sua Nota Editorial.Da sua poesia serão ainda editados mais três volumes - Poesia (1950-1959), Poesia (1963- 1976) e Poesia Póstuma e Dispersa.O presente volume, por critério editorial, encontra-se dividido em duas partes: Poesia (1916-1930) e Poesia (1935-1940). -
Amor de Nunca Mais, Paço do Milhafre, O Mistério do Paço do Milhafre«Este é o primeiro volume da série «Teatro e Ficção da Obra Completa de Vitorino Nemésio». Com esta edição, destinada a um público vasto em que cada volume é revisto e apresentado por um especialista na matéria, a Imprensa Nacional e a editora Companhia das Ilhas dão um contributo decisivo para a divulgação e o conhecimento da obra de um dos escritores que ficarão para a história da literatura portuguesa do século XX: Vitorino Nemésio.»Amor de Nunca Mais (1920) a sua única peça de teatro conhecida, e os dois volumes de contos O Paço do Milhafre (1924) e O Mistério do Paço do Milhafre (1949), compõem esta nova edição, agora atualizada em conformidade com a ortografia em vigor. -
Vida e Obra do Infante D.HenriqueNão se há-de entender tanto por biografia pura e resenha de feitos pessoais como por narrativa sumária da empresa histórica portuguesa desenrolada na contemporaneidade do Infante e seus tempos mais próximos, e não menos historicamente projectada na sua figura.Destinado a evocar a figura do Infante D. Henrique [ ], este livrinho mantém-se nos naturais limites de simples narrativa. De biografia tem o indispensável para reerguer o herói na memória do comum dos portugueses nessa celebração. Enfeixando os acontecimentos de que o Infante é considerado centro e principal propulsor, não pretende ser completo, mas apenas complexivo, levando o relato aos feitos que integraram a acção henriquina e se protraem até cerca da morte de D. João II. -
Isabel de Aragão, Rainha SantaDesde tenra idade Isabel de Aragão mostrou gosto pela religião, tendo promovido uma série de obras pias, fundando ou ajudando à fundação de hospitais (Coimbra, Santarém, Leiria),a silos e albergarias (Leiria, Odivelas), mosteiros, capelas (Convento da Trindade em Lisboa, Claustro em Alcobaça, capelas em Leiria e Óbidos). A sua presença junto do Rei D. Dinis era constante, o que lhe granjeou grande popularidade junto do povo, que desde cedo a considerou Santa atribuindo-lhe inúmeros milagres. -
Mau Tempo no Canal«Não há, no género, obra alguma que se lhe compare naliteratura portuguesa deste século; nem há talvez obraromanesca mais complexa, mais variada, mais densa e maissubtil, em toda a nossa história literária.» -
Mau Tempo no Canal - Livros RTP Nº 26«Uma fila de carros estacara ao longo da quinta dos Dulmos. Ouviam-se vozes e risotas no pátio; as formas claras das raparigas cirandavam do patamar para o vestíbulo. Os machos dos landós sacudiam as guizeiras e as flores com que Roberto, pachorrentamente, lhes ia enfeitando as cabeçadas. Cecília e Bebé Lemos perseguiam-se por trás de uma vitória; um cocheiro velho segurava a parelha, de olho nos raios da roda. Era uma tarde de abril. O Pico estava com o cabeço roxo, cortado de uma nuvem cinzenta.»Vitorino NemésioPrefácio de José Manuel Mendes. -
Raul Brandão ÍntimoVitorino Nemésio conheceu e conviveu com Raul Brandão de uma forma próxima e cúmplice. Frequentou a sua casa e partilhou destinos de viagens, compreendeu as suas angústias e registou as suas alegrias. Compreendeu a sua Obra e ajudou a engrandecê-la.Neste pequeno grande livro estão reunidos textos que Vitorino Nemésio escreveu sobre Raul Brandão relatando aspectos importantes dessa amizade e dessa convivência próxima, permitindo-nos assim conhecer um pouco melhor o dia-a-dia e a psicologia do autor de “Húmus”. -
Sob os Signos de Agora - Conhecimento de PoesiaO primeiro volume da série Ensaio da Obra Completa de Vitorino Nemésio, reúne duas peças do pensamento crítico de Vitorino Nemésio — «Conhecimento de Poesia» e «Sob os Signos de Agora». Sendo ambas compostas de dispersos, o livro que o leitor tem agora nas mãos segue o trilho que lhes marcou a história editorial. Tal como os livros aqui reunidos, este, que os reúne, procura coerência na temática abordada e na abordagem crítica de que faz uso o autor. Observações: Direção Literária de Luiz Fagundes Duarte, Edição de Ângela Correia -
Stormy Isles - An Azorean TaleStormy Isles, originally published in Portuguese in 1944 an set in Azores between 1917 and 1919, focuses on the vivacious and sharp Margarida, who, at twenty years of age, is a model of feminist aspirations, and the paragon of her generation. A member of the elite, she foregoes some of the entitlements of her class and struggles with the morals of the bourgeois society in which her life unfolds. Narrated in realistic and poetic language as a series of interconnected tales within a larger tale, Stormy Isles provides a rich, vivid portrait of the Azores in the early twentieth century. -
Poesia (1950-1959)«Não basta termos escritores importantes como Vitorino Nemésio: é preciso lê-los. E, para os ler, é necessário dispormos de boas edições, que respeitem a vontade do autor e satisfaçam as necessidades do leitor comum que apenas deseja fruir a leitura dos textos. É o que se pretende com a nova edição da Obra Completa de Vitorino Nemésio, edição da Companhia das Ilhas e da Imprensa Nacional.»
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.