Onde Moram as Casas
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| Editora | Editorial Caminho |
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| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carla Maia de Almeida |
Carla Maia de Almeida (Matosinhos, 12 de janeiro de 1969) é uma jornalista freelancer, escritora, formadora e tradutora na área da literatura infantojuvenil. Nasceu em Matosinhos, em 1969, e é licenciada e pós-graduada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa.
Fez ainda uma pós-graduação em Livro Infantil pela Universidade Católica Portuguesa, tendo enveredado por esta área, em complemento com o jornalismo.
Em outubro de 2010, Carla Maia de Almeida foi a primeira autora de livros para crianças a beneficiar de uma residência no estrangeiro com o apoio da Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas.
A sua obra está incluída no Plano Nacional de Leitura. Atualmente vive em Lisboa, é responsável pelas páginas de divulgação e crítica de livros para crianças na revista LER e autora do blogue O Jardim Assombrado.
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Onde Moram as CasasAs Casas têm coração, um sótão para sonhar e uma cave para arrumar coisas assustadoras. Dos pés ao telhado as casas somos nós. Como é a tua casa? -
Boa Noite Mocho!“Boa noite, Mocho!” é um álbum para pré-leitorese primeiros leitores, que se destaca pela sua estruturarepetitiva e acumulativa. Junto do protagonista, vão-seaproximando outros animais, cujas vozes, durante o dia, oimpedem de dormir. Com a representação das onomatopeiasno texto, os leitores podem familiarizar-se com os sons etornarem-se, inclusivamente, partícipes da narração do conto.Para além da abordagem à fauna e ao conhecimentodo meio ambiente, também permite um jogo memória,pelo que se trata de um livro ideal para desenvolverestratégias de leitura na sala de aula. A estes aliciantes,acresce um inesperado final humorístico.De acordo com a simplicidade da história, Pat Hutchins elaborauma proposta gráfica simples e colorida, a partir de um únicocenário onde decorre a ação. Pouco a pouco, os ramos daárvore vão-se povoando com diferentes habitantes do bosque,com os seus respetivos cantos e ruídos característicos. -
Chamo-me Siza VieiraChamo-me Álvaro Joaquim Melo Siza Vieira e nasci em Matosinhos, a 25 de junho de 1933. O Lugar onde nascemos e crescemos é muito importante, mesmo que mais tarde tomemos a decisão de morar a 25 mil quilómetros dali. Podemos passar a vida todas a mudar-nos de uma casa para outra, de uma terra para outra ou de um país para outro. Há quem goste muito da ideia de mudança, até ao ponto de parecer que não pode viver de outra maneira. Diz-se que essas pessoas que têm bicho-carpinteiro. Acho que o bicho-carpinteiro não se importaria nada que lhe chamassem bicho-arquiteto, porque, no fundo, são espécies muito parecidas. -
Irmão LoboMalik. Penso nele como um totem que mantinha a tribo unida, a tentar adaptar-se ao apartamento e a sonhar com o seu antigo tipi rodeado de verde. Nas poucas fotografias que tirámos depois de ele partir, parecemos um punhado de moedas atiradas ao ar, caídas ao acaso, afastadas umas das outras. Esta, por exemplo, com a Blanche a olhar para mim, Alce Negro a olhar para o céu, o Fóssil a olhar para os ténis e a Miss Kitty de óculos escuros, a olhar para dentro, para os lugares onde só ela entrava. Depois daquele verão em que tudo começou a arder, nunca mais aparecemos os cinco nas fotografias. Foi o verão da Grande Travessia no Deserto da Morte. Ou, simplesmente, o verão da Grande Travessia. Lembro-me como se fosse hoje. -
O Gato e a Rainha SóEsta é a história de um encontro significativo, capaz de mudar o rumo das personagens e levá-las até lugares inesperados. De como as viagens, no sentido de busca e construção interior, nos conduzem à descoberta do Outro - o duplo, o diferente e o distante. Para crianças a partir dos 8/9 anos, idade em que cresce a curiosidade pelo mundo, e para todas as idades em que esta se prolonga. -
Ainda Falta Muito?Todos os filhos a fazem. Todos os pais a detestam. É assim em todas as viagens que fazem juntos. Os filhos têm muita pressa, porque a vida não espera. Os pais querem ir devagar, porque o tempo não chega. Mas uns e outros aprendem a apreciar a jornada. É assim em todas as viagens que fazem juntos. «Na última vez que fomos a casa da Avó, eu era muito pequena. E o meu irmão ainda mais. Era só um bebé na barriga da Mãe, por isso passou a viagem a comer e a dormir. Como um astronauta na sua nave, em férias no espaço. O meu irmão já foi um tatibitate, mas agora sabe falar. Ainda falta muito?, está sempre a perguntar.»
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Todo-o-Terreno e Outros ContosA história é sempre a mesma. A personagem principal é uma criança entre os cinco e os quinze anos, só e orgulhosa, só e inconformada com a sua solidão, sempre sozinha. (...) À sua volta, há outras crianças e alguns adultos com defeitos e feitios às vezes cómicos, às vezes tão tristes que dão vontade de rir. O tempo é curto e o espaço limitado (...). A criança faz as coisas banais de uma vida infantil e banal: não faz nada. No fim da história, nada parece ter mudado, mas arrastaram-se móveis pesados, limparam-se os cantos à história de sempre (...). É preciso abrir a janela, arejar esta casa.Ver por dentro: -
O rapaz da bicicleta azulO João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com estalidos, como os ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse "não sei quê" era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do Sol.Ver por dentro: