Os cães ladram facas
A antologia poética de Charles Bukowski que faltava em português. Os cães ladram facas recupera a violência graciosa que apenas a poesia consegue concretizar.
«se não rebentar de dentro de ti
a despeito de tudo,
não o faças.»
Reunida a partir das várias dezenas de livros de poesia daquele que é considerado o poeta americano mais influente e imitado de sempre, esta antologia poética de Charles Bukowski publicada pela Alfaguara foi selecionada, organizada e prefaciada pelo escritor Valério Romão.
O legado poético de Charles Bukowski, além de implacável, visceral e transgressor, é, antes do mais, incontornável. Em todos os seus escritos, o génio atormentado e marginal de Henry Charles Bukowski, gerador de alguma da poesia mais marcante da literatura contemporânea, comete a proeza de identificar e isolar pontos de luz indefetíveis nos quotidianos mais negros, nas experiências de vida mais sombrias.
É inegável a sedução que a autenticidade dos seus poemas exerce sobre nós, leitores e espectadores das entranhas de uma vida como ela também pode ser, admiradores da força da vida, da morte, do sexo. Por isso, Charles Bukowski é, também, mais do que um fenómeno. Charles Bukowski é essencial.
LIVRO DE BOLSO
| Editora | Alfaguara |
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| Categorias | |
| Editora | Alfaguara |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Charles Bukowski |
Charles Bukowski nasceu na Alemanha, em 1920, mas cresceu em Los Angeles, onde viveu durante cinco décadas. Publicou o seu primeiro conto em 1944 e começou a escrever poesia dez anos mais tarde. Viu publicados mais de quarenta e cinco livros de prosa e poesia, muitos dos quais editados em Portugal pela Alfaguara: Os cães ladram facas (antologia poética), Matemáticas da escrita, Pulp, Hollywood, A mulher mais bonita da cidade, Histórias de loucura normal, Mulheres, O capitão saiu para almoçar e os marinheiros tomaram o navio, A sul de nenhum norte, Factotum, Pão com fiambre, Notas de um velho nojento e Sobre o amor. Bukowski é, ainda hoje, um dos autores americanos contemporâneos mais notórios a nível mundial, e considerado o poeta americano mais influente e imitado de sempre. Morreu em 1994, pouco tempo depois de completar o romance Pulp.
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CorreiosCorreios, o primeiro romance de Bukowski, é baseado na sua experiência como empregado dos Serviços Postais dos Estados Unidos ao longo de uma década, e foi publicado num momento em que o seu nome ascendia ao plano do reconhecimento literário universal. Ponto de partida ideal para qualquer leitor que se queira iniciar na prolífica obra de Bukowski, encontramos em Correios as qualidades dos seus restantes trabalhos. Repleto de cenas hilariantes, este romance é também um retrato fiel das frustrações de um funcionário público sofredor. As suas personagens, entre a ficção e a realidade, captam a essência e a universalidade do ser humano e nós, leitores, continuaremos a topar, em Bukowski, com bebedeiras, mulheres, zaragatas, eventuais rebates de consciência, enfim, com os trambolhões da vida. -
Música para Água ArdenteMúsica para Água Ardente (1983) é Bukowski puro e duro, sem complacências. Uma trintena de breves histórias, consistentemente mordazes, hilariantes e grotescas, nas quais reencontramos amiúde o infame alter ego Chinaski e a galeria de suspeitos do costume nos contos etílicos do autor: vidas encalhadas, inebriadas por frustrações incuráveis, homens em busca de redenção por tuta-e-meia e que apostam uma e outra vez em cavalos errados. Relatos que destilam álcool e humanidade, os contos aqui reunidos são tónicos para a veia sórdida e obscura de todos nós e flashes da natureza solitária do homem, captados nitidamente por este destrutivo mensageiro pós-beat. Numa ronda aos tropeções por maus bairros, Bukowski, fiel a si mesmo, prossegue a crónica dos espoliados da sociedade americana, desta vez ao som da água quente que escorre dos radiadores nos míseros motéis de Los Angeles. -
O Capitão Saiu para Almoçar e os Marinheiros Tomaram o NavioNesta fascinante compilação de textos diarísticos - recolhida dos seus cadernos e publicada postumamente - Bukowski descreve-nos com profunda candura e sentido de humor os acontecimentos e reflexões que vão pontuando aqueles que serão os seus três últimos anos de vida. Tudo isto com o inconfundível estilo de Bukowski - o artista maior do que a própria Humanidade que retrata. -
A Sul de Nenhum NorteConsiderado por muitos como o melhor livro de Bukowski, A sul de nenhum norte é um retrato cru e fulgurante dos americanos que desistiram da sociedade e até de si mesmos. Uma reflexão que Bukowski faz com particular genialidade e domínio literário na economia e alvos das suas palavras -
Histórias de Loucura NormalUm retrato da vida marginal de Los Angeles. Histórias, inspiradas na sua própria vida, tão selvagens e inusitadas quanto as histórias dos seus romances. Edição Premium , de capa dura e com sobrecapa. -
FactotumUma cerveja, um engate. Mais um copo, mais uma mulher. Aventuroso e obsceno, divertido e desesperado, desbocado e ao mesmo tempo lírico, Factotum é o segundo romance do grande Charles Bukowski, nunca antes publicado em Portugal. Uma espécie de retrato do artista enquanto jovem, este é decididamente um dos melhores e mais marcantes escritos do autor americano. -
Os Cães Ladram FacasO legado poético de Charles Bukowski, além de implacável, visceral e transgressor, é, antes do mais, incontornável. Em todos os seus escritos, o génio atormentado e marginal de Henry Charles Bukowski, gerador de alguma da poesia mais marcante da literatura contemporânea, comete a proeza de identificar e isolar pontos de luz indefectíveis nos quotidianos mais negros, nas experiências de vida mais sombrias. -
MulheresRomance semi-autobiográfico, Mulheres é um relato brutalmente humano e honesto de noites intoxicadas e mulheres perdidas.No seu registo cru e negro e com uma perspicácia caricatural sobre os relacionamentos humanos, Bukowski recebe-nos no seu quotidiano rocambolesco, onde há sempre mais uma cerveja por abrir e uma mulher para seduzir.“O grande romance de Bukowski, repleto de episódios hilariantes.” Uncut -
PulpO último romance de um dos mais conhecidos autores americanos contemporâneos numa edição limitada de capa dura. Escrito enquanto Bukowski lutava contra a doença de que viria a morrer, Pulp é a despedida do autor aos seus leitores e um romance de corajosa autocrítica. -
HollywoodBukowsky nunca teve grande consideração pela indústria do cinema, mas quando foi convidado a escrever um guião para um filme sobre si próprio percebeu que a realidade era muito mais terrível do que alguma vez poderia ter imaginado. Charles Bukowski dizia que escrevia quando se sentia zangado. Hollywood é, pelas suas palavras, um romance de indignação.Edição limitada em capa dura.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira