Paula Rego - Rehearsal: Ensaio sobre o Amor, de Emília Ferreira, assume-se como um diálogo a três vozes femininas - a autora, a artista e a protagonista do mito - e continua a já longa tarefa de investigação académica original e (sempre) apaixonada da investigadora sobre a Obra da artista anglo-portuguesa Paula Rego (n. 1935).
Desta feita, trata-se de um ensaio sobre o Ensaio (Rehearsal, 1989) de Rego a propósito de um dos mais antigos e conhecidos mitos nacionais portugueses, o de Inês de Castro e de D. Pedro I.
Passo a passo, acompanhando as várias frames da encenação subversiva do mito visual de Rego, a autora deste estudo "ensaia" as suas leituras, como sempre, com enorme sabedoria e destreza, invocando e convocando leituras prévias que se tornam paralelas à medida que apreciamos a obra de arte em questão.
Durante várias décadas do século XIX, as elites portuguesas reclamaram a criação, em Lisboa, de um Museu Nacional de Belas Artes. Em 1882, o Palácio Alvor abria as portas à Exposição Retrospectiva de Arte Ornamental Portugueza e Hespanhola. Primeira exposição em Portugal (e uma das primeiras do mundo) a contar com iluminação elétrica, catálogo com ilustrações e até um volume de fototipias, envolveu a cidade e o país num momento de entusiasmo cultural. Os trabalhos da comissão organizadora proporcionaram à imprensa nacional uma apaixonada discussão sobre arte e cultura, e contribuíram para o conhecimento internacional da arte nacional. Dois anos depois, o Palácio Alvor abriria as suas portas ao Museu Nacional de Bellas Artes e Archeologia, atual Museu Nacional de Arte Antiga. É a história desse que, até prova em contrário, permanece o mais notável acontecimento cultural do século XIX no nosso país, que aqui se conta.
Os processos artísticos, aí incluídos os do desenho, revestem-se de grande mistério para muitos de nós. Diria até que para a maioria de nós. Embora o desenho seja uma das nossas primeiras formas de expressão, antes da escrita, o afastamento da sua prática orna-o de sombras e enigmas aos nossos olhos. Que pretendem os artistas? Porque prosseguem? Será que têm dúvidas? Arriscam muito? Insistem muito? Em que se inspiram? Como é que trabalham? Terão rotinas? E, se as têm, quais são? Foi para começar a dar resposta a este tipo de perguntas que resolvi abordar um conjunto de dez artistas portugueses, de distintas gerações e com trabalhos diversos, mas com uma coisa em comum: o inequívoco e contínuo envolvimento com a disciplina do Desenho.
A água que a lua levava no seu seio, nas marés-baixas, era recorrentemente devolvida ao mar nas marés-cheias. Mas houve um dia em isso não aconteceu. Nesse dia, uma sereia teve de sacrificar-se, num gesto de amor e generosidade, para que as águas voltassem ao mar e a dança entre as marés fosse sinal da superação da morte pela força da vida.
É esta a fábula que Emília Ferreira nos conta de modo poético, em Sopros do Mar Antigo, como quem nos sussurra um segredo, e que Ivone Ralha ilustra com o saber e os sabores de sempre.
“Dentro do mar cresce um rio imenso e, maior que a solidão dos pássaros, é a sede dos barqueiros remando pelas luas.Maior, muito maior do que o canto das aves, cresce e revela-se o rio no seio do mar, inchando, subindo até à flor dos dedos, obrigando os barqueiros a remar sempre, até ao infinito, sempre, sempre.”Ilustrações de Ivone Ralha
This important addition to our understanding of art history’s masterworks puts some of the world's most famous paintings under a magnifying glass to uncover their most small and subtle elements and all they reveal about a bygone time, place, and culture.
Guiding our eye to the minutiae of subject and symbolism, authors Rose-Marie and Rainer Hagen allow even the most familiar of pictures to come alive anew through their intricacies and intrigues. Is the bride pregnant? Why does the man wear a beret? How does the shadow of war hang over a scene of dancing? Along the way, we travel from Ancient Egypt through to modern Europe, from the Renaissance to the Roaring Twenties. We meet Greek heroes and poor German poets and roam from cathedrals to cabaret bars, from the Garden of Eden to a Garden Bench in rural France.
As we pick apart each painting and then reassemble it like a giant jigsaw puzzle, these celebrated canvases captivate not only in their sheer wealth of details but also in the witness they bear to the fashions and trends, people and politics, loves and lifestyles of their time.