Periferia com Um Desenho de Paulo Moreira
A histórica colecção de poesia “Oiro do Dia”, da editora Modo de Ler, na qual foram publicados autores como Vasco Graça Moura, Eugénio de Andrade, Fiama Hasse Pais Brandão ou Armando Silva Carvalho, tem um novo número, o 84. O mais recente título da nova série sucede ao livro de homenagem a Ângelo de Sousa, publicado há cinco anos, no qual colaboraram nomes como Mário Cláudio, José Viale Moutinho, Inês Lourenço ou Francisco Duarte Mangas. Com um desenho de Paulo Moreira, “Periferia” reúne textos poéticos dispersos de Sérgio Almeida, além de recuperar ainda o conteúdo dos livros “Como ficar louco e gostar disso” e “Ob-dejectos”, há muito esgotados.
| Editora | Modo de Ler |
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| Categorias | |
| Editora | Modo de Ler |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Sérgio Almeida |
Sérgio Almeida nasceu em Angola (Luanda) em 1975.
É autor dos livros "Análise Epistemológica da Treta" (contos), "Armai-vos uns aos outros" (novelas), "Não conto" (contos), "Como ficar louco e gostar disso" (poemas), "Ob-dejectos" (prosa poética), "O elefante que não sabia voar" (infantojuvenil), "Periferia" (poesia) e "Ema e a estrela carente" (infantojuvenil). Coordenou o volume "Poesia traduzida de Luiza Neto Jorge".
É membro e cofundador do coletivo de poesia e performance Sindicato do Credo. Está publicado no Brasil.
Licenciado em Comunicação Social, é jornalista desde os 18 anos. Ligado, desde essa altura, à imprensa escrita, tem acumulado também experiências noutros meios, como a rádio e televisão.
Paralelamente à sua atividade profissional, é promotor cultural, com a responsabilidade da organização de colóquios e simpósios sobre arte e literatura.
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O Elefante Que Não Sabia VoarHá muito, muito tempo, o céu era a casa dos elefantes. Com as orelhas desfraldadas e a cauda em riste, chegavam mais longe e mais alto do que a nossa vista alcança, abraçando a lua ou conversando com as estrelas. Os dotes voadores dos nossos amigos paquidermes logo despertaram invejas no reino animal, mas, apesar de hoje esconderem o seu talento de (quase) toda a gente, nem assim ficaram de trombas e continuam alegremente com a cabeça nas nuvens. Quem disse que os elefantes não podem voar? -
Não ContoDo drama de um revisor de comboios que, à força de observar milhares de passageiros diários, se esquece dos contornos do próprio rosto, às memórias do célebre ditador A. H. narradas pelo seu bigode de estimação, Não Conto é uma jornada sem retorno assegurado pelos meandros imprevisíveis mas sempre fascinantes da psique humana. Ociosas, instáveis ou megalómanas, às personagens aqui reunidas não falta nenhum dos pecados capitais, com exceção do maior de todos: a normalidade. -
Ema e a Estrela CarenteEma é uma menina de 9 anos movida a sonhos e curiosidade. Por mais que os pais e a professora lhe digam para deixar de estar sempre com a cabeça nas nuvens e se concentre nos estudos, a sua inquietude fala sempre mais alto. Numa noite em que o sono teimava em não vir, a jovem descobre uma estrela que, pelo movimento e luminosidade constantes, parece querer comunicar com ela. Quando decifra que a estrela está perdida na imensidão do céu, resolve ajudá-la na hora. Conseguirá Ema fazer com que a sua pequena nova amiga encontre o caminho de casa? -
Guia da Feliz Idade - (quase) haikus"A folha que caina floresta em repousodesperta os seus habitantes" -
LEMON - Uma Viagem Para a Felicidade"Lemon – Uma Viagem Para A Felicidade", de Sérgio Almeida Duas palavras podem resumir todas aquelas que este livro contém: solidariedade e empreendedorismo. São duas características que também defi nem os companheiros Rotários, como é, em particular o caso de Sérgio Almeida, inesquecível Governador e amigo.Não poderia deixar de saudar esta sua iniciativa, feita de aprendizagens, memórias, histórias e balanços de vida, sempre pela positiva. Uma iniciativa que, além de mais, se pretende solidária com as crianças ucranianas que estudam em Portugal.Bem-haja pelo exemplo!" Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República PortuguesaO Sérgio é um construtor de rumos, um transformador social que faz das ideias mais do que apenas intenções. Permite-me parabenizar pela reflexão que esta obra encerra, uma visão profunda e cruzada entre o agir e a teleologia da liderança.”Pedro Abrunhosa, Músico"Um dia Paul Harris, fundador do Rotary, reconheceu a conexão entre paz e compreensão internacional, escrevendo que [acredito que quanto mais o povo de uma nação entender os povos de outras nações, menor será a probabilidade de haver confl itos. Assim, o Rotary incentivará o conhecimento e a amizade entre pessoas de diferentes nações].Esta obra do Sérgio Almeida, rotário de Portugal, é um bom exemplo das palavras de Paul Harris, conseguindo juntar neste livro um propósito solidário a favor dos refugiados Ucranianos, e ao mesmo tempo uma mensagem global de esperança num futuro melhor, partilhando dicas, métodos de desenvolvimento pessoal e histórias de superação, que nos demonstram que apesar das adversidades poderemos sempre assumir a nossa liderança interior."John Hewko, Secretário Geral de Rotary International
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NovidadeTal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
NovidadeNocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
NovidadeAlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira
