Poemas Completos
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«Poemas Completos» é o novo título para o livro que passa a reunir a poesia de Herberto Helder. Esta obra segue a fixação empregue na edição anterior, «Ofício Cantante», e inclui já os esgotados «Servidões» - considerado por grande parte da crítica especializada como o livro do ano em 2013 - e «A Morte sem Mestre».
| Editora | Porto Editora |
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| Editora | Porto Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Herberto Helder |
Herberto Helder
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em minúsculasEmbora não esteja aqui coligida a totalidade das suas colaborações, todos os textos deste livro foram publicados no Notícia – Semanário Ilustrado, no período em que Herberto Helder viveu em Luanda.Correspondem a pouco mais de um ano de colaboração – entre abril de 1971 e junho de 1972 – em que o poeta assinou como Herberto Helder e Luís Bernardes (ou respetivas iniciais).O livro resulta da investigação, transcrição, revisão e seleção de textos por Daniel Oliveira, filho do escritor, Diana Pimentel e Raquel Gonçalves.Daniel Oliveira assina o prefácio, no qual se lê: “Se perguntassem a Herberto Helder se alguma vez foi jornalista é possível que respondesse, com um sorriso irónico ou até alguma irritação, que não. Diria, talvez, que escreveu no Notícia para poder viver em Angola. Assim como antes escrevera em jornais da metrópole por ‘coisas de dinheiros’.” “E se olharmos para o jornalismo que quotidianamente era e é feito é justo dar-lhe razão. Recusa a impessoalidade competente, foge da narrativa de consumo confortável, não se compartimenta em géneros com as suas respetivas receitas e sorri de quase tudo, que é o que quase tudo merece”, prossegue Daniel Oliveira. Herberto Helder “conta-nos quase tudo como se fosse a primeira vez que vê e que a coisa é vista, com uma virgindade nada inocente. Herberto Helder não foi jornalista porque foi sempre outra coisa qualquer”, remata Daniel Oliveira. -
Os Passos em VoltaAparentemente um livro de contos, histórias de enredos simples, mas romanticamente transcendentes, representam os passos de um homem em torno da sua existência, sem respostas paradigmáticas, num vazio que se procura transformar em matéria. Sobeja-lhe o corpo, divino, prodigioso e redentor, onde regressa sempre. -
Photomaton e VoxEditado pela primeira vez em 1979 e esgotado quase de seguida, encontramos neste livro textos biográficos, como o título deixa antever, poeticamente transfigurados por uma das mais seguras e fulgurantes vozes da poesia portuguesa de todos os tempos. «O passado, a memória, a experiência constituem esse fundo de irrealidade que, semelhante a um feixe luminoso, aclara este momento de agora, revela como ele é cheio de surpresa, como já se destina à memória e é já essa incontrolável gramática sonhadora.» -
O Bebedor NocturnoO Bebedor Nocturno reúne um conjunto de poemas mudados para português por Herberto Helder, com tanta liberdade e voz própria que passaram a fazer parte da sua própria Obra poética. «Desde os anos 60 que se torna evidente o interesse de Herberto Helder por textos oriundos de determinadas culturas que vieram a sofrer grandes mutações, ou de culturas locais, primitivas e anónimas, e que vieram a ser objecto de colonização. […]. São poemas do Antigo Egipto, da Grécia, poemas Zen, arábico-andaluzes, poesia mexicana do ciclo nauatle, poemas esquimós, indochineses, mas também todo um ciclo de textos sagrados como os Salmos do Velho Testamento ou o Cântico dos Cânticos. Os mais recentes livros mostram o mesmo critério, embora o alarguem substancialmente: os textos vêm-nos da Índia, da Austrália, de África e das Américas. A maioria são textos maias e astecas e textos da tradição oral dos diferentes índios da América do Norte, Central e do Sul, como os Navajos e Comanches ou, no Brasil, os Caxinauás e os Guaranis. […]» -
A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & InéditaEngoli água. Profundamente: a água estancada no ar. Uma estrela materna. E estou aqui devorado pelo meu soluço, leve da minha cara. O copo feito de estrela. A água com tanta força no copo. Tenho as unhas negras. Agarro nesse copo, bebo por essa estrela. Sou inocente, vago, fremente, potente, tumefacto. A iluminação que a água parada faz em mim das mãos à boca. Entro nos sítios amplos. O poder de reluzir em mim um alimento ignoto; a cara se a roça a mão sombria, acima da camisa inchada pelo sangue, abaixo do cabelo enxuto à lua. Engoli água. A mãe e a criança demoníaca estavam sentadas na pedra vermelha. Engoli água profunda. -
Apresentação do RostoHá a tentação de escrever um texto inabitável, uma espécie de mapa solitário e limpo, diante do qual o engenheiro da fábula não possa maquinar o seu empenho de aventura humana, com as palavras: aqui fica uma rua, aqui uma ponte, aqui um parque, aqui a mancha cerrada de sentimentos e ideias com o nome de bairro de gente. Antes da escrita, alguém disse: um momento, engenheiro — eu amaria uma superfície destituída de enigmas, aonde ninguém chegasse, onde não houvesse uma casa paterna, sobretudo, e a perpetração da parábola do filho pródigo. É um texto que se destina à consagração do silêncio, a gente já pensou tanto, já teve mãos por tantos lados, já dormiu e acordou — bom seria imaginar o espírito apaziguado, a reconciliação do pensamento com a matéria do mundo. Mestre, não me dês um tema. E então o texto principia a ser ferozmente habitado. […]
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis).