Poesia
Reúne-se neste livro toda a poesia de Daniel Faria. A edição é de Vera Vouga, professora do poeta que acompanhou os seus primeiros passos literários. Publicado pela primeira vez em 2012 foram aqui publicados, pela primeira vez, treze poemas inéditos do autor. Para a segunda edição, que agora se apresenta, foi feita uma nova capa a partir de uma pintura de Ângelo de Sousa, que Daniel Faria muito admirava. Este livro integra o Plano Nacional de Leitura: Ensino Secundário — sugestões para leitura autónoma.
| Editora | Assírio & Alvim |
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| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Daniel Faria |
Daniel Faria nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de abril de 1971. Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa – Porto, tendo defendido a tese de licenciatura em 1996. No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea. Licenciou-se em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período (1994-1998) a opção monástica criava solidez. A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, As Artimanhas de Scapan e o Auto da Barca do Inferno. Faleceu a 9 de junho de 1999, quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.
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O Livro do Joaquim«A edição de O Livro do Joaquim em 2007 passou inicialmente despercebida à crítica, mas não aos leitores da poesia de Daniel Faria, que souberam desde cedo libertar as ondas destes fragmentos com um olhar profundamente atento e generoso. O projeto de reedição proposto pela Assírio & Alvim vem agora corrigir a inacessibilidade da obra nas livrarias. Na presente edição, mantivemos a estrutura do volume anterior, inserindo algumas alterações no prefácio. Com a conservação do facsímile do manuscrito, seguido da sua leitura crítica e notas, devolvemos uma vez mais a experiência de inclusão do leitor nestes lugares que o poeta desejou também para os outros.» [Francisco Saraiva Fino, na nota de edição] -
Sétimo DiaCinco seres, cinco dias. No começo do mundo, Daniel Faria leva-nos no caminho enigmático dos primeiros homens. São breves fragmentos de um projeto que o poeta ainda revisitava nas vésperas da sua morte, um livro inédito de uma contenção exemplar e luminosa: «Em Sétimo Dia, os cinco homens repartem perspectivas sobre a ideia de ocupação e coincidem no desejo de alcançar uma certa ideia de existência transcendente sem depor a medida humana a partir da qual cada um se foi fazendo lugar. Cada homem permanece em redor da raiz da sua condição, mesmo quando na enunciação das dúvidas, dores e amarguras se faz pressentir o rumor da mudança aguardada.» [Francisco Saraiva Fino, em «A raiz do corpo glorioso»] -
Daniel, Nome de Poeta - Nos 50 Anos de Daniel FariaSe fosse vivo, Daniel Faria completaria em 2021 cinquenta anos. Para assinalar essa data, a Associação Casa Daniel e outros amigos do poeta, levaram a cabo ao longo do ano diversas iniciativas, entre elas um dia de reflexão realizado na igreja de Marco de Canaveses no início de Junho. Foram convidados diversos intervenientes, todos ligados às artes, procurando ler a poesia de Daniel Faria a partir dessas artes. Desde as artes visuais até ao teatro e ao cinema, todos deram o seu contributo, de que agora se guarda memória neste volume. Participantes: Henrique Pereira (Escola das Artes da UCP), Samuel Silva (escultor e professor na FBAUP), Castro Guedes (actor, encenador e director da Seiva Trupe) e João Sarmento (escultor e sacerdote jesuíta).O encontro foi ainda enriquecido com testemunhos de alguns marcoenses (na altura muito jovens) que contactaram de perto com Daniel Faria na sua passagem por Marco de Canaveses na primeira metade da década de 90 do século passado.O prefácio a este edição foi escrito pelo bispo D. Carlos Moreira Azevedo.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis).