Poesia Reunida
Com uma obra dispersa, e com muitos livros de poesia esgotados, pela sua importância e singularidade, impunha-se reunir a Obra Poética de Maria Teresa Horta num único volume. Neste livro de 850 páginas se colige toda a poesia publicada de Maria Teresa Horta, de 1960 até à actualidade, incluindo também obras inéditas, como o livro Feiticeiras, nunca antes editado em Portugal. Trata-se de uma cantata, musicada pelo compositor António Chagas Rosa, que ganhou a Victoire de la Musique, em França, em 2007.
Em Poesia Reunida são abordados temas como o erotismo e a intervenção social, sempre presentes na obra de Teresa Horta. Trata-se, como defende a própria, de um testemunho da vida da autora para os outros.
Este livro é prefaciado por Maria João Reynaud.
| Editora | Dom Quixote |
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| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria Teresa Horta |
Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista é conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária. Em 2012 publicou As Palavras do Corpo – Antologia de Poesia Erótica no ano seguinte, A Dama e o Unicórnio, em 2016, Anunciações, vencedor do Prémio Autores SPA / Melhor Livro de Poesia 2017, em 2017, Poesis e, em 2018 Estranhezas, o seu mais recente livro. É ainda autora dos romances Ambas as Mãos Sobre o Corpo, Ema (Prémio Ficção Revista Mulheres) e Paixão Segundo Constança H., e co-autora com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, de Novas Cartas Portuguesas. Ao seu romance As Luzes de Leonor, a Marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis (2011), foram atribuídos os prémios D. Dinis e Máxima de Literatura.
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As Luzes de LeonorUm maravilhoso e apaixonante romance sobre a extraordinária e aventurosa vida da Marquesa de Alorna. Um romance sinfónico sobre a Marquesa de Alorna, Leonor de Almeida Portugal, neta dos Marqueses de Távora, uma figura feminina ímpar na história literária e política de Portugal. A grande escritora Maria Teresa Horta, persegue-a e vigia-a nos momentos mais íntimos, atraída pela desmesura de Leonor, no seu permanente conflito entre a razão e a emoção. Acompanha-a no voo de uma paixão, que seduz os espíritos mais cultos da época, o chamado "século das luzes", e abre as portas ao romantismo em Portugal. Um maravilhoso e apaixonante romance sobre a extraordinária e aventurosa vida da Marquesa de Alorna. -
As Palavras do CorpoNeste livro, As Palavras do Corpo, Maria Teresa Horta reúne toda a sua poesia erótica. Uma obra ousada e corajosa que nos dá a ver a libertação do corpo das mulheres: o seu gosto, o seu prazer, o seu modo de amar. Uma ode aos sentidos. -
Poemas para LeonorPoemas para Leonor é muito mais do que um livro de versos dedicado a Leonor de Almeida Portugal. Estes poemas, mais do que inspirados na mulher que foi a 4ª Marquesa de Alorna, fazem parte do processo de escrita do romance As Luzes de Leonor. Escritos ao mesmo tempo que o romance e ao longo dos mais de 10 anos que durou a sua preparação, falam sobre a experiência da criação da personagem central, interrogam-na, acompanham-na, espelham-na, dialogam com ela.Todos os que entusiasticamente leram As Luzes de Leonor - A Marquesa de Alorna uma sedutora de anjos, poetas e heróis, serão de imediato seduzidos por esta poesia que nos conduz a revisitar o premiado romance. -
Ambas as Mãos Sobre o CorpoPrimeiro livro de ficção de Maria Teresa Horta, publicado originalmente em 1970, Ambas as Mãos sobre o Corpo veio revelar que o imenso talento da autora não se limitava à poesia. Conjunto de narrativas que, fundindo-se, se organizam num romance fragmentado, nele decorre o retrato moral e estático de «alguém» cuja existência larvar nunca se eleva ao nível do concreto ou nunca se individualiza no seio da existência arquetípica. Livro de momentos, de grandes pausas iniciáticas, de silêncios expressivos, cristalinamente fantástico porque dominado pela compreensão introspectiva e por um intimismo sagaz, circula da narração omnipresente até ao campo raso da corrente de consciência, e cerca-se ou adorna-se de sucessivas deambulações pelos domínios da auto-interpretação, permitindo que o leitor se aperceba da solução de um estranho enigma: o da decifração do absurdo deste carácter poético e onírico, este nada, mulher ou sombra fantasmática de valores humanos que se ocultam em cada gesto, em cada segundo do decurso lentíssimo da vida. -
MeninasDo fabuloso monólogo de Lilith num paradisíaco ventre materno, primeiro conto deste volume, até «Estrela», que fecha o livro, numa violenta, mas irresistível, história de abuso sexual paterno que leva a filha ao suicídio, Maria Teresa Horta traça, num português sumptuoso, ao longo de mais de trinta contos, uma vasta e belíssima galeria de «Meninas». Quase todas negligenciadas, quando não abandonadas e maltratadas, entregam-se à magia ou à leitura salvadoras. É assim com Beatriz, à beira do abismo no Faial, com Laura, abandonada pela mãe em «Eclipse», com Branca, perseguida pela madastra e o pai, com Maria do Resgate, que abre a porta aos anjos na falta da mãe, com Rute, ladra «sem culpa» de uma rosa apaixonante. Mas também com a infância de personagens históricas como a sanguinária condessa húngara Erzsébet, com a rebelde Carlota Joaquina, inconformada com um destino que não quis, a seduzir e enfeitiçar o pintor Maella autor do seu retrato oficial, ou literárias como Katie Lewis, apaixonada pela leitura e assim retratada por Edward Burne- Jones, a gerar o fascínio de Oscar Wilde. Meninas é um livro mágico e encantador, com que Maria Teresa Horta abre um novo rumo na história da literatura portuguesa. -
Minha Senhora de MimMinha Senhora de Mim , o nono livro de poesia de Maria Teresa Horta, foi editado em Abril de 1971 pela Dom Quixote, na colecção «Cadernos de Poesia». Em 3 de Junho seguinte, a editora foi objecto de um auto de busca e apreensão da obra por parte da PIDE/DGS, operação que foi extensiva a todas as livrarias do país. A proprietária da editora, Snu Abecassis, foi advertida por César Moreira Baptista, subsecretário de Estado da Presidência do Conselho, então ocupada por Marcello Caetano, de que a Dom Quixote seria encerrada caso voltasse a publicar qualquer obra de Maria Teresa Horta. -
AnunciaçõesA apaixonante relação de Maria com o anjo Gabriel num romance em verso.Rendido à beleza de Maria, o arcanjo Gabriel, esquece a mensagem que tinha por missão anunciar-lhe. E uma tumultuada relação amorosa ganha corpo entre os dois. Anunciações, o romance, desenrola-se ao longo de 280 poemas e 14 estações (tantas quantas as da paixão e morte de Cristo), até à gestação do filho de ambos, Joshua. Tudo por entre os medos e a contrição do anjo, e a determinação e revolta de uma Maria dessacralizada, emergindo na dignidade da sua condição humana. -
EmaA mulher vagueia no universo repressivo da casa. Poderia ser a mesma onde a avó fora morta pelo avô, ou de onde a mãe saíra, louca, para o hospital psiquiátrico. Ema é o nome de todas elas. Como o da antepassada tomada pelo terror após ter parido uma menina, sem dar ao homem com quem casara um filho varão. É esse espaço de violência que vai alimentando o ódio na paixão que a última das Emas tem pelo marido. Um ódio crescente que a impele, implacável, para a vingança, para o assassínio dele. Uma morte desfrutada, dir-se-ia gozada, por um olhar onde, apesar de tudo, a paixão perdura... -
PoesisO novo livro de Maria Teresa Horta, Poesis, é uma reflexão sobre a poesia em geral e da autora. É também um retrato poético sobre a vida da própria autora enquanto poetisa, com muitos poemas relativos ao seu percurso pessoal, abordando as dificuldades e as perseguições de que foi alvo enquanto mulher e autora de poesia erótica."Esta é a minha epopeiafeita de poesiaperdimentos e palavrassem deuses sem batalhassem heróis nem lágrimassem o bronze das armasPoema a poema a poemapaixão após fulgor após belezana sua dimensão mais ávida" -
A Paixão Segundo Constança H.Um poderoso romance sobre o universo feminino. Uma história de amor, loucura, traição e morte.Quando Henrique H. lhe dá a conhecer a sua traição, a paixão de Constança transfigura-se. Em tempos que se desdobram e sobrepõem, chegam-lhe do passado as queixas de uma trisavó sobre o marido todo-poderoso, ao passo que da infância revive com nitidez os momentos mais dolorosos: o abandono pela mãe, sua primeira paixão, quase seguido da trágica morte da avó, fonte única de afecto e segurança. O desejo de vingança vai-se assim alimentando num clima obsessivo de loucura, sangue e morte. Neste romance de culto, tudo se dissolve na paixão omnipresente: o assassínio de Adele na praia deserta, vítima inocente do ataque do cão treinado, o suicídio de Henrique e o internamento e prisão de Constança H.Um romance de homenagem à escritora Clarice Lispector, estabelecendo um diálogo com o seu livro A Paixão segundo G. H..
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira