Políticas de Poder
Inicialmente publicado em 1971, Políticas de Poder, de Margaret Atwood, envolve os leitores numa dança vital entre a mulher e o homem. Os seus poemas mantêm-se hoje tão iconoclastas como há cinco décadas. Ocupam um lugar de intimidade no político e no mítico.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Coleção | Poesia |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Margaret Atwood |
Margaret Atwood nasceu a 18 de Novembro de 1939, em Otava, no Canadá. Passou grande parte da sua vida no Norte de Ontário e no Quebeque, acompanhando com frequência o pai, entomologista, em incursões nas florestas da região. Começou a escrever aos seis anos, tendo decidido tornar-se escritora aos dezasseis. Em 1957, iniciou estudos no Victoria College da Universidade de Toronto, onde publicou poemas e artigos na revista Acta Victoriana e foi aluna do crítico Northrop Frye. Formou-se em 1961 em Artes. Foi nesse ano que o seu livro de poemas Double Persephone recebeu a Medalha E. J. Pratt. Posteriormente, estudou e ensinou em diversas universidades. É hoje uma romancista, contista e poeta tão reconhecida como a sua amiga e vizinha Alice Munro. Publicou mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaios críticos. Os seus romances incluem A História de Uma Serva, Olho de Gato, Chamavam-Lhe Grace e O Assassino Cego, que venceu o Booker Prize em 2000. Os seus livros estão traduzidos em dezenas de línguas. Recebeu diversos prémios, entre os quais o Author of the Year, atribuído pelo Sunday Times, em 1993, o Arthur C. Clarke Award for Science Fiction em 1987 e o Príncipe das Astúrias para Literatura. Foi seis vezes finalista do Booker Prize e recebeu duas vezes o Governor General’s Award. É uma das fundadoras do Writers’ Trust of Canada, organização literária que apoia e promove escritores canadianos, que conhecem alguma dificuldade em afirmar-se, espartilhados como estão entre duas importantes literaturas, a inglesa e a norte-americana. Margaret Atwood vive actualmente em Toronto.
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A História de Uma ServaUma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo. Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril. Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor. -
O Coração é o Último a MorrerCharmaine e Stan estão desesperados: sobrevivem de pequenos trabalhos menores e vivem no carro. Portanto, quando veem um anúncio da Consiliência, uma «experiência social» que oferece empregos estáveis e casa própria, inscrevem-se imediatamente. A única coisa que têm de fazer em troca é ceder a sua liberdade mês sim, mês não, trocando a sua casa por uma cela da prisão. Não tarda, porém, que Stan e Charmaine, sem o saberem um do outro, comecem a desenvolver obsessões apaixonadas pelos seus «Alternantes», o casal que ocupa a sua casa quando estão na prisão. E assim mergulham num pesadelo de desconfiança, culpa e desejo. -
Semente de BruxaRecriação de A Tempestade de Shakespeare. Felix está no seu auge como diretor artístico do festival de Teatro de Makeshiweg. As suas produções geram espanto e perplexidade. Está agora a encenar uma Tempestade ímpar: não só irá incrementar a sua reputação, como sarar as suas feridas emocionais. Pelo menos, era esse o plano. Em vez disso, e na sequência de uma indescritível traição, Felix está a viver numa barraca nos fundos da civilização, atormentado pelas memórias da adorada filha que perdeu, Miranda. E a alimentar o desejo de vingança. Depois de doze anos, essa vingança surge por fim sob a forma de um curso dramático numa prisão das redondezas. É aí que Felix e os seus companheiros levarão à cena A Tempestade e encurralarão os traidores que o destruíram. É magia! Mas mudará Felix quando os seus inimigos forem derrotados? A recriação de Margaret Atwood é não só um exercício de encanto, vingança e segundas oportunidades, mas também nos conduz a uma viagem interativa, cheia de ilusão, bem como novas surpresas e maravilhas. -
Chamavam-lhe GraceCorre o ano de 1843 e Grace Marks foi condenada pelo seu envolvimento no brutal homicídio do dono e da governanta da casa onde trabalha. Há quem julgue Grace inocente; outros dizem que é perversa ou louca. Agora a cumprir prisão perpétua, Grace diz não ter qualquer memória do crime. Um grupo de clérigos e espíritos que lutam para que Grace seja perdoada contrata um especialista em saúde mental, uma área científica em expansão na época. Ele escuta a sua história, fazendo-a recuar até ao dia que ela esqueceu. O que encontrará ele quando tentar libertar as memórias de Grace? «Chamavam-lhe Grace tem todo o ritmo de um romance comercial e o impacto de um clássico.»The Washington Post «Um romance de sombras, fascinante.»Time «A extraordinária escritora do nosso tempo.»Sunday Times -
A Odisseia de Penélope«Tão potente quanto uma maldição.» - Sunday Times «Agora é a minha vez de contar umas histórias. Devo-o a mim mesma. Outrora, as pessoas ter-se-iam rido, mas, agora, quem se rala com a opinião pública? Com a opinião das gentes aqui em baixo, a opinião das sombras dos ecos? Assim sendo, vou fiar o meu fio.» Penélope, imortalizada pela lenda e pelo mito, exemplo de temperança, sinónimo de esposa paciente e fiel, tece durante o dia e destece durante a noite os fios do seu tear para afastar os pretendentes, enquanto aguarda pelo regresso incerto do seu marido, o famoso herói, Ulisses. Mas a Odisseia não é a única versão possível desta história. Agora que Penélope, há muito morta e esquecida pelo mundo, vagueia pelos infernos, pode finalmente contar a sua própria versão dos acontecimentos: um relato contundente e divertido sobre luxúria, ganância e violência, onde os mitos se desfazem e ninguém é poupado. «Pragmática, mordaz, doméstica, sombria. Penélope é a perfeita heroína de Atwood.» - Spectator «Fabuloso… inequivocamente irreverente.» - The New York -
The TestamentsThe wait is over...And so I step up, into the darkness within; or else the light. When the van door slammed on Offred’s future at the end of The Handmaid’s Tale, readers had no way of telling what lay ahead for her – freedom, prison or death. With The Testaments, the wait is over. Margaret Atwood’s sequel picks up the story 15 years after Offred stepped into the unknown, with the explosive testaments of three female narrators from Gilead. -
RessurgirRessurgir é o segundo romance de Margaret Atwood e nele são já visíveis os traços essenciais da sua ficção. Uma jovem mulher viaja até à remota ilha da sua infância, em companhia do companheiro e de um casal de amigos, para investigar o misterioso desaparecimento do seu pai. Após a chegada à ilha, antigos segredos afloram à superfície do lago que os rodeia, com objetos nele afundados. Imersa nas suas memórias, a narradora compreende que regressar a casa é não apenas voltar a outro lugar, mas também a outro tempo. E depois de descobrir uma caverna submersa com pinturas rupestres, imagina-se em fusão anímica com a natureza. Ressurgir é um romance preocupado com as fronteiras da língua, da identidade nacional, da família, do sexo e dos corpos, tendo como pano de fundo um Canadá rural, transformado pelo comércio, a construção, o turismo e a engrenagem dos média. -
The Handmaid's Tale'It isn't running away they're afraid of. We wouldn't get far. It's those other escapes, the ones you can open in yourself, given a cutting edge'Offred is a Handmaid. She has only one function: to breed. If she refuses to play her part she will, like all dissenters, be hanged at the wall or sent out to die slowly of radiation sickness. She may walk daily to the market and utter demure words to other Handmaid's, but her role is fixed, her freedom a forgotten concept.Offred remembers her old life - love, family, a job, access to the news. It has all been taken away. But even a repressive state cannot obliterate desire.Includes exclusive content: In The 'Backstory' you can read Margaret Atwood's account of how she came to write this landmark dystopian novel'Compulsively readable' Daily Telegraph -
A História de Uma Serva - Novela GráficaTudo o que as servas usam é vermelho:a cor do sangue, que nos defineDefred é uma Serva na República de Gileade, onde o trabalho, a leitura e a formação de amizades estão vedados às mulheres. Está ao serviço do Comandante e da sua mulher e, na nova ordem social, tem um único propósito: uma vez por mês, tem de se deitar de costas e rezar para que o Comandante a engravide, porque, numa era de nascimentos em declínio, Defred e as outras Servas são valorizadas apenas se forem férteis. Mas Defred lembra-se dos anos antes de Gileade, em que era uma mulher independente, com um emprego, uma família e um nome seu. Agora, as suas memórias e a sua vontade são atos de rebelião.Provocador, chocante, profético, A História de Uma Serva transformou-se há muito num fenómeno global. Com esta belíssima adaptação do clássico contemporâneo de Margaret Atwood, executada de forma extraordinária pela artista Renée Nault, o mundo aterrador de Gileade ganha vida como nunca antes. -
Os TestamentosFinalmente a sequela de A História de Uma ServaA obra-prima distópica de Margaret Atwood, A História de Uma Serva, tornou-se um clássico do nosso tempo cuja conclusão conhecemos nesta deslumbrante sequela.Quinze anos depois de A História de Uma Serva, o regime teocrático da República de Gileade mantém-se no poder, mas há sinais de que está a começar a cair por dentro. Neste momento crucial, os percursos de três mulheres radicalmente diferentes cruzam-se com resultados potencialmente explosivos. Duas cresceram em diferentes territórios, separadas por uma fronteira: uma, a filha privilegiada de um Comandante de alta patente, em Gileade, e a outra no Canadá, onde acompanha ativamente os horrores praticados pelo regime do país vizinho. Às vozes destas duas jovens, saídas da primeira geração que cresceu sob a nova ordem, junta-se a voz de uma terceira, uma mulher que é um dos carrascos do regime de Gileade, cujo poder se baseia nos segredos que foi reunindo sem escrúpulos e que usa de forma cruel. São estes segredos, há muito enterrados, que irão aproximar estas três mulheres, forçando-as a aceitarem-se e a defenderem as suas convicções mais profundas. ""O evento literário do ano". - The Guardian"Um romance selvagem e belo , que hoje nos interpela, em todo o mundo, com uma convicção e uma força extraordinários... As expectativas em relação a Atwood eram muito elevadas e ela superou-as." - Peter Florence, presidente dos juízes do Booker Prize. - The Guardian
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira