A prática projetual de Rogério de Azevedo (Porto, 1898-1983), reflexo das diversas condições que, a vários níveis, a moldaram, dificilmente se categoriza. Beaux-arts e art-déco, tradição clássica e modernismo são referências que nela convergem, ainda que manuseadas com liberdade e com sabedoria pelo seu autor. Bastaria citar, a propósito e apenas numa área circunscrita da cidade do Porto, o edifício-sede do jornal O Comércio do Porto, a Garagem para o mesmo cliente, o “arranha-céus” Maurício Macedo ou o Hotel Infante Sagres; em territórios mais distantes, as Pousadas turísticas para o SNI (Marão, Serra da Estrela e Serém); os projectos-tipo regionalizados para as Escolas Primárias do Norte e Centro do país; ou as intervenções sobre o património, onde se destacam as realizadas no Paço dos Duques em Guimarães e na Igreja de S. Pedro de Rates. Apoiada em exemplos paradigmáticos e alicerçada na vasta documentação dispersa que conseguiu reunir, Ana Alves Costa desenvolveu uma rigorosa investigação que lhe permite, agora, propor uma nova perspetiva sobre o conjunto da obra deste arquiteto. Reconhecendo a sua qualidade, comprova a erudição de Rogério de Azevedo e explica a aleatoriedade pela circunstância particular de cada projeto. Uma análise onde se encontram permanências ou constantes que acentuam, afinal, um sentido de unidade e a coerência nessa mesma diversidade.
O estudo realizado sobre esta importante figura do panorama da arquitetura portuense do século XX, não só resgata o entendimento da obra de Rogério de Azevedo de uma visão que a nossa historiografia, assente em leituras muitas vezes parciais e incompletas, tem vindo a apresentar, como representa simultaneamente um contributo para a construção de uma imagem um pouco mais completa sobre o passado e o presente da Escola do Porto.
Porto(1972) É licenciada (1996) e doutorada em Arquitetura (2016) pela FAUP.
É docente no Mestrado Integrado em Arquitetura da FAUP onde, desde 2003, integra o grupo de Projeto 1.
É investigadora no Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU-FAUP), no Grupo Arquitetura: Teoria, Projeto, História (ATPH), onde faz parte do Conselho Editorial do Projeto de Investigação Cidade Participada: Arquitetura e Democracia, dedicado ao Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL). Exerce igualmente atividade profissional liberal como arquiteta.
Criador do conceito mundialmente conhecido de «cidade de 15 minutos», Carlos Moreno propõe soluções para responder ao triplo desafio ecológico, económico e social da cidade de amanhã.Em Direito de Cidade, Moreno questiona a nossa relação com os nossos espaços de convivência e com o tempo útil. Na sua visão de uma cidade policêntrica, as seis funções sociais essenciais — habitação, trabalho, compras, cuidados de saúde, educação e desenvolvimento pessoal — devem estar acessíveis num raio de 15 minutos a pé.O autor lançou um debate mundial ao analisar o complexo e vibrante laboratório ao ar livre que é a cidade, onde se exprimem as nossas contradições e se testam as mudanças nos nossos estilos de vida. Concentrando a maior parte da população mundial, mas também as grandes questões do desenvolvimento humano — culturais, ambientais, tecnológicas ou económicas —, os territórios urbanos estão hoje presos aos desafios do século e devem reinventar-se urgentemente.Ao propor uma descodificação sistémica da cidade, Carlos Moreno avalia os meios e os campos de ação do bem-viver e define as implicações das mudanças aceleradas pela urbanização e pela metropolização.
Neste livro, a autora trata a noção de monumento e de património histórico na sua relação com a história, a memória e o tempo, analisa os excessos deste novo «culto» e descobre as suas ligações profundas com a crise da arquitectura e das cidades.
Originally from Vienna, Richard Neutra came to America early in his career, settling in California. His influence on postwar architecture is undisputed, the sunny climate and rich landscape being particularly suited to his cool, sleek modern style.Neutra had a keen appreciation for the relationship between people and nature; his trademark plate glass walls and ceilings which turn into deep overhangs have the effect of connecting the indoors with the outdoors. His ability to incorporate technology, aesthetics, science, and nature into his designs brought him to the forefront of Modernist architecture.In this volume, all of Neutra’s works (nearly 300 private homes, schools, and public buildings) are gathered together, illustrated by over 1,000 photographs, including those of Julius Shulman and other prominent photographers.
Commanding by day, twinkling by night, the latticework wonder of the Eiffel Tower has mesmerized Francophiles and lovers, artists and dreamers for over 125 years. Based on an original, limited-edition folio by Gustave Eiffel himself, this book presents design drawings, on-site photographs, and historical documents to explore the making of a..
A arquitectura é o conjunto dos cenários artificiais, construídos pela família humana durante a sua presença na Terra, desde a pré-história. Hoje, precisamos de toda essa experiência para enfrentar as tarefas actuais.
Esta obra é um relato dos primórdios da Arquitectura, desde a Pré-História. É uma interpretação nova, que alarga as fronteiras da disciplina e propõe uma ideia unitária da tradição de que descendemos.
“This is a most impressive dissertation on a subject of enormous importance for future developments in architecture and ways of living, especially at this time of recession and of a new and increasing concern with the environment and sustainability, problems of global warming and of reliance on fossil fuels, destruction of natural biodiversity, corals, rainforests, and a range of species. In such a context, this dissertation makes a remarkable contribution to the task of recreating a better way of life and of building.
José Baganha has create, l what must be one of the most complete records of regional architecture and urban planning, methods of construction, use of local materials, relation of vernacular buildings to landscape and to ways of life and work. Among the numerous superb illustrations are sketches and photographs, plans and sections, by the author, ranging from distant views of towns such as Monsaraz and Mértola to decorative details like the sgraffito ornament at Évora. His beautiful photograph of the Praça do Giraldo at Évora with its low arcade and great fountain shows more than any words what we need to preserve and recreate.
Considering in his dissertation the damage done to these towns and villages from the 1960s, José Baganha modestly expresses the 'hope that it can be an operating manual for all those intending to intervene in the villages, towns, and cities of the Alentejo. In fact, with his numerous wise recommendations ranging from planning and building to the importance of kitchen gardens and orchards, his dissertation will be a source of inspiration far beyond this region of Portugal.
DAVID WATKIN Ph.D, Litt.D, Hon. FRIBA, FSAEmeritus Professor of the History of Architecture
Uma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado
Este livro, publicado pela editora Circo de Ideias, com edição de Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões elege o tema da “monumentalidade” na obra de Álvaro Siza como base de um discurso crítico sobre a arquitectura e o papel dos arquictetos em relação à cidade contemporânea. O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo'98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.