Quase Memórias de Um Lugar e de Outras Andanças
“Quase Memórias de um Lugar e de Outras Andanças”, de António de Castro Guerra, nascido e crescido em Valhelhas, concelho da Guarda, é prefaciado pelo jornalista português Henrique Monteiro e pelo poeta cabo-verdiano Filinto Elísio. O livro, composto por textos e fotografias em que se sente vivamente o espírito dos lugares da infância do autor e de suas inúmeras andanças, sobretudo no entorno da Serra da Estrela, celebra as memórias que o acompanharam a vida inteira.
“É impossível ler Quase Memórias de um Lugar e de Outras Andanças e não sentir o espírito dos lugares, dos tempos e dos andamentos. Impossível ler este livro e não se pôr também em andanças. Quem o percepciona, da primeira leitura, não tem como fugir ao apelo da itinerância. Tudo nele é eco inaudito dos ambientes serranos que confinam ao entre-montes e convidam ao largo mundo.” (Filinto Elísio)
“Este livro é como um rio. Vem da nascente conhecida e corre pelos socalcos da serra: mais rápido, mais lento, mais ancho, mais delgado, mais majestático, mais modesto; tem albufeiras e lugares secretos, percursos de namoro infindo e curvas perigosas onde se pode conhecer a morte. Tem afastamento e regresso, paixão, porfia e garra. Sabe onde desagua, e ao chegar ao rio grande que o levará ao fim, que é o mar onde todos nos sumiremos, sabe que cumpriu a missão e que valeu a pena o sacrifício.” (Henrique Monteiro)
| Editora | Rosa de Porcelana Editora |
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| Editora | Rosa de Porcelana Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António de Castro Guerra |
António José de Castro Guerra nasceu e cresceu em Valhelhas, concelho da Guarda, Portugal. Fez os estudos primário e secundário em várias aldeias, vilas e cidades situadas à volta da Serra da Estrela – os seus "detrás de serra" –, que muito o ajudaram a compreender a alma das gentes – os serranos – que a povoam.
Partiu para Moçambique em 1972, onde trabalhou e fez os primeiros anos do curso de Economia na então Universidade de Lourenço Marques. Terminou a licenciatura no ano de 1997, em Lisboa, no Instituto Superior de Economia – Universidade Técnica de Lisboa, onde foi assistente desde aquela data até 1991. Aqui obteve o grau de Doutor em Economia neste mesmo ano, passando a ser professor do quadro da universidade. Já nesta qualidade foi professor visitante da Universidade Eduardo Mondlane, onde criou e lecionou a disciplina de Economia Industrial.
Para além da sua atividade académica, foi político e gestor de topo de grandes empresas e de outras instituições. Nos anos que viveu em Cabo Verde, foi Presidente de Conselhos de Administração de empresas ligadas à banca e aos seguros.
É autor de várias dezenas de artigos temáticos sobre a economia portuguesa, em particular a sua indústria, e de dois livros: Política de Concorrência em Portugal: Contornos, Fundamentos e Casuística (1997) e Competitividade, Empresas e Estado (2000). Quase memórias de um lugar e de outras andanças é o seu primeiro livro de crónicas.
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Uma Viagem no TempoEste é um livro onde presente, passado e futuro se entrelaçam. São duas estórias dentro de uma história, com o passado a ocupar parte do tempo do presente e a dar argumentos para interrogar futuros possíveis. Há nele uma dimensão transgeracional, a par de vivências interrompidas, mas não esquecidas. É, também, um olhar sobre o sentido da vida.Muito do que fica escrito é ficcionado: lugares, personagens, enredos, contextos e situações. O que não faz deste livro uma não realidade. Tem muito de real e de ficcional ao mesmo tempo. Não para iludir o leitor, mas por respeito pelos que lhe dão vida, alguns deles ainda vivos, outros que já nos deixaram. Não é um livro de memórias, mas foi escrito para relembrar as realidades que lhe dão corpo ou que lhe estão subjacentes.
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NovidadeO Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
NovidadeA DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
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NovidadeOriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
NovidadeSavimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
NovidadeNa Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
NovidadeNa Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.