Quem Vamos Queimar Hoje? - Como as Redes Sociais Promovem a Inquisição Digital e o Public Shaming
Figuras públicas contam como lidam com o ódio!
O que têm em comum Henrique Raposo, Maitê Proença, José Cid e Carolina Patrocínio? Todos se viram na mira do ódio virtual. Neste livro, estas e outras figuras públicas conversam com Nelson Nunes sobre o que originou a «polémica», quais as consequências para as suas vidas e como lidaram com isso.
Na Idade Média, os autos-de-fé aconteciam num lugar público, onde todos podiam ver o «penitente» a ser queimado. Hoje, as redes sociais assumiram esse papel. Um comentário fora de contexto, uma piada a que alguém não achou graça… e a indignação coletiva começa a circular e a crescer, podendo atingir a força de um furacão, destruindo tudo e todos pelo caminho!
O objetivo: demonizar, ridicularizar, inferiorizar e envergonhar quem se atreveu a exprimir uma opinião. Da mesma forma que as redes sociais são um poderoso instrumento de denúncia de injustiças, a sua força pode transformar-se numa forma de controlo social, através do recurso à vergonha pública. Quem Vamos Queimar Hoje? é um conjunto de conversas sobre a vida moderna, repletas de verdades reveladoras acerca de como os limites do que é aceitável estão a ser redefinidos.
Um retrato honesto dos ataques cometidos nas redes sociais!
| Editora | Vogais & Companhia |
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| Categorias | |
| Editora | Vogais & Companhia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Nelson Nunes |
Nelson Nunes (n. 1986) não sabe quando se tornou escritor, mas já teve tempo para publicar seis livros de não-ficção – entre os quais Com o Humor Não Se Brinca (2016), Isto Não é Um Livro de Receitas (2017) e Quem Vamos Queimar Hoje (2018) – e um romance, Preciosa (2019). Foi cronista do jornal Público entre 2013 e 2021 e em 2022, venceu o FITA Literary International Awards na categoria de Melhor Crónica.
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Quando a Bola não EntraEste livro reúne relatos de interesse humano, mostrando a dura realidade de jogar nas divisões inferiores do futebol em Portugal, bem como as lutas diárias com salários em atraso, agentes traiçoeiros e promessas vazias. Aqui joga-se na fronteira da glória, onde o futebol é mais escuro, e estes jogadores são alguns dos que não conseguiram singrar num meio hostil. As suas histórias são exemplares. Edgar Marcelino, Fábio Marques, Vítor Afonso, Gonçalo Gonçalves, Marco Bicho, Joaquim Rebelo (Rebelo), Pedro Filipe (Pepa), Miguel Fazenda (Tininho), Vasco Varão. -
Isto Não É Um Livro de ReceitasSusana Felicidade, Rui Paula, José Avillez, Henrique Sá Pessoa, Marlene Vieira, Vítor Sobral e tantos outros chefs levam-nos até ao fascinante mundo da gastronomia que se pratica em Portugal, revelando as suas técnicas, preferências e rivalidades. Repleto de histórias pessoais sobre o percurso e o pensamento dos grandes chefs portugueses, este livro desvenda as bases fundamentais para a criação gastronómica e aborda com total clareza o processo de criação de um prato de autor.Através de conversas com os chefs, Nelson Nunes dá-nos a conhecer as suas carreiras — o momento da descoberta, a aprendizagem, os mentores, os grandes êxitos — e revela tudo o que pensam sobre a alta cozinha e de como alcançar — e manter — uma estrela Michelin.O que é fine dining?Qual o utensílio mais importante na cozinha?Porque existem tão poucas mulheres chefs?Qual o prato de uma vida?Roubo de receitas: facto ou ficção?E muitas outras questões são aqui reveladas! Um retrato completo do mundo da alta cozinha em Portugal, obrigatório para quem gosta de boa comida e para quem dela vive. -
Com o Humor não Se Brinca"Ricardo Araújo Pereira, Herman José, Nuno Markl, Bruno Nogueira, João Quadros, Salvador Martinha, Nilton e muitos outros humoristas (incluindo os mais destacados da novíssima geração) levam-nos, neste livro, até ao fascinante centro do mundo da comédia portuguesa, revelando os seus mecanismos, fronteiras e polémicas. Repleto de histórias pessoais sobre o percurso, as técnicas e o pensamento dos principais comediantes portugueses, este livro desvenda as ferramentas fundamentais para a escrita humorística e aborda com absoluta frontalidade as problemáticas mais importantes para a criação de uma piada. Através de conversas com os comediantes, Nelson Nunes, jornalista e escritor, dá-nos a conhecer as suas carreiras - os passos em falso, os momentos de sorte, os grandes êxitos, as rivalidades, o que os une e os afasta - e revela tudo o que pensam sobre a arte de fazer rir os outros e as dúvidas que o humor pode suscitar: Como se pode e deve fazer uma piada? Quais são as técnicas mais importantes? Porque existem tão poucas mulheres humoristas? As piadas só funcionam se tiverem um alvo? Há limites para o humor? O que é o humor negro? Roubo de piadas: facto ou ficção? Um retrato completo do humor português contemporâneo, obrigatório para quem gosta de boa comédia e para quem dela vive.” Prefácio de Filipe Homem Fonseca -
Enquanto Vamos Sobrevivendo a esta Doença FatalEste é um livro que traz a morte para um lugar mais próximo da vista e do pensamento. Mas não é um livro macabro – muito pelo contrário. É um livro que promove uma maior consciência sobre a morte, para que a ideia nos seja mais próxima. É a promoção dessa proximidade que tem potencial para diminuir o choque quando o luto for inevitável. Neste trabalho do escritor Nelson Nunes, observamos as vidas de quem foi afectado pelas mais variadas facetas da morte. Há quem tenha atravessado a perda de uma mãe, há quem tenha atravessado a perda de um filho. Há quem esteja enlutado por um desaparecimento, pela morte presumível que nunca voltou a aparecer. E há também quem esteja a gerir a sua própria morte – fosse por ter tentado o suicídio, por ter tido um acidente quase fatal ou por ser doente terminal. Mas vamos também conhecer aqueles que tratam a morte por tu: um anatomo-patologista desvenda o que significa morrer, uma pedopsiquiatra fala sobre como devemos conversar sobre a morte com as crianças, uma prestadora de primeiros socorros diz-nos como é viver com a morte no seu quotidiano, líderes religiosos explicam os mecanismos com os quais a religião nos ajuda a lidar com a perda e o medo do fim, um filósofo contempla a ideia da morte e um cientista diz-nos se é plausível pensar realisticamente sobre a imortalidade. Trazer a morte para junto de nós é a melhor forma de aprendermos a aceitar um pouco melhor a sua inevitabilidade. É a melhor forma de nos prepararmos para o luto, contemplando a morte e sabendo que ela é parte indissociável da vida.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.