Rainhas da Noite
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Um caderno achado num mercado de rua em Maputo transporta-nos para a pequena vila de Moatize, no centro de Moçambique, e para o tempo recuado em que uma empresa belga ali explorava uma mina de carvão. Sob o olhar atento de um polícia, Annemarie estende a sua rede de espiões, Agnès necessita desesperadamente de um piano, Suzanne deixa-se enlouquecer aos poucos e Maria Eugénia não sabe o que fazer. Tudo isso num tempo em que, embora brilhando no alto, o sol não ilumina. Entretanto, nos dias enevoados de Maputo, num futuro distante, um velho faz o que pode para se libertar da carga que esse passado lhe depositou nos ombros magros. Conta para tal com uma inesperada ajuda.
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| Editora | Editorial Caminho |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Paulo Borges Coelho |
João Paulo Borges Coelho
João Paulo Borges Coelho é escritor e historiador moçambicano. Ensina História Contemporânea de Moçambique e África-Austral na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Tem-se dedicado à investigação das guerras colonial e civil em Moçambique, assim como às questões de segurança regional no sul de África e à política da memória. Recebeu em 2004, com o romance As Visitas do Dr. Valdez, o Prémio José Craveirinha da Literatura, a maior distinção literária em Moçambique. Com O Olho de Hertzog recebeu o Prémio Leya 2009. Em 2022 o seu romance, O Museu da Revolução recebeu o Prémio Oceanos 2022, 2.º lugar. A sua obra literária inclui romances, contos e novelas.
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Água: uma novela ruralRyo e Laama passam metade do tempo a sondar as entranhas da natureza, a outra metade a discutir a interpretação dos resultados. A ciência é uma esforçada leitura paralela, as coisas seguem o seu curso cego, imunes às interpelações. A natureza é um misterioso veículo em movimento deixando sacerdotes e cientistas em terra, ocupados ainda assim na tentativa de determinar o rumo da viagem! Volúvel até mais não, Ryo é a favor da deriva (concluída uma interpretação, apresta-se a abraçar uma outra). Isso exaspera Laama, mais consistente na obsessão de desnudar os fumos primordiais. Não é no princípio que está o segredo!, diz Ryo. Tão-pouco no crescimento ou na viagem!, responde Laama, para quem os dados desde há muito estão lançados. Para ti o homem sábio repete o que dizia quando era criança!, resmunga Ryo. Para ti o homem sábio é uma criança!, retorque Laama. Discutem, hoje, a água. Ou melhor, a falta dela, que aquilo que outrora era um pesado e líquido cordão não passa hoje de um tortuoso arabesco, um ralo e frágil cabelo de velho. No fundo, repetem sempre a mesma discussão. -
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