Reconhecimento: do Desejo ao Direito
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Reconhecimento é um tema transdisciplinar que se tornou uma categoria totalizante de numerosas aspirações de grupos minoritários ou não, mais ou menos vulneráveis. A sua actualidade é, todavia, mais do que um efeito de moda. Ilumina ângulos mortos do pensamento ou obscurecidos pelas tendências reificantes das Ciências Sociais e Humanas contemporâneas, deslumbradas pela hubris científico-tecnológica. As lutas pelo Reconhecimento e os seus debates estão, no entanto, muito concentrados no campo político, como se sabe, nomeadamente na questão da multiculturalidade. Os textos que formam esta publicação exploram outras perspectivas.
| Editora | Colibri |
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| Categorias | |
| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Maria Lucília Marcos, A. Reis Monteiro |
A. Reis Monteiro
A. Reis Monteiro realizou estudos na Alemanha, foi bolseiro do Conselho da Europa e fez estágios oficiais na UNESCO (Paris) e nas Nações Unidas (Genebra), designadamente. Doutorou-se no domínio do Direito Internacional da Educação pela Universidade de Paris 8 e pela Universidade de Lisboa.
Professor no Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e membro do respectivo Centro de Investigação em Educação (CIE), tem colaborado em cursos de pós-graduação de outras Faculdades e Universidades, dentro e fora do país, nomeadamente o Centro de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
É membro do Conselho Internacional do Fórum Mundial de Educação (FME) e frequentemente convidado para conferências, dentro e fora do país. Além de muitos textos publicados, no país e no estrangeiro, tem numerosos livros editados em Portugal, Espanha, Brasil, Chile e Venezuela, nomeadamente sobre o direito à educação, os direitos da criança e a Deontologia ou Ética Profissional das Profissões da Educação.
Maria Lucília Marcos
Maria Lucília Marcos doutorou-se no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é Professora Agregada, investigadora e tem exercido funções institucionais. É autora de livros e outros textos sobre Teoria da Comunicação, Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias.
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Direitos da Criança: Era Uma Vez...Os direitos da criança eram um conto de fadas, até à adopção da Convenção sobre os direitos da criança (Nações Unidas, 1989). Com efeito, durante milénios, a infância foi geralmente olhada e com frequência violentamente maltratada como idade desprezível. A descoberta de que as crianças são seres humanos diferentes e de que o futuro da espécie humana se semeia na infância dos seus filhos começou apenas há alguns séculos. E o reconhecimento de que uma criança é um ser humano plenamente igual aos adultos, em dignidade e direitos, é uma história muito recente. Consagrando e universalizando os direitos da criança, a Convenção de 1989 acaba com a discriminação da criança, por ser criança, e significa o princípio de uma verdadeira revolução cultural: o principio do fim do círculo vicioso da clonagem das gerações mais novas pelas gerações mais velhas. -
EbookI would prefer not to. Em Torno de BartlebyI would prefer not to - no conto de Melville, estas palavras fazem hesitar a lógica da comunicação e do reconhecimento e também a lógica das relações laborais entre patrão e empregado, num ambiente de trabalho regulado por regras de eficácia, de produtividade e de lucro. Poderão alguns aspectos da experiência contemporânea ser pensados à luz deste enunciado? Que advém ao sujeito que as diz? Que efeitos produzem em quem as ouve? Que condições e que exercícios (des)mobilizam? Cada um lê o enunciado do Bartleby a seu modo. Cada um faz as suas contas e ajusta as suas contas com o Bartleby. O ciclo «I would prefer not to», organizado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em Outubro de 2012, pretendeu suscitar um espaço e um tempo para essas várias leituras. Pelo teatro, realizou-se a leitura encenada de uma adaptação do conto pelos Artistas Unidos; pelas artes plásticas, organizámos uma exposição de obras inéditas de sete artistas portugueses na Plataforma Revolver em Lisboa, cujas imagens são aqui disponibilizadas ao leitor; pela escrita, realizámos um colóquio na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, cujos textos reproduzimos neste livro; pelo cinema, com uma mostra de filmes, exibidos também na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, cuja programação esteve a cargo de Inês Sapeda Dias e Joana Frazão. As palavras ligam e interrompem, atam e suspendem - na literatura e na vida. Há um valor nas palavras que excede as `simples palavras'.Ver por dentro: -
O Direito à EducaçãoA elevação da educação ao estatuto de “direito do homem” e o seu desenvolvimento ético-jurídico constituem uma realidade nova na História da Educação, ainda pouco investigada e conhecida. No 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, este volume propõe uma sumária introdução ao “direito à educação”, complementada por alguns anexos. É fruto de um projecto de investigação em curso, subsidiado pelo Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIEFCUL).
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Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
NovidadeUm Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
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Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.