Religião & Violência - Da Ambivalência de um Nexo
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Será possível sustentar a tese, como alguns pretendem, de que há um nexo causal entre religião e violência? Haverá um vínculo necessário, no sentido em que a primeira implica fatalmente a segunda? De que natureza seria esse vínculo?
O muito amplo e diverso conjunto de textos constantes nesta obra visa questionar a existência dessa conexão e inviabilizar as teses essencialistas e anistóricas, que pretendem estabelecer uma espécie de lei histórica na correlação entre os dois fenómenos.
| Editora | Almedina |
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| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Campelo Amaral, José António Domingues, José Maria Silva Rosa, António Bento |
Licenciatura (1992), Mestrado (1997) e Doutoramento em Filosofia (2005) na Universidade Católica Portuguesa – Lisboa, onde lecionou Filosofia, Teologia, Ciências Religiosas, Ciências da Comunicação e Serviço Social, de 1993 a 2002. De então a esta parte, docente da UBI, Faculdade de Artes e Letras, onde é atualmente Professor Catedrático.
Licenciado em Filosofia pela Universidade Católica Portuguesa, Lisboa; Mestre e Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI). Investigador no PRAXIS, Centro de Filosofia, Política e Cultura, e codiretor da coleção “Ta Pragmata”, editora Lusosofia *Press. Coeditor da Lusosofia, Biblioteca online de Filosofia e Cultura. Desde 2019, é o Presidente do DCFP – Departamento de Comunicação, Filosofia e Política da UBI.
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Maquiavel e o MaquiavelismoTerá Maquiavel fundado a análise da política moderna? E terá também Maquiavel estabelecido, de um modo eficaz e duradoiro, as próprias regras da comunicação política moderna? A possibilidade de uma resposta positiva a estas duas perguntas obriga a uma reflexão sobre o significado político do chamado «maquiavelismo» na contemporaneidade. E uma tal reflexão é tanto mais necessária quanto mais o controlo político da comunicação é hoje um assunto de agenda, um assunto suficientemente sério para que possa ser entregue, sem mais, nas mãos apenas dos seus profissionais tanto nos profissionais da política como nos profissionais da comunicação política. Mas o que é, afinal, o «maquiavelismo» senão um termo com um significado eminentemente flutuante, cujo sentido varia de acordo com os interesses e as inimizades de quem ocasionalmente o usa como arma de arremesso político?Consulte o índice e a introdução do livro:Open publication - Free publishing - More almedina -
Razão de Estado e DemocraciaSe as práticas e as técnicas políticas ligadas à «razão de Estado» configuram suspensões efetivas – limitadas, embora, no tempo – dos procedimentos normais do «Estado de direito», em que condições, sob que circunstâncias, com que justificações e em que termos, podemos hoje admitir uma legitimidade autónoma do poder político face ao direito e à justiça? Qual, afinal, o conteúdo político que cifra o conceito hodierno de «razão de Estado»? Haverá ainda razões objetivas (quais?) que permitam distinguir a «boa» e «verdadeira» da «má» e «falsa» «razão de Estado»? E que tipo de «racionalidade» se tem hoje em mente quando se invoca a «razão de Estado»? Quando o conjunto do aparelho de Estado e as instituições políticas contemporâneas caem nas mãos de castas partidárias, quando frequentemente se vêem substituídas nas suas funções pela demagogia populista dos media, o que se pode esperar da invocação da «razão de Estado» senão uma flagrante e insidiosa substituição do interesse público pelo interesse privado – definição propriamente política de corrupção? Onde quer que os servidores públicos do Estado se transformem em donos privados do Estado, contrariando o nexo democrático entre o princípio de representação e a publicidade do poder, intervém uma «razão de Estado» que já não pode ser classificada senão como «razão de Estábulo» (Baltasar Gracián).António Bento -
Da Autonomia do Político Entre a Idade Média e a ModernidadeEntre a IdadeMédia tardia e os alvores daModernidade encontramos o embate mais frontal que o Ocidente conheceu entre duas ordens irredutíveis de legitimação do poder político: a doutrina do poder absoluto do papa ( plenitudo postestatis papalis) e a recusa intransigente desse poder em nome de uma nova ordem jurídica e política. O confronto entre a hierocracia pontifical e os defensores da separação de poderes foi meridiano e do progressivo triunfo da razão natural e da liberdade resultou aquilo que hoje continuamos a chamar autonomia da política. [ ] A ideia mestra que presidiu à organização desta obra, e outrossim ao evento que antes a possibilitou, foi justamente a de pensar a política numa época de transição e de emergência de uma nova consciência, mais concretamente no período que está entre a IdadeMédia e aModernidade, época que alguns chamam «IdadeMédia tardia», «Outono da IdadeMédia», outros de pré-renascentista, protomoderna, etc. José Maria Silva Rosa, «Introdução»
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EbookA Identidade da Ciência da ReligiãoEsta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil. -
EbookDecadência: o declínio do Ocidente«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»