Rememoração do Tempo e da Humidade (Poema de Nzé de Santy Ago)
«De ora em diante, com esta Obra Poética, José Luís Hopffer Almada figura obrigatoriamente entre os grandes escritores de língua portuguesa.»
Com prefácio de Elsa Rodrigues dos Santos e posfácio «Miraculosa Memória» por Rui Guilherme Silva.
| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
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| Editora | Imprensa Nacional Casa da Moeda |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Luís Hopffer C. Almada |
Jurista, ensaísta e poeta, foi analista e comentador residente do Debate Africano da RDP-África (assuntos relativos à atualidade de Cabo Verde, dos países lusófonos e africanos) durante mais de vinte anos.
Licenciado em Direito pela Universidade Karl Marx, de Leipzig, e pós-graduado em Ciências Jurídicas, em Ciências Jurídico-Políticas e Jurídico-Internacionais e em Ciências Jurídico-Urbanísticas pela Faculdade de Direito de Lisboa, foi Técnico Superior da Secretaria-Geral do Governo, da Secretaria de Estado da Promoção Social, do Instituto Nacional da Cultura e do Instituto Nacional da Investigação e do Património Culturais. Desempenhou igualmente as funções de Diretor do Gabinete de Assuntos Jurídicos e Legislação da Secretaria-Geral do Governo.
Associado a diversas iniciativas culturais em Cabo Verde, como o Movimento Pró-Cultura (1986), o suplemento cultural Voz di Letra do jornal Voz di Povo (1986-1987) e a revista Pré-Textos, foi diretor da revista Fragmentos (1987-1998), cofundador da Spleen-Edições (1993), dirigente da Associação de Escritores Cabo-Verdianos (1989-1992/1998) e cofundador da Academia Cabo-Verdiana de Letras.
Representado em diferentes antologias poéticas nacionais e estrangeiras, é autor de vários estudos e ensaios nas áreas da Literatura, da Cultura, do Direito e da Política.
Organizou Mirabilis – de Veias ao Sol (Antologia dos Novíssimos Poetas Cabo-Verdianos (1998) e O Ano Mágico de 2006 – Olhares Retrospectivos sobre a História e a Cultura Cabo-Verdianas (2008).
Publicou ainda os seguintes livros: À Sombra do Sol, Volumes I e II, (1990); Assomada Nocturna (1993), Assomada Nocturna – Poema de NZé di Sant’ y Águ (2005); Praianas-Revisitações do Tempo e da Cidade (2009), Rememoração do Tempo e da Humidade (Poema de Nzé de Sant´y Ago) (2015/2016), Sonhos Caminhantes (2017), Germinações e Outras Restituições de Março (2019) e Deflagrações (2021).
Condecorado com a Medalha de Mérito Cultural de Primeira Classe, do Governo de Cabo Verde, e com a Medalha da Ordem do Vulcão, outorgado pelo Presidente da República de Cabo Verde.
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Sonhos Caminhantes“J. L. Hopffer Almada visiona a terra cabo-verdiana como uma mãe coragem, lutando pelos seus filhos, não os tratando como vítimas, mas erguendo-os à qualidade de heróis de uma epopeia onde há ainda muito por contar.De ora em diante, com esta Obra Poética, José Luís Hopffer Almada figura obrigatoriamente entre os grandes escritores de Língua Portuguesa.” Elsa Rodrigues dos Santos, in «Prefácio» ao livro Rememoração do Tempo e da Humidade(Poema de Nzé de Sant’y Ago), INCM, Lisboa, 2016 “Pode-se dizer que o livro é um poemário fundacional, que coloca o autor no pódio dos grandes construtores poéticos de Nações modernas, como Nazim Hikmet, Walt Whitman, Agostinho Neto, Ernesto Cardenal ou Rabindranath Tagore.” Pires Laranjeira, in «A Humanidade caboverdiana segundo J. L. Hopffer C. Almada», a propósito do livroRememoração do Tempo e da Humidade (Poema de Nzé de Sant’y Ago), INCM, Lisboa, 2016 “Elaborar um posfácio para obra de José Luís Hopffer Almada não é tarefa fácil, pois que seu nome significa profundo conhecimento tanto da arte da poesia como da realidade caboverdiana como poeta, crítico literário, ensaísta, editor, pesquisador da cultura e ator de movimentos culturais.” Simone Caputo Gomes, in «Posfácio» a Sonhos Caminhantes “O livro que ora tenho o prazer de prefaciar, sob o título Sonhos Caminhantes, constitui a mais pura expressão de um feliz conluio da razão e da emoção (...).A aliciante caminhada iniciada – e de que me sinto testemunha depois de ter percorrido a obra –, expõe hi(e)stórias, olhares e sujeitos que se (entre)cruzam, se condicionam e se completam. Nela, o intelectual antecipa o poeta, que se confunde com o homem, que está por detrás dos dois; nela, uma episteme crioula magistralmente decifrada através da prosa é seguida de uma estética crioula meticulosamente emoldurada através do poema; nela, uma autobiografia ortónima de um ser aparentemente indiviso em si e dividido dos demais dá-nos acesso a um homem constitutivamente aberto à alteridade e marcado por historicidades múltiplas. Sonhos Caminhantes é na verdade uma viagem, que no fundo é um deleite. Viagem para o poeta, deleite para quem, num ápice, se descobre refazendo os caminhos do poeta.” Gabriel Fernandes, in «Prefácio» a Sonhos Caminhantes -
SombrasSublinhe-se aquilo que vem sendo visto nas análises dos textos de Sombras, o entretecido de várias isotopias que se podem reunir em dois feixes relativamente homogéneos. Um, de impregnação disfórica, problemático, subsume o “eu” poético que interroga o seu ser e estar no mundo, aqui e agora, condicionado pela memória do passado. Outro, de veemente positivismo, intenta superar a negatividade do ser problemático através da encenação da crença.Dá corpo a esta encenação o dizer que, por anáforas e repetições, pretende recompor a poética da História e, com o mesmo gesto, quererá certificar um trabalho poético que se pretende totalizador, misto de “eu” poético, autor e Autor.
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NovidadeTal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
NovidadeNocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
NovidadeAlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira
