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Roriz - Uma quinta no coração do Douro

Gaspar Martins Pereira

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Sinopse

A história da Quinta de Roriz, passando várias vezes de mãos e de destino, pertencendo a famílias locais, durienses, portuguesas e estrangeiras, é um bom exemplo do que pode ter acontecido tantas vezes. Numa região partilhada e dividida em milhares de parcelas e habitada por uma miríade de pequenos produtores, as quintas desempenharam desde cedo um papel decisivo, seja como centros de atracção e de estabilidade produtiva, seja como sítios de permanente troca entre produtores, produtos, trabalho e serviços. O fraco povoamento do Douro foi resultado de vários factores, desde as condições climáticas adversas à fraca produtividade dos solos. Mas também, mais tarde, pelas necessidades decorrentes do estabelecimento das vinhas, do aproveitamento dos solos e da organização da produção e do trabalho. Nesta permanente organização, as quintas do Douro foram os locais de ancoragem da produção económica local. Aldeias e vilas organizam a sociedade, geralmente longe do vale do rio Douro, mais nos altos e nos vales dos afluentes. Os solares dos nobres e fidalgos locais estão quase sempre localizados nas aldeias. Por sua vez, as quintas organizam a produção e a economia, em colaboração com os comerciantes de Gaia, do Porto e de Londres. A ponto de as grandes quintas terem também uma influência na vida das aldeias e das vilas. É nosso privilégio saber hoje como “funciona” uma quinta. Isto é, como a quinta resulta das estratégias de famílias e de grupos de empresas; mas também como a quinta impõe os seus interesses e contribui para a organização das famílias e das empresas. A história da Quinta de Roriz é uma história de quinta, certo. Mas é sobretudo uma história de gente. E uma história do Douro.

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Autor

Gaspar Martins Pereira

Gaspar Martins Pereira é professor catedrático do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da UPorto. Foi cofundador e coordenador científico do GEHVID – Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto (1994-2001). Entre 2007 e 2011, dirigiu o CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço &Memória». Tem desenvolvido diversos projetos de investigação sobre história contemporânea portuguesa, em particular sobre a história da cidade do Porto no século XIX, a história da família e a história do vinho do Porto e da região do Alto Douro. Tem uma vasta obra publicada, de que se destacam: Alto Douro/Douro Superior (Lisboa, 1988), O Douro e o vinho do Porto de Pombal a João Franco (Porto, 1991), Famílias portuenses na viragem do século, 1880-1910 (Porto, 1995), O Douro de Domingos Alvão (Coimbra, 1995), Dona Antónia (Porto, 1996), No Porto Romântico, com Camilo (Porto, 1997), Porto Vintage (Porto, 1999), Memória do Rio – para uma história da navegação no Douro (Porto, 2001), Eduardo Santos Silva, cidadão do Porto (Porto, 2002), Sogrape: uma história vivida (Porto, 2003), Vinho do Porto (coord., Porto, 2003), O Douro Contemporâneo (org., Porto, 2006), As Águas do Douro (coord., Porto, 2008), Uma vida pela liberdade: Artur Santos Silva, 1910-2010 (Porto, 2010), Crise e Reconstrução. O Douro e o Vinho do Porto no século XIX (coord., Porto, 2010). Tem realizado, também, numerosas ações no domínio do património histórico-cultural, tendo participado, entre outros projetos, na preparação da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial e na conceção e instalação do Museu do Douro, de que foi Diretor até 2007.

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