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Detalhes do Produto
- Editora: Afrontamento
- Categorias:
- Ano: 2011
- ISBN: 9789723611922
- Número de páginas: 496
- Capa: Brochada
Sinopse
A história da Quinta de Roriz, passando várias vezes de mãos e de destino, pertencendo a famílias locais, durienses, portuguesas e estrangeiras, é um bom exemplo do que pode ter acontecido tantas vezes. Numa região partilhada e dividida em milhares de parcelas e habitada por uma miríade de pequenos produtores, as quintas desempenharam desde cedo um papel decisivo, seja como centros de atracção e de estabilidade produtiva, seja como sítios de permanente troca entre produtores, produtos, trabalho e serviços. O fraco povoamento do Douro foi resultado de vários factores, desde as condições climáticas adversas à fraca produtividade dos solos. Mas também, mais tarde, pelas necessidades decorrentes do estabelecimento das vinhas, do aproveitamento dos solos e da organização da produção e do trabalho. Nesta permanente organização, as quintas do Douro foram os locais de ancoragem da produção económica local. Aldeias e vilas organizam a sociedade, geralmente longe do vale do rio Douro, mais nos altos e nos vales dos afluentes. Os solares dos nobres e fidalgos locais estão quase sempre localizados nas aldeias. Por sua vez, as quintas organizam a produção e a economia, em colaboração com os comerciantes de Gaia, do Porto e de Londres. A ponto de as grandes quintas terem também uma influência na vida das aldeias e das vilas. É nosso privilégio saber hoje como funciona uma quinta. Isto é, como a quinta resulta das estratégias de famílias e de grupos de empresas; mas também como a quinta impõe os seus interesses e contribui para a organização das famílias e das empresas. A história da Quinta de Roriz é uma história de quinta, certo. Mas é sobretudo uma história de gente. E uma história do Douro.
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