Sebastianismo e Quinto Imperio
Trinta e dois anos após a publicação de «Sobre Portugal», a Ática apresenta uma nova edição, desta vez dedicada exclusivamente ao sebastianismo e ao Quinto Império. Neste livro são reeditados 23 textos publicados pela primeira vez em 1979, outros 35 publicados de forma dispersa em diferentes edições, e são transcritos e organizados 43 textos inéditos. Com base nas novas tecnologias, subsequentes à digitalização do espólio pessoano, são incluídas melhorias significativas na leitura dos documentos e na colação de materiais dispersos. A elaboração de uma edição dedicada ao sebastianismo e o Quinto Império passou pelo acto de historiar o percurso que estas temáticas tiveram no conhecimento público da obra de Pessoa. Assim, são incluídos os artigos que o próprio publicou em vida em jornais e revistas, procurando dar uma visão tão completa quanto possível do conteúdo do espólio relacionado com essa parte que desde 1979 se vislumbrava para os leitores como fundamental no plano mais abrangente da obra.
| Editora | Ática |
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| Editora | Ática |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Fernando Pessoa |
Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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The Selected Prose Of Fernando PessoaThe Washington Post Book World has written that Fernando Pessoa was "Portugal´s greatest writer of the twentieth century [though] some critics would even leave off that last qualifying phrase" and "one of the most appealing European modernists, equal in command and range to his contemporaries Rilke and Mandelstam." The Selected Prose of Fernando Pessoa, a Los Angeles Times Best Book of 2001, spans playful philosophical inquiry, Platonic dialogue, and bitter intellectual scrapping between Pessoa and his many literary alter egos ("heteronyms"). The heteronyms launch movements and write manifestos, and one of them attempts to break up Pessoa´s only known romantic relationship. Also included is a generous selection from Pessoa´s masterpiece, The Book of Disquiet, freshly translated by Richard Zenith from newly discovered materials. The Selected Prose of Fernando Pessoa is an important record of a crucial part of the literary canon. "Zenith´s selection is beautifully translated, compact while appropriately diverse." - Benjamin Kunkel, Los Angeles Times "[Pessoa] is one of those writers as addictive, and endearing, as Borges and Calvino." - Michael Dirda, The Washington Post Book World -
Amor na Obra de Fernando PessoaCom prefácio de Ricardo Belo de Morais, jornalista e mentor do projecto online "O meu Pessoa", este livro traz-nos um retrato da obra apaixonada e romântica do poeta. Fernando Pessoa é um dos mais reconhecidos génios da literatura portuguesa, cuja obra pode ser lida e analisada sob as mais diferentes perspectivas. Este livro traz uma compilação dos textos mais românticos do poeta, em poesia ou prosa, escritos pelos mais conhecidos heterónimos e pelo próprio ortónimo, Fernando Pessoa. -
The Book of Disquiet"Readers with a particular interest in modernism will find this work indispensable." - Publishers Weekly "Pessoa´s amazing personality is as beguiling and mysterious as his unique poetic output." - William Boyd A self-deprecating reflection on the sheer distance between the loftiness of feelings and the humdrum reality of life, The Book of Disquiet is a classic of existentialist literature. Fernando Pessoa, one of the founders of modernism, was born in Lisbon in 1888. Most of Pessoa´s writing was not published during his lifetime: The Book of Disquiet was first published in Portugal in 1982. -
The Education of the Stoic"I transferred to Teive my speculations on certainty, which lunatics have in greater abundance than anyone." Portuguese author Fernando Pessoa (1888-1935) was a multitude of writers: his works were composed by "heteronyms," alter egos with distinct biographies, ideologies, influences, even horoscopes. The Education of the Stoic is the only work left by the Baron of Teive, who, having destroyed all his previous attempts at literary creation, and about to destroy himself, explains "the impossibility of producing superior art." The baron´s manuscript is found in a hotel-room drawer - not unlike editor and translator Richard Zenith´s own discovery, while conducting research in the Pessoa archives, of a small black notebook whose contents had never been transcribed. In it he found the missing pieces of this short but trenchant complement to Pessoa´s major prose work, The Book of Disquiet. Pessoa himself noted that despite their dialectical differences, the middle-class author of The Book of Disquiet (assistant bookkeeper Bernardo Soares) and the aristocrat Teive, "are two instances of the very same phenomenon - an inability to adapt to real life.""There are in Pessoa echoes of Beckett´s exquisite boredom; the dark imaginings of Baudelaire (whom he loved); Melville´s evasive confidence man; the dreamscapes of Borges" -Voice Literary Supplement"The humorist who never smiles and makes our blood run cold, the inventor of other poets and self-destroyer, the author of paradoxes clear as water, and like water, dizzying, the mysterious one who doesn´t cultivate mystery, mysterious as the moon at noon, the taciturn ghost of the Portuguese midday - who is Pessoa?" - Octavio Paz -
MessageMessage ("Mensagem") was the only book of verse in his own language that Pessoa saw through the press in his lifetime. On the face of it, a patriotic sequence steeped in 'Sebastianismo', the poems offer much more than this, the Kings and navigators of the Portugal´s history standing as avatars of the poet´s self, their explorations and heroic deeds projections of the poet´s inner creative life. Although Pessoa is famous for the many heteronyms under which he composed verse in wildly different styles, this volume was published under his own name - the 'orthonym', as he defined it - and it remains one of his great masterpieces. This edition brings Jonathn Griffin´s fine translation (originally published by the Menard Press in 1992) back into print, as part of Shearsman´s Pessoa edition. -
Lisbon: what the tourist should seeIn 1925, Fernando Pessoa wrote a guidebook to Lisbon for English-speaking visitors, and wrote it in English. The typescript was only discovered amongst his papers long after his death, but has not hitherto been made available in the UK or the USA. The book is fascinating in that it shows us Pessoa´s view of his native city - and Pessoa, as an adult, rarely left Lisbon, and it figures large in his poetry. The book can still be useful to visitors today, given that the majority of the sights described are still to be found. A fascinating scrap from the master´s table... -
Poesias - OrtónimoMarcado por um profundo antagonismo ¿ por um lado, os sucessivos falhanços existenciais, por outro, a excecionalidade da sua múltipla produção escrita ¿ Pessoa renova o panorama literário do nosso país. Atravessando o conturbado início do século XX português, explorando caminhos originais de criação literária, inventando uma linguagem poética nova, Pessoa constrói, através de uma sensibilidade ímpar, uma obra multifacetada que o projeta, universalmente, a si e à pátria - Minha pátria é a língua portuguesa. -
Poesias: HeterónimosTorno-me eles e não eu - é deste modo que Pessoa reconhece a sua personalidade múltipla. A par desta personalidade, a sua escrita caracteriza-se pela pluralidade e diversidade; é uma escrita de inúmeros rostos e temas diferentes, de "outros eus", a quem o poeta atribui uma personalidade e vida próprias. Os heterónimos Alberto Caeiro, o mestre, Ricardo Reis e Álvaro de Campos são os rostos, as máscaras mais conhecidas desse universo dramático pessoano: um inocente guardador de rebanhos, um sereno pensador clássico e um efusivo engenheiro da era moderna. Cada um tem uma voz distinta, mas em todos ecoa a voz de Pessoa, ele mesmo. -
MensagemOriginalmente intitulada Portugal, a única obra de Fernando Pessoa publicada em vida continua tão atual no século XXI como em 1934. Revisitando o passado – os heróis e as conquistas da História – encontramos uma mensagem para o futuro, porque hoje: Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro… É a Hora! A Coleção Educação Literária reúne obras de referência da literatura portuguesa e universal indicadas pelo Programa e Metas Curriculares de Português e pelo Plano Nacional de Leitura. -
Poesias OrtónimoMetas Curriculares de Português Leitura obrigatória para o 9.º e 12.º anos de escolaridade. Poesias – Ortónimo (uma seleção) O que dizer sobre o poeta mais genial da língua portuguesa? Deixemos que seja o próprio a fazê-lo: Se estou só, quero não ‘star, Se não ‘stou, quero ‘star só. Enfim, quero sempre estar Da maneira que não estou.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?