Teatro e Tecnologia - Criação, produção, receção. Do deus "ex machina" ao teatro virtual
Nos dias de hoje as tecnologias estão a mudar a maneira como expe- rienciamos o mundo. Com a crescente virtualização da experiência é oportuno que nos interroguemos sobre qual será o papel do teatro nas sociedades contemporâneas. Com o público cada vez mais online será que as artes performativas conseguirão manter a sua presença no contexto da oferta cultural generalizada? Embora lidemos com este fenómeno imbuídos de algum receio e estranheza, é certo que a tecnologia sempre esteve presente (e por vezes muito acentuadamente) no teatro. A análise das transformações que a mesma proporcionou é o objeto desta obra.
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"As organizações artísticas e culturais dispõem hoje em dia de diversos instrumentos de comunicação com os seus públicos – cada vez mais online – instrumentos esses que, propondo diversas formas de relação, procuram dar resposta a novas possibilidades de encontro entre artistas, instituições e os seus públicos. Neste particular, reside um dos pontos essenciais da temática a abordar: se a resistência às mudanças no palco resulta de uma opção legítima, as resistências na utilização das tecnologias da comunicação como forma de chegar a públicos alargados e em mudança acelerada, resulta de um certo conservadorismo, de desconhecimento, ou, de tomadas de decisão erradas."
CARLOS PIMENTA é doutorado em Ciências da Comunicação (comuni- cação, arte, cultura e novas tecnologias) pela ECATI | Universidade Lusófona. Curso de Gestão das Artes | Instituto Nacional de Administração – com Joann Jeffri – Columbia University. Curso de Fotografia Ar.Co. Foi bolseiro do Governo Francês na Opera de Paris.
Foi membro, entre 1979 e 2001, da Companhia do Teatro Nacional D. Maria II. Como encenador dirigiu mais de três dezenas de espetáculos (teatro, opera, bailado) nos principais teatros do país.
Além da atividade artística, tem desenvolvido também atividade no domínio da gestão cultural, consultoria, formação e docência universitária. Nos últimos anos tem-se dedicado ao estudo e investigação das relações entre as artes, a cultura e a tecnologia.
Foi membro fundador e primeiro presidente da GDA.
Em 2004 foi distinguido pelo Governo Francês com o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
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Racionalidade, Ética e EconomiaA realidade económica actual coloca num primeiro plano várias interrogações: para que serve a Economia? Está ao serviço do Homem ou contra ele? A quem serve a Política Económica? Onde está a Ética nos comportamentos económicos? Ajudamos a encontrar as respostas a estas e outras perguntas, facultando ao leitor uma variada, imaginativa e científica troca de ideias sobre essas inquietações. Fornecemos as informações e as reflexões críticas que permitem a cada um compreender melhor o momento que vivemos. Explicar a Política Económica exige perceber a Economia que lhe serve de suporte. Nos seus fundamentos. Na sua dinâmica interna e social. No que lhe é estrutural. Esse conhecimento é o alicerce da formulação de alternativas, sempre que estas se justifiquem. -
Os offshores do nosso quotidianoDe um debate entre pessoas interessadas nos problemas sociais nasceu a urgência de saber-se mais sobre os offshores. Foram nascendo perguntas de quem muito pouco sabia sobre o assunto e sobre elas foram nascendo as respostas. O livro é esse conjunto ordenado de perguntas e as respectivas respostas. -
Interdisciplinaridade nas Ciências SociaisInterdisciplinaridade é uma circulação de saberes entre disciplinas que conduzem a uma alteração da re¿exão crítica sobre as ciências, a qual pode conduzir, em último grau, a uma alteração do quadro disciplinar. Não é a invocação da interdisciplinaridade que conduz à sua prática. A repetição sistemática desgasta o signi¿cado, faz com que as pessoas não re¿itam sobre o que dizem, sobre o seu verdadeiro sentido. A interdisciplinaridade não é o que parece ser. Há boa e má interdisciplinaridade. Existem resistências à interdisciplinaridade mas não impedimentos, e se a razão é importante para as superar não o é menos a imaginação. -
Racionalidade, Ética e EconomiaA realidade económica actual coloca num primeiro plano várias interrogações: para que serve a Economia? Está ao serviço do Homem ou contra ele? A quem serve a Política Económica? Onde está a Ética nos comportamentos económicos? Ajudamos a encontrar as respostas a estas e outras perguntas, facultando ao leitor uma variada, imaginativa e científica troca de ideias sobre essas inquietações. Fornecemos as informações e as reflexões críticas que permitem a cada um compreender melhor o momento que vivemos. Explicar a Política Económica exige perceber a Economia que lhe serve de suporte. Nos seus fundamentos. Na sua dinâmica interna e social. No que lhe é estrutural. Esse conhecimento é o alicerce da formulação de alternativas, sempre que estas se justifiquem. VER POR DENTRO Ver página inteira -
Os offshores do nosso quotidianoDe um debate entre pessoas interessadas nos problemas sociais nasceu a urgência de saber-se mais sobre os offshores. Foram nascendo perguntas de quem muito pouco sabia sobre o assunto e sobre elas foram nascendo as respostas. O livro é esse conjunto ordenado de perguntas e as respectivas respostas.VER POR DENTRO Ver página inteira -
As falsificações e o bem-estarFalar das “falsificações” exigiria pelo menos um livro. Tecer considerações, mesmo genéricas, sobre a fraude, olhando esta realidade com a perspicácia de um pintor cubista, envolveria a escrita de vários livros e enciclopédias, incompatíveis com o espaço disponível. Por força de razão, se analisássemos algumas das mais relevantes fraudes existentes (por exemplo, a fraude corporativa ou a corrupção política, a informação privilegiada ou as manipulações bolsistas, as fraudes contra o consumidor ou a emissão de selos falsos), isso exigir-nos-ia alguns anos de trabalho, um trabalho inevitavelmente inacabado. Por isso, optamos apenas por algumas pinceladas, ora colocando problemas, ora lançando pistas, ora ainda mostrando o perigo de algumas opções explicativas. -
A Escrita Contra o SilêncioA questão da fraude — e tudo o que lhe está associado, designadamente a economia não registada, a fraude fiscal, o branqueamento de capitais ou, o seu expoente maior, a corrupção — tem sido uma espécie de causa cidadã perseguida pelo Professor Carlos Pimenta, que se tem traduzido no trabalho que tem desenvolvido sobretudo na academia, particularmente nos campos da economia, das ciências sociais e da multidisciplinariedade. António João Maia Haverá poucas pessoas em Portugal tão atentas e exigentes quanto a esta praga que ameaça e corrói as democracias quanto Carlos Pimenta, e quase nenhuma, se alguma, com uma intervenção contínua e tão marcante no espaço público sobre o tema. Pelo menos por essas razões, as páginas que vai abrir de seguida estão cheias de informações e questões essenciais, que surpreenderão quem as ler. Francisco Louçã -
A Fraude Bate-nos Sempre à PortaO nosso tempo mudou significativamente o perfil do intelectual público. E essa mudança é sobretudo a de uma assinalável perda de densidade de pronunciamento e de clareza de compromisso do intelectual na esfera pública. Sobram intelectuais explicativos, publicamente alinhados com o que está – ainda que reclamando-se de uma objetividade quimicamente pura – e escasseiam intelectuais questionadores, publicamente desafiadores de mudanças fundas de uma realidade injusta e discriminatória. Carlos Pimenta era um intelectual público descontente, mas esperançoso, inconformado com uma economia e uma sociedade onde campeiam comportamentos de desvio a exigências de transparência e de honorabilidade essenciais. Assim mo apresentou o João Semedo, seu (e meu) companheiro de muitas inquietações e lutas. Para Carlos Pimenta, a luta contra a fraude e a corrupção não era a luta contra um desvio pontual, mas sim sistémico, porque o fraudulento não é simplisticamente o lado mau de uma coisa boa e pura, mas sim uma realidade instalada no modo de ser da economia e da sociedade e é nesse contexto que deve ser visto e combatido. Do Prefácio de José Manuel Pureza
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Os CavaleirosOs Cavaleiros foram apresentados nas Leneias de 424 por um Aristófanes ainda jovem. A peça foi aceite com entusiasmo e galardoada com o primeiro lugar. A comédia surgiu no prolongamento de uma divergência entre o autor e o político mais popular da época, Cléon, em quem Aristófanes encarna o símbolo da classe indesejável dos demagogos. Denunciar a corrupção que se instaurou na política ateniense, os seus segredos e o seu êxito, eis o que preocupava, acima de tudo, o autor. Discursos, mentiras, falsas promessas, corrupção e condenáveis ambições são apenas algumas das 'virtudes' denunciadas, numa peça vibrante de ritmo que cativou o público ateniense da época e que cativa o público do nosso tempo, talvez porque afinal não tenha havido grandes mudanças na vida da sociedade humana. -
As Mulheres que Celebram as TesmofóriasEsta comédia foi apresentada por Aristófanes em 411 a. C., no festival das Grandes Dionísias, em Atenas. É, antes de mais, de Eurípides e da sua tragédia que se trata em As Mulheres que celebram as Tesmofórias. Aristófanes, ao construir uma comédia em tudo semelhante ao estilo de Eurípides, procura caricaturá-lo. Aristófanes dedica, pela primeira vez, toda uma peça ao tema da crítica literária. Dois aspectos sobressaem na presente caricatura: o gosto obsessivo de Eurípides pela criação de personagens femininas, e a produção de intrigas complexas, guiadas por percalços imprevisíveis da sorte. A somar-se ao tema literário, um outro se perfila como igualmente relevante, e responsável por uma diversidade de tons cómicos que poderão constituir um dos argumentos em favor do muito provável sucesso desta produção. Trata-se do confronto de sexos e da própria ambiguidade nesta matéria. -
Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Atriz e Ator Artistas - Vol. I - Representação e Consciência da ExpressãoNas origens do Teatro está a capacidade de inventar personagens materiais e imateriais, de arquitetar narrativas que lancem às personagens o desafio de se confrontarem com situações e dificuldades que terão de ultrapassar. As religiões roubaram ao Teatro as personagens imateriais. Reforçaram os arquétipos em que tinham de se basear para conseguirem inventariar normas de conduta partilháveis que apaziguassem as ansiedades das pessoas perante o mundo desconhecido e o medo da morte.O Teatro ficou com as personagens materiais, representantes não dos deuses na terra, mas de seres humanos pulsionais, contraditórios, vulneráveis, que, apesar de perdidos nos seus percursos existenciais, procuram dar sentido às suas escolhas.Aos artesãos pensadores do Teatro cabe o desígnio de ir compreendendo a sua função ao longo dos tempos, inventando as ferramentas, esclarecendo as noções que permitam executar a especificidade da sua Arte. Não se podem demitir da responsabilidade de serem capazes de transmitir as ideias, as experiências adquiridas, às gerações vindouras, dando continuidade à ancestralidade de uma profissão que perdura. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Menina JúliaJúlia é uma jovem aristocrata que, por detrás de uma inocência aparente esconde um lado provocador. Numa noite de S. João, Júlia seduz e é seduzida por João, criado do senhor Conde e noivo de Cristina, a cozinheira da casa. Desejo, conflitos de poder, o choque violento das classes sociais e dos sexos que povoam aquela que será uma noite trágica.

