Todas as Palavras - Poesia Reunida
Corria o ano de 2001 quando a Assírio & Alvim publicou a primeira edição da Poesia Reunida de Manuel António Pina. Pouco depois escrevia Eduardo Prado Coelho no Público: «Talvez agora, no momento em que a Assírio & Alvim publica a Poesia Reunida de Manuel António Pina, estejamos em condições de poder afirmar que nos encontramos perante um dos grandes nomes da poesia portuguesa actual. Uma extrema delicadeza pessoal, uma discrição obsessiva, uma cultura ziguezagueante e desconcertante, mas sempre subtil e envolvente, um sentido profundo da complexidade da literatura, e também, sobretudo, da complexidade da vida, têm talvez impedido a descoberta plena e mediática deste jornalista e homem de letras também voltado para os jogos mais leves e embaladores da literatura infantil. Contudo, torna-se imperioso dizê-lo agora: este tom deliberadamente menor sustenta uma obra maior da literatura portuguesa». A edição que agora se apresenta, numa belíssima edição encadernada e substancialmente ampliada, inclui todo o trabalho poético do autor de 1974 a 2011. Este livro é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura (Leitura Orientada na Sala de Aula 9.º Ano, Grau de Dificuldade II).
| Editora | Assírio & Alvim |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Manuel António Pina |
ornalista e escritor, Manuel António Pina nasceu no ano de 1943, no Sabugal, na Beira Alta, e faleceu a 19 de outubro de 2012, no Porto. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1971, exerceu a advocacia e foi técnico de publicidade. Abraçou a carreira de jornalista no Jornal de Notícias, onde passou a editor. A sua colaboração nos media também se distribui pela rádio e pela televisão.
Autor de livros para a infância e juventude e de textos poéticos, a sua obra apresenta uma grande coesão estrutural e reflete uma grande criatividade, exige do leitor um profundo sentido crítico e descodificador."Brincando" com as palavras e os conceitos, num verdadeiro trocadilho, Manuel António Pina faz da sua obra um permanente "jogo de imaginação", tal labirinto que obriga a um verdadeiro trabalho de desconstrução para se encontrar a saída.
Afirmou-se como uma das mais originais vozes poéticas na expressão pós-pessoana da fragmentação do eu, manifestando, sobretudo a partir de Nenhum Sítio, sob a influência de T. S. Elliot, Milton ou Jorge Luis Borges, uma tendência para a exploração das possibilidades filosóficas do poema, transportando a palavra poética "quer para a investigação do processo de conhecimento quer para a investigação do processo de existência literária" (cf. MARTINS, Manuel Frias - Sombras e Transparências da Literatura, Lisboa, INCM, 1983, p. 72).
Transmissora de valores, muita da sua obra infantil e juvenil é selecionada para fazer parte dos manuais escolares, sendo também integrada em antologias portuguesas e espanholas.
Os seus textos dramáticos são frequentemente representados por grupos e companhias de teatro de todo o país e a sua ficção tem constituído o suporte de alguns programas de entretenimento televisivo, de que é exemplo a série infantil de doze episódios Histórias com Pés e Cabeça, 1979/80.
Como escritor, é autor de vários títulos de poesia, novelas, textos dramáticos e ensaios, entre os quais: em poesia - Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido Com Isto da Mesma Substância (1992); Farewell Happy Fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (1999), Le Noir (2000), Os Livros (2003); em novela - O Escuro (1997); em texto dramático - História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), A Guerra Do Tabuleiro de Xadrez (1985); no ensaio - Anikki - Bóbó (1997); na crónica - O Anacronista (1994); e, finalmente, na literatura infantil - O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), Gigões e Anantes (1978), O Têpluquê (1976), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inventão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), O Livro de Desmatemática e A Noite, obra posta em palco pela Companhia de Teatro Pé de Vento, com encenação de João Luís.
A sua obra tem merecido, frequentemente, destaque, tendo sido já homenageado com diversos prémios, como, por exemplo, o Prémio Literário da Casa da Imprensa, em 1978, por Aquele Que Quer Morrer; o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens e a Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, em 1988, por O Inventão; o Prémio do Centro Português de Teatro para a Infância e Juventude, em 1988, pelo conjunto da obra; o Prémio Nacional de Crónica Press Clube/Clube de Jornalistas, em 1993, pelas suas crónicas; o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2001, por Atropelamento e Fuga; e o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Grande Prémio de Poesia da APE/CTT, ambos pela obra Os Livros, recebidos em 2005. Em 2011 foi-lhe atribuído o Prémio Camões. Já a título póstumo foi ainda galardoado com o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, pelo livro «Como se Desenha uma Casa», e com o Prémio Especial da Crítica dos Prémios de Edição Ler/Booktailors 2012, pelo livro Todas as Palavras – Poesia Reunida.
-
Pequeno Livro de DesmatemáticaE se os números deixassem de ser simples algarismos e se tornassem personagens de histórias divertidas? Nunca deste por ti a pensar na complexidade do pi ou nas angústias que sentirá o zero? E que história é essa de números negativos, irracionais e imaginários?Atreve-te a ler o Pequeno Livro de Desmatemática e terás a resposta para estas e outras questões! A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
O País das Pessoas de Pernas para o ArFazendo uso do humor e do nonsense, o livro reúne quatro histórias divertidas e com múltiplos significados: um país onde as pessoas vivem de pernas para o ar, que nos é apresentado por um passarinho chamado Fausto; a vida de um peixinho vermelho que escrevia um livro que a Sara não sabia ler; um Menino Jesus que não queria ser Deus, pois só queria brincar como as outras crianças; um bolo que queria ser comido, mas que não foi, por causa do pecado da gula. -
Os Piratas - TeatroE se, de repente, te visses a bordo de um navio de piratas? Não fazes de como foste lá parar, só sabes que tens de salvar a tua mãe, mas o Capitão toma-te por um dos seus grumetes No meio do desespero, acordas e pensas que tudo não passou de um terrível pesadelo. Mas logo te apercebes que ainda trazes na cabeça o lenço vermelho de pirata Terá sido sonho ou realidade? A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
Os Piratas - TeatroMetas Curriculares de Português Leitura obrigatória no 6.º ano de escolaridade. Os Piratas - Teatro E se, de repente, te visses a bordo de um navio de piratas? Não fazes ideia de como foste lá parar, só sabes que tens de salvar a tua mãe, mas o Capitão toma-te por um dos seus grumetes No meio do desespero, acordas e pensas que tudo não passou de um terrível pesadelo. Mas logo te apercebes que ainda trazes na cabeça o lenço vermelho de pirata Terá sido sonho ou realidade? Este livro é também recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 6.º ano de escolaridade. -
O Têpluquê e Outras Histórias"Esta coleção concretiza um dos principais objetivos das Metas Curriculares de Português do 1.º Ciclo que reside no acesso de todos os alunos que frequentam o Ensino Básico a obras literárias de referência, fomentando, assim, o domínio da Educação Literária. A leitura de três das histórias deste livro é obrigatória para o 2.º ano de escolaridade." -
Aquilo Que os Olhos Veem ou O AdamastorNuma história com sabor a mar, Manuel António Pina traz-nos a aventura de Manuel, um corajoso rapaz que tudo fará para proteger o seu pai... incluindo enfrentar o gigante Adamastor! Atreve-te a conhecer este enredo, no qual se misturam a realidade e a imaginação, o fantástico e o terrível, e que te surpreenderá até à última página. A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
Os Papéis de K.Prestes a comemorar 30 anos de actividade literária, o poeta (e cronista, e autor de vários títulos 'infanto-juvenis') Manuel António Pina atreve-se agora pelos caminhos da ficção com a novela "Os Papéis de K." O próprio explica em entrevista ao JL (23/7/03): "Trata-se, fundamentalmente, acho eu, de um texto sobre a memória, isto é, sobre tudo. E sobre o tempo. Há um personagem ausente que terá deixado um manuscrito e há alguém que confusamente recorda o que, acerca dele, lhe terá dito uma terceira pessoa, recordando-se também. [...] Tinha a história na cabeça há quase 20 anos, desde uma viagem ao Japão, e em especial a Nagasaki, em 1984, durante a qual comecei a interessar-me pelo xintô (o xintô, o kami-no-michi, ou a via dos deuses, é o pano de fundo do livro). Mas não sabia como pegar-lhe. Até que, recentemente, a escrevi quase de um fôlego, em duas ou três noites. Depois reescrevi-a várias vezes. A versão agora publicada é, salvo erro, a 18ª. Sei-o porque, como guardava as versões num CD não regravável, tinha que as ir numerando para o CD as aceitar. É, de facto, a primeira obra de ficção que publico (e, se calhar, a última, embora tenha para aí alguns contos). Mas julgo que não está substancialmente muito longe da poesia que tenho escrito..." -
Os Livros“Estes poemas nascem da situação paradoxal de quem se encontra desprovido de palavras face à égide de um “anjo cabalístico” que “tocando-me o lábio superior ao nascer/ me tenha condenado ao destino paroxístico/ e ocioso de repetir, repetir, repetir” (pág. 18). Uma “Arte Poética” formula-se, então, deste modo imperativo: “Vai, pois, poema, procura/ a voz literal/ que desocultadamente fala/ sob tanta literatura” (pág. 19), pois “a literatura é uma arte/ escura de ladrões que roubam a ladrões” (pág. 50.) Esta experiência onde se tocam os limites da linguagem não abre para um indizível, mas para a própria matéria da literatura: nem a interrogação da palavra literária enquanto comentário, estudo, ou pura citação significa nostalgia de uma origem mística, nem a atitude perante a multiplicação dos livros que se relativizam é a de um regresso ao Livro absoluto e às formas de legibilidade do mundo que ele implica. As notas que, no fim do livro, identificam autores e obras veladamebnte citados em muitos poemas mostram como se formou a estrutura abstracta que coloca as palavras distantes da realidade. A questão que percorre estes poemas é esta: a condição do poeta é a de “tard venu”, a de criatura do nihilismo. Condenado a escrever no interior da literatura, o seu livro não é senão o prolongamento de outros livros. Ele está, portanto, confrontado com a negatividade, com o dever de subtrair e não de acrescentar: “Com que palavras e sem que palavras?/ Tudo isto (eu sei) é antigo e repetido; fez-se tarde/ no que pode ser dito”.António Guerreiro, in Expresso. -
História do Sábio Fechado na sua BibliotecaA narrativa dramática História do sábio fechado na sua biblioteca foi originalmenteescrita para o Pé de Vento, no 30.º aniversário da Companhia, e estreado no Teatro daVilarinha, no Porto, em Junho de 2008, com encenação de João Luiz.«Às vezes apetecia ao Sábio não saber qualquer coisa, poder perguntar a alguém qualquercoisa que não soubesse. Por exemplo, poder perguntar as horas; ou “Que dia é hoje?”; ou“Tem passado bem?” a alguém. Mas vivia fechado na sua Biblioteca e não tinha ninguém aquem perguntar nada. E, mesmo se tivesse, mal acabava de pensar numa pergunta, já sabia aresposta antes que lhe respondessem.» -
Poesia, Saudade da Prosa - Uma Antologia Pessoal«Poesia, Saudade da Prosa» é uma antologia pessoal dapoesia de Manuel António Pina, vencedor do Prémio Camões 2011.A poesia vaiA poesia vai acabar, os poetasvão ser colocados em lugares mais úteis.Por exemplo, observadores de pássaros(enquanto os pássaros nãoacabarem). Esta certeza tive-a hoje aoentrar numa repartição pública.Um senhor míope atendia devagarao balcão; eu perguntei: «Que fez algumpoeta por este senhor?» E a perguntaafligiu-me tanto por dentro e porfora da cabeça que tive que voltar a lertoda a poesia desde o princípio do mundo.Uma pergunta numa cabeça. — Como uma coroa de espinhos:estão todos a ver onde o autor quer chegar?—
-
Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Obras Completas de Maria Judite de Carvalho - vol. I - Tanta Gente, Mariana - As Palavras PoupadasA presente coleção reúne a obra completa de Maria Judite de Carvalho, considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX. Herdeira do existencialismo e do nouveau roman, a sua voz é intemporal, tratando com mestria e um sentido de humor único temas fundamentais, como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo.Observadora exímia, as suas personagens convivem com o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, permanecendo reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito.Este primeiro volume inclui as duas primeiras coletâneas de contos de Maria Judite de Carvalho: Tanta Gente, Mariana (1959) e As Palavras Poupadas (1961), Prémio Camilo Castelo Branco. Tanta Gente, Mariana «E a esperança a subsistir apesar de tudo, a gritar-me que não é possível. Talvez ele se tenha enganado, quem sabe? Todos erram, mesmo os professores de Faculdade de Medicina. Que ideia, como havia ela de se enganar se os números ali estavam, bem nítidos, nas análises. E no laboratório? Não era o primeiro caso? Lembro-me de em tempos ter lido num jornal? Qual troca! Tudo está certo, o que o médico disse e aquilo que está escrito.» As Palavras Poupadas (Prémio Camilo Castelo Branco) «- Vá descendo a avenida - limita-se a dizer. - Se pudesse descer sempre - ou subir - sem se deter, seguir adiante sem olhar para os lados, sem lados para olhar. Sem nada ao fim do caminho a não ser o próprio fim do caminho. Mas não. Em dado momento, dentro de cinco, de dez minutos, quando muito, terá de se materializar de novo, de abrir a boca, de dizer «vou descer aqui» ou «pare no fim desta rua» ou «dê a volta ao largo». Não poderá deixar de o fazer. Mas por enquanto vai simplesmente a descer a avenida e pode por isso fechar os olhos. É um doce momento de repouso.» Por «As Palavras Poupadas» vai passando, devagar, o quotidiano anónimo de uma cidade, Lisboa, e dos que nela vivem. type="application/pdf" width="600" height="500"> -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis).