Topografias Rurais / Rural Topographies
Alberto Carneiro: «A arte faz-se para transformar as imagens do quotidiano.»
Os trabalhos dos artistas apresentados nesta exposição «Topografias Rurais» chamam a atenção, de forma vibrante e poética, para os mistérios que habitam tanto a mente humana como a paisagem natural que nos circunda.
[Tobi Maier]
No final de Abril de 2017, a Irene Buarque manifestou a vontade de se fazer uma exposição da obra de Alberto Carneiro na Galeria Diferença, no âmbito do programa de celebração do quadragésimo aniversário desta cooperativa de artistas. Mesmo sendo demasiado cedo para qualquer iniciativa pública em torno da obra do Alberto Carneiro, que havia falecido no dia 15 desse mesmo mês, a ideia era irrecusável, desde logo pela circunstância de ele ter feito parte do grupo original dos fundadores da Cooperativa Diferença em 1979 e de, em vida, nutrir uma carinhosa amizade, mesmo que por vezes à distância, por Irene Buarque. Quando, de imediato, aceitei o repto, foi também porque seria isso que o próprio Alberto faria.
A associação das Galerias Municipais e do seu director Tobi Maier a este projecto enriqueceu-o em múltiplas instâncias, permitindo alargar o enquadramento da desejada homenagem ao Alberto às duas galerias com as quais mais trabalhou nos anos 1970, a Quadrum, então dirigida por Dulce d’Agro e hoje integrada nas Galerias Municipais, e a Diferença. Como sucedeu com outros artistas na mesma altura, estas galerias proporcionaram ao Alberto importantes espaços de visibilidade para aquelas que são, de entre o seu vasto corpo de trabalho, algumas das suas obras mais experimentais, realizadas num período que aliou uma pessoal e radical indagação artística a um contexto institucional livre dos constrangimentos impostos pelo mercado artístico, então inexistente. A evocação visual deste passado, documentada nas duas exposições agora patentes na Quadrum e na Diferença, partiu do olhar curatorial que Tobi Maier dedicou ao projecto, um olhar atento à circunstância nacional que possibilitou a consolidação do percurso artístico do Alberto mas, sobretudo, dirigido para a construção de ligações com artistas de várias nacionalidades e gerações, como são os casos de Ana Lupas, Lala Meredith-Vula e Claire de Santa Coloma.
[Catarina Rosendo]
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Introdução à Segurança dos Sistemas de InformaçãoEsta obra integra as noções básicas e introdutórias à problemática da segurança dos SI. Destina-se prioritariamente a empresários, gestores, directores de áreas funcionais e técnicos da gestão dos SI. É também um valioso instrumento pedagógico e didáctico, nomeadamente em licenciaturas de Informática, Informática de Gestão, Engenharia Informática, cursos de pós-graduação e mestrados em Gestão e Tecnologias de Informação. Conteúdo: . Necessidade de segurança nos SI informatizados . Fundamentos e planos nas políticas de segurança . Segurança física: pessoal, instalações e equipamentos . Segurança lógica: integridade e disponibilidade da informação . Segurança em redes e em intranet: delitos informáticos, ameaças, ataques, autenticação e acessos na rede . Auditoria de segurança: técnicas e métodos . Benefícios estratégicos da segurança dos SI: a segurança como suporte estratégico -
Alberto Carneiro: os caminhos da água e do corpo sobre a terra( ) Todas as mudanças são produtivas para a imaginação criativa. Não foi o contacto com esta ou aquela corrente ou doutrina que me fez mover ou mudar, mas sim a minha permanente inquietação criativa. ( ) -
Alberto Carneiro: Árvores, Flores e Frutos do meu JardimEditado por ocasião da exposição Alberto Carneiro: Árvores, flores e frutos do meu jardim (desenhos e esculturas ), com curadoria de Catarina Rosendo, na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, de 10 de Janeiro a 21 de Fevereiro de 2015. Por uma espécie de efeito metonímico, os jardins de Carneiro contêm todas as suas paisagens imaginadas, e experimentar e vivenciar todos os fenómenos naturais que o ciclo das estações impõe ao seu jardim é penetrar o interior de todas as conotações antropológicas e pictóricas ligadas à ideia de paisagem e aos horizontes largos e infinitos que ela sempre sugere. Ao fixar em imagens as impressões obtidas pela apreensão das diversas intensidades do vento, do espectáculo de uma flor que emerge do bolbo, do restolho das folhas de Outono, ou do aroma dos frutos colhidos, Carneiro faz viajar a sua imaginação por dentro das suas qualidades mais íntimas, transportando-se para dentro delas através do desenho e justificando uma sua frase, de 2004: «Nestes desenhos estou eu no meu jardim.» [Catarina Rosendo] Alberto Carneiro nasceu no Coronado, Portugal, em 1937. Entre os dez e os vinte e um anos de idade, aprendeu o ofício de santeiro nas oficinas de arte sacra da sua terra natal. Diplomado pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1961-1967) e pós-graduado pela Saint Martins School of Art de Londres (1968-1970). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian: Porto (1962-1967) e Londres (1968-1970). Professor Associado, agregado pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Leccionou no curso de Escultura da ESBAP (1971-1976), no curso de Arquitectura da FAUP (1970-1999) e foi responsável pela orientação pedagógica e artística do Círculo de Artes Plásticas, Organismo Autónomo da Universidade de Coimbra (1972-1985). Dedicou-se ao estudo do Zen, do Tao, do Tantra e da Psicologia Profunda. Viajou pelo Oriente e pelo Ocidente para viver e interiorizar outras culturas. Expõe desde 1963. Realizou 93 exposições individuais e participou em mais de cem exposições colectivas em Portugal e no estrangeiro; está representado em museus e colecções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro; realizou esculturas públicas em diversos países; recebeu numerosos prémios e publicou inúmeros textos e três livros, um em co-autoria, sobre Arte e sobre Pedagogia. -
Auditoria e Controlo de Sistemas de InformaçãoActualmente, grande parte das empresas tem as suas áreas produtivas e administrativas de tal forma informatizadas que tornam os sistemas de informação, bem como as tecnologias de informação, instrumentos imprescindíveis de gestão empresarial. Em muitas dessas organizações cresce a preocupação com a eficiência de funcionamento, com a qualidade dos níveis de desempenho, com o controlo dos processos e a segurança dos activos. Esta obra tem como principal objectivo apresentar e explicar as relações entre a auditoria, o controlo e as consequências nos cuidados de segurança a ter relativamente a sistemas de informação, cuja crescente informatização possibilita cada vez mais novos modos de relação com os agentes dos contextos competitivos. Apresentando um vasto conjunto de casos práticos, de valor pedagógico significativo, e Perguntas de Revisão no final de cada capítulo, este livro dá ao leitor a possibilidade de exercitar a capacidade de análise crítica e, ao mesmo tempo, compreender melhor a aplicação prática dos conceitos. Entre outros, são oferecidos ao leitor temas, tais como: Evolução e finalidades da Auditoria; Organização da Função Auditoria Informática; Controlo e Segurança dos Sistemas de Informação; Técnicas de Análise e de Controlo; Metodologias de Auditoria de Sistemas de Informação; Domínios da Auditoria Informática; Auditoria e Riscos de Segurança; Auditoria, Controlo e Segurança na óptica da Gestão Estratégica; Análise de casos de Auditoria Informática. Auditoria e Controlo de Sistemas de Informação destaca-se também pela sua valiosa aplicação no domínio do ensino superior, em particular em licenciaturas, mestrados e doutoramentos de Informática de Gestão, Engenharia Informática e Gestão de Empresas.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

