Três Retratos: Salazar, Cunhal, Soares
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Neste livro, António Barreto faz o retrato dos três portugueses que mais influenciaram o nosso século XX. Mas não os retrata como figuras independentes, antes os combina e contrasta. Salazar, que instaurou o Estado Novo, enfrentou, a partir de dada altura, como principal dirigente da oposição política e cultural à sua ditadura Álvaro Cunhal. Mário Soares, que impulsionou o regime democrático, teve de vencer as pretensões do PCP de transformar a ruptura do 25 de Abril numa nova ditadura.
| Editora | Relógio d' Água |
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| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Barreto |
António Barreto
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Anatomia de uma Revolução: a Reforma Agrária em Portugal (1974-1976)Um dos livros mais importantes que se escreveram em Portugal depois do 25 de Abril de 1974.Este livro conta uma história que se passou há mais de 40 anos. Entre 1975 e 1976, o essencial do Alentejo agrário produtivo mudou de mãos. Mais de um milhão de hectares e explorações agrícolas foram ocupados pelos trabalhadores organizados em sindicatos e unidades colectivas de produção.Tudo se passou sob a orientação do Partido Comunista Português, com o apoio das unidades militares da região, do governo, dos funcionários do Ministério da Agricultura e de outros grupos políticos de menor importância. Foi um processo revolucionário rápido que usou de intimidação e terror, mas não, graças à presença das forças armadas, de violência física. -
Tempo de Mudança«A verdade é que os nossos problemas, os das gerações actuais, apesar de uma autêntica cavalgada histórica, não são menores do que os das gerações anteriores. São diferentes. Talvez até mais difíceis de resolver. E nem sequer nos poderá servir de consolação saber que, cada vez mais, os nossos problemas são parecidos com os dos outros países, tanto os vizinhos europeus, de Oeste como de Leste, quanto os dos outros Estados democráticos do mundo. ( ) Magra consolação! Ao tornarmo-nos um país como os outros, ficámos com os problemas de todos, mas não adquirimos, por golpe de mágica, os seus meios para os resolver. Ainda por cima, em sociedade aberta, as fraquezas são mais visíveis. Mesmo assim, nada me fará pensar que esta abertura, com todos os seus riscos, com todas as suas ameaças, não é o melhor caminho.» Do Prefácio -
Anos Difíceis«Finalmente, um traço dominante deste período é o do uso intensivo e persistente da propaganda e de todas as formas de construção e orientação da informação. Estes últimos anos marcam a consolidação do modo profissional de informar a população. Governo, partidos políticos, grupos parlamentares, grandes grupos económicos, associações empresariais e sindicatos recorrem, cada vez mais e agora de modo consistente, a organizações especializadas de comunicação. Este esforço é, obviamente, liderado pelo governo, com recursos ilimitados para dirigir a informação e organizar a comunicação, de acordo com os seus interesses e conveniências. São centenas, talvez milhares de profissionais, incluindo muitos jornalistas, a exercer as suas actividades de comunicação em conformidade com as expectativas dos seus mandantes. A actividade política desenrola se agora de acordo com o que se chama, na gíria, a agenda política. Esta é uma mera construção de conveniência, uma maneira de condicionar a informação e a opinião.» Da Apresentação Este livro é uma colectânea de «Retratos da Semana» publicados entre 2003 e 2009, no jornal Público -
Tempo de Escolha«A desculpa externa, o bode expiatório externo, a culpa que vem do exterior sempre funcionou em Portugal. Inimigos, riscos e perigos vêm sempre de fora. O que corre mal, para quem está no poder, vem de fora. Comunistas, terroristas, colonizadores, imperialistas, exploradores, extorsão financeira, exploração, ágio e ideias subversivas: vêm todos do exterior. Mas a verdade, em última linha, com excepção da agressão pura e simples, é a de que a culpa vem sempre de nós, das nossas falhas, das nossas insuficiências, dos nossos erros e das nossas dívidas. E a dificuldade em encontrar quem reconheça as suas faltas, as nossas faltas, a fim de as corrigir e evitar no futuro, fundamenta um pessimismo de rigor.» Este livro reúne artigos publicados pelo autor de 2015 a 2017 no Diário de Notícias e entrevistas realizadas entre 2014 e 2017. -
De Portugal para a Europa«Na verdade, se a Europa, qualquer que seja a sua construção futura, prescindir das identidades nacionais, das culturas dos seus povos e do seu pluralismo intrínseco, está condenada. Ou então, é sinal de que um qualquer despotismo imperial ou burocrático se instala.» Da Apresentação. -
Anatomia de Uma RevoluçãoEste livro conta uma história que se passou há mais de 40 anos. Entre 1975 e 1976, o essencial do Alentejo agrário produtivo mudou de mãos. Mais de um milhão de hectares e explorações agrícolas foram ocupados pelos trabalhadores organizados em sindicatos e unidades colectivas de produção. Tudo se passou sob a orientação do Partido Comunista Português, com o apoio das unidades militares da região, do governo, dos funcionários do Ministério da Agricultura e de outros grupos políticos de menor importância. Foi um processo revolucionário rápido que usou de intimidação e terror, mas não, graças à presença das forças armadas, de violência física."Um dos livros mais importantes que se escreveram em Portugal depois do 25 de Abril de 1974."Maria de Fátima Bonifácio, in Prefácio
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
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Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
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