Zoëlógica
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| Editora | Editorial Caminho |
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| Editora | Editorial Caminho |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Patrícia Portela |
“Nascida pela altura da Intentona das Caldas, Patrícia Portela aprendeu a respirar pouco antes da revolução. Interessou-se por livros e bonecos já livre da ditadura. Segue à risca a máxima grega transforma o mundo sem estrondo mas com esperança. Gosta de formigas físicas e meta-físicas, de viajar e de olhar e ouvir a filha.”
Raul J. Contumélias
Patrícia Portela (1974). Autora de performances e obras literárias, vive entre Portugal e Bélgica. Concluiu uma licenciatura em Realização Plástica do Espectáculo em Lisboa, na Escola Superior de Teatro e Cinema, tem um mestrado em cenografia e dramaturgia do espaço pela Universidade de Utrecht e pela Central St Martins College of Art de Londres, uma pós-graduação em teatralidade e performatividade pelo Arts, Performace and Theatricality de Antuérpia, concluiu um estágio na European Film College of Cinema em Ebeltoft, Dinamarca, em som, edição e documentário, tem um mestrado em filosofia pela Universidade de Leuven e encontra-se a concluir o doutoramento em artes e multimedia pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Itinera com regularidade pela Europa e pelo mundo. É reconhecida nacional e internacionalmente pela peculiaridade da sua obra, e recebeu por ela vários prémios (dos quais destaca o Prémio Madalena Azeredo de Perdigão/Fundação Calouste Gulbenkian para Flatland I em 2005 e menção honrosa para Wasteband em 2004, o Prémio Teatro na Década para Wasteband em 2003, o Prémio Revelação dos Críticos de teatro em 1998 ou a menção honrosa em 2006 para a Trilogia Flatland). Autora de vários romances e novelas como Para Cima e não para Norte (2008) Banquete (2012, finalista do Grande Prémio de Romance e novela APE) ou Dias úteis (2017, considerado pelas revistas Sábado e Visão um dos melhores livros do ano), entre outros, todos com a chancela Editorial Caminho. Participou no prestigiado 46º International Writers Program em Iowa City em 2013 (onde também residiram os prémios nobel Orhan Pamuk ou Mo Yan) e foi a primeira Outreach Fellow da Universidade de Iowa City no mesmo ano. Foi uma das 5 finalistas do primeiro Prémio Media Art Sonae 2015 com a sua instalação Parasomnia com a qual continua a circular pelo mundo, foi a primeira bolseira literária em Berlim da Embaixada Portuguesa na Alemanha em 2016 e foi uma das primeiras bolseiras das novas bolsas literárias da DGlab com uma obra a ser publicada este ano. Lecciona actualmente dramaturgia e imagem na Escola Superior de Teatro e Cinema ao 3º ano de interpretação e design de cena e com regularidade em lugares como a Universidade do Minho, o Forum Dança, em Portugal, ou a Universidade de Antuérpia, ou a escola de escrita em Curitiba, no Brasil, entre outros espaços de formação de performance alternativos. É cronista regular do Jornal de Letras, Artes e Ideias desde 2017 e na radio Antena 1 no Fio da Meada às terças feiras.
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O BanqueteO Banquete é uma revisitação dos mitos definidores da Humanidade. Uma surpreendente mistura de ingredientes filosóficos e terrestres para mastigar a nossa imortalidade. O que nos diz uma notícia radiofónica sobre a Caverna de Platão? O que aconteceria se tivéssemos comido o fruto da segunda árvore do Paraíso? O que decidiram os pássaros no Encontro Máximo para Reavaliação da Lei Natural Aplicada aos Homens sobre a extinção da Humanidade? O que acontece a um Fausto que se recusa a cumprir o pacto que assinou com o Diabo? -
A Coleção Privada de Acácio NobreFui recolhendo, ao longo de 16 anos, cartas, diários, testemunhos, maquetas de jogos e armadilhas de Acácio Nobre (1869-1968), um construtor de puzzles geométricos visionário no século XIX que uma ditadura silenciou no século XX e (quase) eliminou de uma História que ainda assim influenciou, de forma subtil e anónima, introduzindo uma marca indelével e inevitável nos séculos vindouros, como o nosso. Acreditando que a obra literária pode desempenhar um papel crucial na reavaliação dos tempos que correm de uma forma que estará para sempre vedada à História, à Academia e à estratégia política, venho por este meio partilhar convosco a Coleção Privada de Acácio Nobre, na esperança de encontrar, mas também de dispersar, a sua obra, as suas ideias e os seus manifestos, procurando contribuir assim para a tarefa inglória de lutar pelo direito ao impossível, uma mastodôntica missão num país como este, que, por acidente geográfico, é o meu, e também foi, ainda que por breves momentos e de forma ingrata, o de Acácio Nobre. -
ZoëlógicaPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma. Este é o primeiro livro infantil de Patrícia Portela. Trata da lógica de Zoë, filha de Patrícia, que ao mesmo tempo que conversam nos vão contando uma história cheia de animais e interrogações. -
Para Cima e Não Para Norte"O protagonista desta história é um Homem Plano que vive num mundo de 2 dimensões. Um dia, o protagonista encontra uma impressão digital numa das páginas de um livro e fica obcecado por esta estranha «letra». Depois de intensas investigações, apercebe-se da existência de um mundo muito diferente do seu: um mundo com 3 dimensões; quando tenta divulgar a sua espantosa descoberta junto do resto do povo plano, é acusado de delito de opinião e de perturbação da ordem pública e preso. Mas não desiste e, quando sai da prisão, consegue descobrir um meio de passar para o mundo de 3 dimensões. Já deste «lado», e sabendo que só pode manter-se por aqui se estiver permanentemente a ser «visto», opta por raptar leitores, espectadores e observadores em geral..."Ver por dentro:Multimdia: -
O BanqueteO Banquete é uma revisitação dos mitos definidores da Humanidade. Uma surpreendente mistura de ingredientes filosóficos e terrestres para mastigar a nossa imortalidade. O que nos diz uma notícia radiofónica sobre a Caverna de Platão? O que aconteceria se tivéssemos comido o fruto da segunda árvore do Paraíso? O que decidiram os pássaros no Encontro Máximo para Reavaliação da Lei Natural Aplicada aos Homens sobre a extinção da Humanidade? O que acontece a um Fausto que se recusa a cumprir o pacto que assinou com o Diabo?Ver por dentro: -
WastebandWasteband_(do inglês) ? faixa de tempo perdido que dá forma aos dias, estendendo os momentos de espera em detrimento dos que exigem acão, criando assim uma maior probabilidade de acidentes e efeitos colaterais em vidas demasiado programadas. Waistband (do inglês) ? faixa de tecido que dá forma à cintura de um vestido, de uma saia ou a um cós de umas calcas; elástico das cuecas.Uma Wasteband é como um Rolls Royce. Tudo é feito à mão. Helena SerraVer por dentro:Multimdia: -
A Coleção Privada de Acácio NobreFui recolhendo, ao longo de 16 anos, cartas, diarios, testemunhos, maquetas de jogos e armadilhas de Acacio Nobre (1869?-1974), um construtor de puzzles geometricos visionario no seculo XIX que uma ditadura silenciou no seculo XX e (quase) eliminou de uma Historia que ainda assim influenciou, de forma subtil e anonima, introduzindo uma marca indelevel e inevitavel nos seculos vindouros, como o nosso. Acreditando que a obra literaria pode desempenhar um papel crucial na reavaliac?o dos tempos que correm de uma forma que estara para sempre vedada a Historia, a Academia e a estrategia politica, venho por este meio partilhar convosco a Colec?o Privada de Acacio Nobre, na esperanca de encontrar, mas tambem de dispersar, a sua obra, as suas ideias e os seus manifestos, procurando contribuir assim para a tarefa ingloria de lutar pelo direito ao impossivel, uma mastodontica miss?o num pais como este, que, por acidente geografico, e o meu, e tambem foi, ainda que por breves momentos e de forma ingrata, o de Acacio Nobre.Ver por dentro: -
Dias ÚteisProcuramos o lugar exato de onde vem a razão ignorando que a lógica nunca evitará a dor. Fazemos sentido porque podemos cair, não porque poderemos voar. Patrícia Portela -
OdíliaAs musas nascem entre o dedo mindinho, o coração e o cérebro humanos. São muito pequeninas, muito microscópicas (...)/[[...]. Navegam de forma organizada e activa pelo cérebro, e para comunicar entre si fazem-no através de impulsos eléctricos e reacções químicas. Existem musas normais e musas confusas: As musas normais são tamanho S, M, L ou XL, inebriam, embriagam, enfeitiçam, inspiram, e aparecem antes, durante ou por causa do processo criativo, transformando uma ideia luminosa num corpo divino e tangível. Aparecem frequentemente nuas ou seminuas em vestes transparentes e são responsáveis pela poesia erótica, pelo delírio romântico e pela Música do Universo. São umas grandes convencidas e só usam roupa de marca e há quem diga que vivem em museus mas é mentira, só lá estão nas férias grandes e às segundas-feiras, quando os museus estão fechados... as musas confusas... as musas confusas são todas Odílias e parecem ser exactamente o mesmo mas são exactamente o contrário... em vez de andarem por aí a inspirar, procuram desesperadamente alguém que as inspire. Patrícia Portela nasceu em 74. Vive entre Antuérpia e Paço de Arcos. Constrói mundos paralelos em livros e em outros formatos. -
Para Cima e Não para Norte"O protagonista desta história é um Homem Plano que vive num mundo de 2 dimensões. Um dia, o protagonista encontra uma impressão digital numa das páginas de um livro e fica obcecado por esta estranha «letra». Depois de intensas investigações, apercebe-se da existência de um mundo muito diferente do seu: um mundo com 3 dimensões; quando tenta divulgar a sua espantosa descoberta junto do resto do povo plano, é acusado de delito de opinião e de perturbação da ordem pública e preso. Mas não desiste e, quando sai da prisão, consegue descobrir um meio de passar para o mundo de 3 dimensões. Já deste «lado», e sabendo que só pode manter-se por aqui se estiver permanentemente a ser «visto», opta por raptar leitores, espectadores e observadores em geral..." Patrícia Portela nasceu em 74. Vive entre Antuérpia e Paço de Arcos. Constrói mundos paralelos em livros e em outros formatos.
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Todo-o-Terreno e Outros ContosA história é sempre a mesma. A personagem principal é uma criança entre os cinco e os quinze anos, só e orgulhosa, só e inconformada com a sua solidão, sempre sozinha. (...) À sua volta, há outras crianças e alguns adultos com defeitos e feitios às vezes cómicos, às vezes tão tristes que dão vontade de rir. O tempo é curto e o espaço limitado (...). A criança faz as coisas banais de uma vida infantil e banal: não faz nada. No fim da história, nada parece ter mudado, mas arrastaram-se móveis pesados, limparam-se os cantos à história de sempre (...). É preciso abrir a janela, arejar esta casa.Ver por dentro: -
O rapaz da bicicleta azulO João subiu para a bicicleta, que rangeu aflitivamente. Às primeiras pedaladas, ela respondeu com estalidos, como os ossos de um velho que se levanta de uma cadeira, mas pouco depois já rolava pela estrada abaixo. Ele pedalou com mais força e atravessou o ar morno da manhã. Sentia não sabia o quê que o empurrava para diante. Cheirava-lhe não sabia a quê, sabia-lhe não sabia a quê. E esse "não sei quê" era a liberdade. Estava dentro dele e à volta dele, por todo o lado. Também ele era um rapaz numa bicicleta azul e também ele levava a flor da liberdade numa manhã de Abril. Com ela, podia ir até onde quisesse. Por isso, pedalou ainda com mais força e avançou a sorrir na direcção do Sol.Ver por dentro: