1910 a Duas Vozes
Duas vozes distintas - Fernando Rosas, republicano e Mendo de Castro Henriques, monárquico - mostram as duas faces da implantação da República em Portugal, a queda da Monarquia e as repercussões desse momento histórico durante o último século.
| Editora | Bertrand |
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| Editora | Bertrand |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mendo Castro Henriques, Fernando Rosas |
Fernando Rosas é professor emérito da Universidade Nova de Lisboa e professor catedrático jubilado de História Contemporânea da NOVA FCSH. Foi fundador e presidente do Instituto de História Contemporânea. É autor de uma vasta obra historiográfica que, no tocante a Portugal, se centra sobre a Primeira República, o Estado Novo e a Revolução de 1974/1975. Foi autor e apresentador das séries televisivas História a História e História a História África (RTP2 e RTP África, 2016‑2017). Os seus trabalhos estão publicados em Espanha, França, Itália, Alemanha e Brasil. Entre as suas obras mais recentes editadaspela Tinta‑da‑china, destacam‑se Salazar e o Poder: A Arte de Saber Durar (Prémio Pen Club de Ensaio, 2012); Salazar e os Fascismos (Prémio de História Contemporânea da Fundação Calouste Gulbenkian/Academia Portuguesa de História, 2019); O Século XX Português (coord. de obra colectiva, 2020); A Revolução Portuguesa de 1974‑1975 (coord. de obra colectiva, 2022). Foi deputado à Assembleia da República e candidato à Presidência da República. Integrou a Comissão Instaladora do Museu do Aljube e é membro da Comissão Instaladora de Conteúdos e Acompanhamento Museográfica do Museu Nacional do Forte de Peniche. Recebeu a medalha do Ministério da Ciência em 2017. Em 2016, foi condecorado pelo presidente Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade.
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A Primeira República (1910-1926): como venceu e porque se perdeu«A crise histórica dos sistemas liberais do Ocidente, aquela que vivemos, potenciada pela época neoliberal do capitalismo, parece tender para a emergência de um novo tipo de regimes “pós-democráticos”, autoritários, populistas e xenófobos. (…) Os paralelismos com a primeira grande crise dos sistemas liberais nos anos vinte do século passado e com o seu desfecho trágico na época dos fascismos e da guerra são, pois, incontornáveis, apesar das importantes diferenças de contexto histórico. (…) Permitam-me, por isso, a sugestão de que este livro possa também ser lido sob essa perspetiva» (do Prefácio do autor). Este livro apresenta uma reflexão revista e aprofundada dos fatores que estiveram por detrás do sucesso da Primeira República e dos que contribuíram para a sua derrota em 1926. A crise de legitimidade da governação republicana, a rutura com o movimento operário e o seu refluxo, os efeitos desastrosos da intervenção na Grande Guerra são algumas das principais linhas de análise do historiador Fernando Rosas, num ensaio tão relevante para conhecermos o passado como para evitar repeti-lo. -
Franz Rosenzweig e o Pensamento DialógicoA presente monografia é um passo decisivo para a receção em Portugal de Franz Rosenzweig (1886-1929), autor cuja profundidade, originalidade e compaixão têm vindo a ser reconhecidas, granjeando-lhe um lugar cimeiro entre os filósofos contemporâneos.No seu livro de 1921 "A Estrela da Redenção" Rosenzweig propôs o que chamou um «novo pensamento». A sua rejeição do pensamento monológico ? rejeição tão veemente como em Schopenhauer, Kierkegaard e Nietzsche - obrigou a olhar de outro modo para os filósofos «desde a Jónia até Jena»; a sua visão da revelação como apelo do outro ajudou a moldar o curso da filosofia e da teologia no século XX; as suas reflexões sobre a finitude e os contornos temporais da experiência humana antecipam as reflexões de Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre; a importância que atribuiu à linguagem promoveu esta área de estudos, depois cultivada por Walter Benjamin, Paul Ricoeur e Jacques Derrida. Finalmente, o destaque atribuído à relação entre o eu e o tu originou os estudos dialógicos, em que se salientaram Martin Buber e Emmanuel Lévinas. -
A Promessa da PolíticaTrata-se de uma contribuição para sublinhar que a promessa da política deve oferecer a autenticidade da sua relação com a execução.Adriano Moreira O fenómeno político está na confluência da liberdade, da responsabilidade e da igual dignidade, consideração e respeito da pessoa humana. (...) Mendo Castro Henriques compreende-o bem, fazendo deste pensamento base da sua atitude cívica e pedagógica. Guilherme d´Oliveira Martins Fazer política é cuidar do bem comum. A autenticidade deste cuidado está na permanente tensão entre as promessas e a sua efetiva concretização. No encontro da Academia Pontifícia para a Vida, o Papa Francisco pediu políticas mais humanas sem promessas ilusórias de bem-estar. Eugénio Fonseca Neste livro, Mendo Castro Henriques recorda-nos o principal de toda a atividade humana: a Promessa auroral de que o homem existe para o cumprimento de uma redenção. E que esta se concretiza por via de uma política do Bem Comum fundada num reino de Justiça.Miguel Real Nietzsche definiu o homem como um animal capaz de prometer. Este livro de Mendo Castro Henriques oferece uma fascinante introdução a esta atividade e aos desafios que ela enfrenta no mundo globalizado do início do terceiro milénio.Carlos Morujão -
História da Primeira RepúblicaEm que cenário é que Portugal transitou da Monarquia para a República? Qual a intervenção e a atitude da população face ao novo regime? Quais as aspirações dos republicanos ao assumirem o poder? Que sucessos e que fracassos obtiveram? Porque caiu a República, abrindo caminho a meio século de ditadura? A amplitude e profundidade de perspectivas é aqui assegurada por uma dinâmica equipa de investigadores do Instituto de História Contemporânea, cuja competência possibilitou, finalmente, a publicação de um volume que cobre todas as vertentes necessárias à compreensão plena do primeiro período republicano português: historiografia política, económica, social, cultural, religiosa. «Propomos, neste volume, vários entendimentos para essa curta mas rica e complexa República de 16 anos que, longe de ser a aurora emancipadora e progressista que os seus apologistas e apoiantes anunciavam, desejavam e por que se bateram, acabou por se transformar na conturbada crise terminal do liberalismo português a que sucederia o longo ciclo de autoritarismo. Como venceu a República em 1910? Que contradições, que dificuldades viveu, como as resolveu, ou não, até à terrível aventura da participação na Grande Guerra? Que projectos delineou, que portas abriu ou tentou abrir nos vários campos em que procurou apostar? E como renasceu do pós-guerra, após o breve mas premonitório intervalo sidonista? Que República ou que repúblicas e anti-repúblicas foram essas que então se realinharam, também em Portugal, para a grande batalha social e política que anunciava na Europa a época dos fascismos? Afinal, porque venceu e porque morreu a Primeira República? E o que ficou dela como património de memória e reflexão para a democracia de hoje?» -
Os Livros das Nossas VidasPara nos ajudar a distinguir a fina linha que separa o importante do urgente, o essencial do acessório, os autores propõem-nos Os Livros das Nossas Vidas , guiando-nos pelos vastos oceanos do conhecimento que nos abriram mundos, interiores e exteriores, e fizeram de todos nós exploradores intrépidos da incrível aventura da Humanidade. Um livro para despertar consciências e fazer da leitura um acto de liberdade. -
O Dinheiro das Nossas (DÍ)VidasNesta introdução à questão da dívida é abordado o modo como «o dinheiro das nossas (dí)vidas» nos tornou servos de um sistema financeiro perigoso, corrupto, falido. Este é um livro para quem considera que a economia deve estar ao serviço das pessoas e não do dinheiro, e que devemos resgatar famílias e empresas para restabelecer a economia, em vez de resgatarmos bancos e Estados para continuar a servir a dívida. Um livro para despertar consciências e colocar o dinheiro no seu devido lugar. -
Lisboa RevolucionáriaHistória de todas as revoluções e violentas lutas políticas que se travaram em Portugal ao longo do século XX, tendo como principal cenário a cidade de Lisboa. Do historiador academicamente reconhecido como sumidade da história contemporânea de Portugal e simultaneamente um grande narrador. -
Salazar e o Poder: A Arte de Saber DurarQuais as razões da durabilidade do regime salazarista, a mais longa ditadura da Europa do século xx? A explicação está aqui, no livro que Fernando Rosas sempre quis escrever e que marca o apogeu da sua obra historiográfica. -
História e Memória - Última LiçãoA lição final de Fernando Rosas, um dos maiores historiadores portugueses. Fernando Rosas, responsável pela formação de dezenas de especialistas em História Contemporânea, jubilou-se em Abril de 2016. -
História a História - ÁfricaO livro da grande série da RTP sobre o colonialismo, História a História – África.A partir de uma perspectiva informada por décadas de investigação destes temas, e escrito num tom acessível ao grande público, História a História – África constitui um grande fresco sobre as décadas mais conturbadas do século XX português. Fernando Rosas fez um périplo pelos lugares mais simbólicos das antigas colónias africanas portuguesas, recontextualizando problemas e polémicas antigas: O que resta das «aldeias portuguesas» do antigo colonato do Limpopo, a histórica barragem de Cahora Bassa, em Moçambique, Batepá e as praias são-tomenses onde a repressão colonial andou à solta, o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, a ilha de Soga, nos Bijagós, de onde partiu a «Operação Mar Verde»; sem esquecer os locais em Lisboa e Coimbra onde, nos anos 50 e 60, no coração do poder colonial, a Casa dos Estudantes do Império, se reacendeu a chama da libertação das nações sob domínio colonial português. «O livro que agora vem a público surge no decurso desse debate surdo acerca da alegada excecionalidade lusotropicalista do colonialismo português, os seus tão glosados ‘brandos costumes’. [...] Olhou-se para alguns momentos decisivos da guerra e para os efeitos sociais da débacle final do regime colonial: o início sangrento da guerra colonial em Angola no ano de 1961, a desesperada revolta de parte da população branca da então Lourenço Marques contra os acordos de Lusaka, em 1974, a desastrosa aventura militar spinolista de ataque à Guiné Conacri, a ‘Operação Mar Verde’, em 1970. Para encerrar, a dramática fuga e o retorno a Portugal de 500 a 700 mil colonos brancos de Angola e Moçambique, e o singular caso de sucesso que acabou por ser a sua integração no então jovem Portugal democrático.»
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?