A Abertura das Palavras - Ensaios de Literatura Portuguesa
O título desta obra A Abertura das Palavras remete-nos para a dimensão polissémica do conceito de abertura, que encontra pleno significado no espírito subjacente a esta colectânea. Desde logo, a primordial abertura das palavras ao tempo, uma vez que os textos aqui incluídos se inserem num período que se estende de 1970 a 2005, mas também a abertura face aos diferentes campos de investigação e de análise do próprio fenómeno literário. Há, no entanto, transversal a todos estes sentidos de abertura, duas constantes a especificidade da Literatura Portuguesa e a relação essencial e labiríntica entre os séculos XIX e XX. Entre tantos outros, são aqui revisitados e objecto de uma profunda reflexão ensaística autores como Cesário Verde, Teixeira de Pascoaes, David Mourão-Ferreira, Agustina Bessa-Luís ou Fernando Guimarães.
| Editora | Presença |
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| Coleção | Universidade Hoje |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Álvaro Manuel Machado |
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A Arte da CríticaA Arte da Crítica é uma coletânea de textos de crítica literária que foram sendo publicados ao longo de cinquenta anos, em momentos muito distintos da formação intelectual do autor. Subjacente a todos eles está, no entanto, a manifesta e assumida vontade por parte do crítico de tentar compreender e julgar as obras dos outros «transpondo-se» para essas obras, «metendo-se na pele» desses autores. A coletânea é precedida por um ensaio inédito sobre alguns elementos fundamentais do processo crítico, incidindo especialmente sobre a sua evolução teórica desde o início do Romantismo na Europa até aos nossos dias. -
A Menina Dentro da CerejaPartindo de um espaço mítico, a Foz Velha, no Porto, e de uma vetusta e não menos mítica mansão familiar, esta é a história, contada a várias vozes, de uma família problemática e dos seus terríveis segredos, bem como, na actualidade, a de uma geração «entre os trinta e os quarenta anos no início da segunda década do século XXI, quando Portugal voltou a ser um Portugalório, um cortejo fúnebre de gente jovem cheia de canudos, mas arrastando-se no desemprego ou emigrando», história passada entre Londres, Paris, o Brasil, África. Paralelamente, talvez sobretudo, é a história da relação complexa, por vezes dramática, entre um pai e uma filha, com um final imprevisível. -
O Significado das CoisasCOLECTÂNEA DE ENSAIOS SOBRE LITERATURA PORTUGUESA DE PRESTIGIADO ENSAÍSTA, CRÍTICO LITERÁRIO E POETA O SIGNIFICADO DAS COISAS centra-se na visão de Álvaro Manuel Machado sobre a obra de Agustina Bessa-Luís, compilando textos de carácter ensaístico escritos ao longo dos últimos dez anos. A primeira parte analisa obras que incluem textos até há pouco inéditos ou não publicados conjuntamente, como crónicas de viagem, textos jornalísticos e correspondência que Agustina trocou com outros escritores. Nestas, inclui-se Caderno de Significados (2013), dando origem ao título desta colectânea. A segunda parte dá-nos um panorama da literatura portuguesa desde o pré-romantismo à actualidade, passando por nomes essenciais como Raul Brandão, Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio, com especial enfoque na Geração de 70. Trata-se pois de uma obra abrangente e cativante para todos os que se interessem por literatura portuguesa. -
Do Romantismo aos Romantismos em PortugalUm estudo comparativista e pormenorizado que relaciona um período específico da história da literatura portuguesa com literaturas e culturas estrangeiras. Um período longo, fragmentado mas com linhas de continuidade bem definidas. O autor analisa elementos da recepção de modelos estrangeiros e a sua influência na estética literária portuguesa em três grandes ciclos: do pré-romantismo à geração de 70; pós-romantismo, modernismo e modernidade; neo-romantismo e pós-modernidade. Acompanha o caminhar sinuoso dos romantismos portugueses e a evolução do romantismo europeu, destacando, sempre numa perspectiva comparativista, nomes como Garrett, Baudelaire, Eça de Queirós, Rama-lho Ortigão, Antero de Quental, Byron, Shelley, Flaubert, Teófilo Braga, Rilke, Pessoa e Victor Hugo, Agustina e Yourcenar. -
Da Literatura Comparada à Teoria da LiteraturaEsta terceira versão dum estudo sobre Literatura Comparada, remodelada e actualizada, amplia questões gerais relativas à Teoria da Literatura e à sua função científica, integrada nos estudos das Ciências Humanas. Renova-se aqui o estudo sistemático de métodos de abordagem culturalista da literatura, para além dos denominados Cultural Studies. Sobretudo, renova-se a ideia de Literatura Comparada como forma cada vez mais actual de Humanismo no começo do terceiro milénio, entre Cultura e História, entre o que se pensa e aquilo que realmente se vive, da Europa à África, às Américas e à Ásia. Deste modo, o volume que agora se apresenta está estruturado em duas grandes partes: Conhecimento do Estrangeiro, título genérico para subsecções que integram as questões da identidade cultural, as experiências de viagem, da imagem ao imaginário e da influência à recepção; e Da História Literária à Teoria da Literatura, que inclui as temáticas usadas, mitos, elementos de poética e elementos de teoria. Um estudo aprofundado que integra os mais recentes conceitos e contributos dos estudos literários dos pensadores mais marcantes da contemporaneidade. -
A Geração de 70Uma síntese crítica e abrangente do movimento cultural de 1870 ao qual pertenceram personagens como Antero de Quental, Eça de Queiroz ou Guerra Junqueiro, numa obra que analisa, em paralelo, a importância e a influência deste mesmo grupo no domínio social e político.
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Pragmática LinguísticaUma visão comum sobre o que é uma língua diz-nos, simplificadamente, que ela é um conjunto de termos - um léxico - e um conjunto de regras para a formação de outros termos e de frases - uma gramática. Contudo, léxico e gramática são apenas as pedras e a estrutura de um edifício que fica inerte se não for usado. Uma língua só é viva na medida em que os falantes a usam. O Essencial sobre Pragmática Linguística debruça-se precisamente sobre o uso da língua, sobre as práticas linguísticas dos falantes e sobre a comunicação. O que está em observação são as actividades humanas em que entram as línguas. Muitas das acções humanas pressupõem o uso de uma língua. Ao perguntarmos, prometermos, pedirmos, afirmarmos, descrevermos, etc., usamos uma língua. O uso da linguagem está também presente nos actos de compra e venda, nos veredictos judiciais, na feitura das leis, no ensino, na publicidade e em todos os episódios da vida social. Mesmo o acto de votar é um acto linguístico: é dizer "sim" ou "não" a determinado partido ou questão política. Mas a observação dos actos linguísticos não esgota a pragmática linguística, pois esta ocupa-se ainda de outros grandes temas, como a diferença entre dizer e implicitar, a prática da delicadeza no uso da linguagem, a estrutura da conversação e a relação do acto linguístico com o seu contexto. -
Classificações Bibliográficas - Percurso de uma TeoriaNo mundo da globalização da informação, que se quer plural e imparcial, urge estudar as classificações bibliográficas como meios privilegiados de a organizar e veicular. Esta obra aborda as classificações bibliográficas como modelos dinâmicos de organização do conhecimento. Pretende avaliar as vantagens e as fragilidades deste tipo de linguagem, no que respeita à representação e à recuperação do conhecimento, criando novos pontos de referência, bem como na contextualização teórica e dinâmica estrutural. Este estudo apresenta dois eixos estruturantes: uma reflexão crítica sobre algumas questões teóricas que constituem este tipo de classificações e um estudo analítico-sintético de alguns sistemas de classificação mais utilizados em bibliotecas nacionais e internacionais. -
Sistema da ModaA moda é uma realidade já largamente analisada sob uma perspectiva jornalística, estética, sociológica e psicológica. Faltava, porém, uma análise semântica do vestuário feminino, coisa que o autor nos proporciona com este livro. Partindo da descrição e da classificação da moda escrita, tal como se apresenta nas revistas da especialidade, Barthes elabora uma análise estrutural do vestuário feminino. Analisa o contributo do discurso verbal para o sistema da moda, o qual motiva as pessoas a consumi-la. Por outro lado, debruça-se também sobre a estrutura e o “jogo” de significados desse próprio discurso. O livro, redigido entre 1957 e 1963, constitui hoje um clássico da semiologia aplicada. -
Dicionário de Verbos ConjugadosCONSIDERAÇÕES PRELIMIMARES: Relevância do verbo na estrutura da frase · Caracterização dos verbos FLEXÃO VERBAL: Modos e tempos · As pessoas e os números · Aspecto · Voz ESTRUTURA DA FORMA VERBAL: RADICAL e tema, característica e desinência · Formas rizotónicas e formas arrizotónicas · Conjugação · Formação dos tempos simples VERBOS AUXILIARES: Conjugação perifrásica · Voz activa · Voz passiva IRREGULARIDADE VERBAL CONJUGAÇÃO PRONOMINAL VERBOS CONJUGADOS (MODELOS) OS VERBOS PORTUGUESES PARTICÍPIOS DUPLOS -
Assim Nasceu Uma LínguaFernando Venâncio conta-nos a história da língua portuguesa com paixão, elegância e um fino humor. Com rigor e precisão de paleontólogo, Fernando Venâncio começa no primeiro gemido da nossa língua, que remonta há séculos, tão distantes que Portugal ainda nem existia, passando pelos primeiros escritos, até à fala contemporânea que ainda hoje conserva registos, em estado fóssil, dessa movimentação primordial. Máquina do tempo que nos permite recuar à época em que o idioma se formou, Assim Nasceu Uma Língua faz-nos peregrinos numa caminhada que toca a língua galega ou o português brasileiro, evidenciando as profundas derivas que deram forma ao nosso idioma, a que Fernando Venâncio chama «um idioma em circuito aberto».