O Significado das Coisas
COLECTÂNEA DE ENSAIOS SOBRE LITERATURA PORTUGUESA DE PRESTIGIADO ENSAÍSTA, CRÍTICO LITERÁRIO E POETA
O SIGNIFICADO DAS COISAS centra-se na visão de Álvaro Manuel Machado sobre a obra de Agustina Bessa-Luís, compilando textos de carácter ensaístico escritos ao longo dos últimos dez anos. A primeira parte analisa obras que incluem textos até há pouco inéditos ou não publicados conjuntamente, como crónicas de viagem, textos jornalísticos e correspondência que Agustina trocou com outros escritores. Nestas, inclui-se Caderno de Significados (2013), dando origem ao título desta colectânea. A segunda parte dá-nos um panorama da literatura portuguesa desde o pré-romantismo à actualidade, passando por nomes essenciais como Raul Brandão, Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio, com especial enfoque na Geração de 70. Trata-se pois de uma obra abrangente e cativante para todos os que se interessem por literatura portuguesa.
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A Arte da CríticaA Arte da Crítica é uma coletânea de textos de crítica literária que foram sendo publicados ao longo de cinquenta anos, em momentos muito distintos da formação intelectual do autor. Subjacente a todos eles está, no entanto, a manifesta e assumida vontade por parte do crítico de tentar compreender e julgar as obras dos outros «transpondo-se» para essas obras, «metendo-se na pele» desses autores. A coletânea é precedida por um ensaio inédito sobre alguns elementos fundamentais do processo crítico, incidindo especialmente sobre a sua evolução teórica desde o início do Romantismo na Europa até aos nossos dias. -
A Menina Dentro da CerejaPartindo de um espaço mítico, a Foz Velha, no Porto, e de uma vetusta e não menos mítica mansão familiar, esta é a história, contada a várias vozes, de uma família problemática e dos seus terríveis segredos, bem como, na actualidade, a de uma geração «entre os trinta e os quarenta anos no início da segunda década do século XXI, quando Portugal voltou a ser um Portugalório, um cortejo fúnebre de gente jovem cheia de canudos, mas arrastando-se no desemprego ou emigrando», história passada entre Londres, Paris, o Brasil, África. Paralelamente, talvez sobretudo, é a história da relação complexa, por vezes dramática, entre um pai e uma filha, com um final imprevisível. -
Do Romantismo aos Romantismos em PortugalUm estudo comparativista e pormenorizado que relaciona um período específico da história da literatura portuguesa com literaturas e culturas estrangeiras. Um período longo, fragmentado mas com linhas de continuidade bem definidas. O autor analisa elementos da recepção de modelos estrangeiros e a sua influência na estética literária portuguesa em três grandes ciclos: do pré-romantismo à geração de 70; pós-romantismo, modernismo e modernidade; neo-romantismo e pós-modernidade. Acompanha o caminhar sinuoso dos romantismos portugueses e a evolução do romantismo europeu, destacando, sempre numa perspectiva comparativista, nomes como Garrett, Baudelaire, Eça de Queirós, Rama-lho Ortigão, Antero de Quental, Byron, Shelley, Flaubert, Teófilo Braga, Rilke, Pessoa e Victor Hugo, Agustina e Yourcenar. -
Da Literatura Comparada à Teoria da LiteraturaEsta terceira versão dum estudo sobre Literatura Comparada, remodelada e actualizada, amplia questões gerais relativas à Teoria da Literatura e à sua função científica, integrada nos estudos das Ciências Humanas. Renova-se aqui o estudo sistemático de métodos de abordagem culturalista da literatura, para além dos denominados Cultural Studies. Sobretudo, renova-se a ideia de Literatura Comparada como forma cada vez mais actual de Humanismo no começo do terceiro milénio, entre Cultura e História, entre o que se pensa e aquilo que realmente se vive, da Europa à África, às Américas e à Ásia. Deste modo, o volume que agora se apresenta está estruturado em duas grandes partes: Conhecimento do Estrangeiro, título genérico para subsecções que integram as questões da identidade cultural, as experiências de viagem, da imagem ao imaginário e da influência à recepção; e Da História Literária à Teoria da Literatura, que inclui as temáticas usadas, mitos, elementos de poética e elementos de teoria. Um estudo aprofundado que integra os mais recentes conceitos e contributos dos estudos literários dos pensadores mais marcantes da contemporaneidade. -
A Abertura das Palavras - Ensaios de Literatura PortuguesaO título desta obra A Abertura das Palavras remete-nos para a dimensão polissémica do conceito de abertura, que encontra pleno significado no espírito subjacente a esta colectânea. Desde logo, a primordial abertura das palavras ao tempo, uma vez que os textos aqui incluídos se inserem num período que se estende de 1970 a 2005, mas também a abertura face aos diferentes campos de investigação e de análise do próprio fenómeno literário. Há, no entanto, transversal a todos estes sentidos de abertura, duas constantes a especificidade da Literatura Portuguesa e a relação essencial e labiríntica entre os séculos XIX e XX. Entre tantos outros, são aqui revisitados e objecto de uma profunda reflexão ensaística autores como Cesário Verde, Teixeira de Pascoaes, David Mourão-Ferreira, Agustina Bessa-Luís ou Fernando Guimarães. -
A Geração de 70Uma síntese crítica e abrangente do movimento cultural de 1870 ao qual pertenceram personagens como Antero de Quental, Eça de Queiroz ou Guerra Junqueiro, numa obra que analisa, em paralelo, a importância e a influência deste mesmo grupo no domínio social e político.
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance.