Do Romantismo aos Romantismos em Portugal
Um estudo comparativista e pormenorizado que relaciona um período específico da história da literatura portuguesa com literaturas e culturas estrangeiras. Um período longo, fragmentado mas com linhas de continuidade bem definidas. O autor analisa elementos da recepção de modelos estrangeiros e a sua influência na estética literária portuguesa em três grandes ciclos: do pré-romantismo à geração de 70; pós-romantismo, modernismo e modernidade; neo-romantismo e pós-modernidade. Acompanha o caminhar sinuoso dos romantismos portugueses e a evolução do romantismo europeu, destacando, sempre numa perspectiva comparativista, nomes como Garrett, Baudelaire, Eça de Queirós, Rama-lho Ortigão, Antero de Quental, Byron, Shelley, Flaubert, Teófilo Braga, Rilke, Pessoa e Victor Hugo, Agustina e Yourcenar.
| Editora | Presença |
|---|---|
| Coleção | Cultura Portuguesa |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Álvaro Manuel Machado |
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A Arte da CríticaA Arte da Crítica é uma coletânea de textos de crítica literária que foram sendo publicados ao longo de cinquenta anos, em momentos muito distintos da formação intelectual do autor. Subjacente a todos eles está, no entanto, a manifesta e assumida vontade por parte do crítico de tentar compreender e julgar as obras dos outros «transpondo-se» para essas obras, «metendo-se na pele» desses autores. A coletânea é precedida por um ensaio inédito sobre alguns elementos fundamentais do processo crítico, incidindo especialmente sobre a sua evolução teórica desde o início do Romantismo na Europa até aos nossos dias. -
A Menina Dentro da CerejaPartindo de um espaço mítico, a Foz Velha, no Porto, e de uma vetusta e não menos mítica mansão familiar, esta é a história, contada a várias vozes, de uma família problemática e dos seus terríveis segredos, bem como, na actualidade, a de uma geração «entre os trinta e os quarenta anos no início da segunda década do século XXI, quando Portugal voltou a ser um Portugalório, um cortejo fúnebre de gente jovem cheia de canudos, mas arrastando-se no desemprego ou emigrando», história passada entre Londres, Paris, o Brasil, África. Paralelamente, talvez sobretudo, é a história da relação complexa, por vezes dramática, entre um pai e uma filha, com um final imprevisível. -
O Significado das CoisasCOLECTÂNEA DE ENSAIOS SOBRE LITERATURA PORTUGUESA DE PRESTIGIADO ENSAÍSTA, CRÍTICO LITERÁRIO E POETA O SIGNIFICADO DAS COISAS centra-se na visão de Álvaro Manuel Machado sobre a obra de Agustina Bessa-Luís, compilando textos de carácter ensaístico escritos ao longo dos últimos dez anos. A primeira parte analisa obras que incluem textos até há pouco inéditos ou não publicados conjuntamente, como crónicas de viagem, textos jornalísticos e correspondência que Agustina trocou com outros escritores. Nestas, inclui-se Caderno de Significados (2013), dando origem ao título desta colectânea. A segunda parte dá-nos um panorama da literatura portuguesa desde o pré-romantismo à actualidade, passando por nomes essenciais como Raul Brandão, Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio, com especial enfoque na Geração de 70. Trata-se pois de uma obra abrangente e cativante para todos os que se interessem por literatura portuguesa. -
Da Literatura Comparada à Teoria da LiteraturaEsta terceira versão dum estudo sobre Literatura Comparada, remodelada e actualizada, amplia questões gerais relativas à Teoria da Literatura e à sua função científica, integrada nos estudos das Ciências Humanas. Renova-se aqui o estudo sistemático de métodos de abordagem culturalista da literatura, para além dos denominados Cultural Studies. Sobretudo, renova-se a ideia de Literatura Comparada como forma cada vez mais actual de Humanismo no começo do terceiro milénio, entre Cultura e História, entre o que se pensa e aquilo que realmente se vive, da Europa à África, às Américas e à Ásia. Deste modo, o volume que agora se apresenta está estruturado em duas grandes partes: Conhecimento do Estrangeiro, título genérico para subsecções que integram as questões da identidade cultural, as experiências de viagem, da imagem ao imaginário e da influência à recepção; e Da História Literária à Teoria da Literatura, que inclui as temáticas usadas, mitos, elementos de poética e elementos de teoria. Um estudo aprofundado que integra os mais recentes conceitos e contributos dos estudos literários dos pensadores mais marcantes da contemporaneidade. -
A Abertura das Palavras - Ensaios de Literatura PortuguesaO título desta obra A Abertura das Palavras remete-nos para a dimensão polissémica do conceito de abertura, que encontra pleno significado no espírito subjacente a esta colectânea. Desde logo, a primordial abertura das palavras ao tempo, uma vez que os textos aqui incluídos se inserem num período que se estende de 1970 a 2005, mas também a abertura face aos diferentes campos de investigação e de análise do próprio fenómeno literário. Há, no entanto, transversal a todos estes sentidos de abertura, duas constantes a especificidade da Literatura Portuguesa e a relação essencial e labiríntica entre os séculos XIX e XX. Entre tantos outros, são aqui revisitados e objecto de uma profunda reflexão ensaística autores como Cesário Verde, Teixeira de Pascoaes, David Mourão-Ferreira, Agustina Bessa-Luís ou Fernando Guimarães. -
A Geração de 70Uma síntese crítica e abrangente do movimento cultural de 1870 ao qual pertenceram personagens como Antero de Quental, Eça de Queiroz ou Guerra Junqueiro, numa obra que analisa, em paralelo, a importância e a influência deste mesmo grupo no domínio social e político.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?