A Casa das Sombras e outras Histórias
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São cinco histórias de Ana Teresa Pereira, escritas em 1991 e 1992, A Casa dos Penhascos,
A Casa da Areia, A Casa dos Pássaros, A Casa das Sombras e A Casa do Nevoeiro.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Teresa Pereira |
Ana Teresa Pereira
Ana Teresa Pereira nasceu em 1958 no Funchal, onde vive. Ainda estudante e guia intérprete, viu publicado em 1989 o seu primeiro livro, Matar a Imagem, com o qual ganhou o Prémio Caminho Policial. Em 1990 na coleção Campo da Palavra publicou o romance As Personagens. Estreou-se na literatura infantil com A Casa da Areia e A Casa dos Penhascos, dando assim início a uma nova coleção para jovens. Desde o seu primeiro livro tem vindo a publicar regularmente. A singularidade da sua temática e a concisão da sua escrita dão a Ana Teresa Pereira um lugar próprio na literatura portuguesa atual.
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Fugue StatesAna Teresa Pereira reviu alguns dos seus contos e escreveu outros para uma edição em Inglaterra, país que é o cenário de muitas das suas histórias. -
A Linguagem dos Pássaros«Começara a chover, e os dois no alpendre pareciam estar longe do mundo, de todo o mundo. Ele primeiro apertou o gatinho contra o peito, como ela fizera, para dar-lhe calor, depois aproximou-o da boca e Marisa teve a impressão de que soprava, o seu rosto estava estranho, concentrado, os olhos muito escuros, entreabrira a boca do animal e soprava para dentro, devagar, como se lhe passasse vida, ela fechou os olhos porque sentia medo, percebeu que estava a rezar, não entendia as palavras mas estava a rezar, dizia algo de incompreensível, não sabia o quê, talvez uma oração primitiva, a primeira que aprendera, talvez quando ainda era demasiado pequena para apreender o sentido das palavras ou mesmo para articulá-las bem...» -
Histórias Policiais«No seu ensaio The Art of Fiction, Henry James fala do que é mais importante numa novela: as imagens, a vida. (The Other House, um dos seus livros menos conhecidos, é quase um policial.) Não é fácil compreender porque é que algumas imagens vivem connosco para sempre. Podem ser imagens muito simples: Mandy, com as suas velhas calças azuis e blusa aos quadrados, deitada na relva, contando a Terry como a sua doce madrasta tinha tentado envenená-lo com um copo de chocolate; Krassy sentada na muralha, com as pernas dobradas, o queixo apoiado nos joelhos, a olhar fixamente para a água; Edward Stevens sentado numa carruagem de comboio, a folhear o manuscrito de Gaudan Cross e a encontrar a fotografia da sua mulher, presa a uma página: Marie d'Aubray, guilhotinada por assassínio em 1861; Patrícia a olhar o mundo da janela do seu quarto, ao começo do dia, com um sentimento de paz e segurança, sem saber que tudo está prestes a terminar. Alberta a despedir-se mentalmente de um homem que não tinha uma razão para viver e a quem ela dera uma razão para morrer.» Da Introdução -
O Verão Selvagem dos Teus Olhos«E pergunto a mim mesma se a eternidade será isto, recordar uma e outra vez, um vestido, um beijo, um dia de Outono, a primeira neve, os meus cães. As coisas essenciais. O nome das rosas e as frases dos livros, o tempo em que alguém nos amou, o jardim que fizemos com as nossas mãos. Estão a preparar o baile. Já passou um ano e estão a preparar o baile de máscaras, como se nada tivesse acontecido. Como se a dona da casa não tivesse morrido. É Danny que organiza tudo, e parece fazê-lo com uma alegria quase selvagem. A princípio achei estranho, porque ela sente a minha falta mais do que ninguém. Eu estava na galeria quando ela levou a rapariga a ver o retrato de Caroline. E então percebi que tinha um plano.» Ana Teresa Pereira retoma neste romance a personagem Rebecca, de Daphne du Maurier, inserindo-a no seu universo ficcional. -
As Duas Casas« Foram eles que te apanharam na biblioteca, David? Sim. Saíram da abertura atrás da tela e ficaram tão surpreendidos ao ver-me como eu ao vê-los. Não tive tempo de fugir. Agarraram-me e trouxeram-me para este quarto. Tu deixaste cair a pedrinha vermelha... Sim. Para vos dar uma pista. Ainda bem que a encontraram. Não gostaria nada de ficar aqui para sempre. A Mónica estremeceu. A ideia era horrível. E se eles voltam?» -
Inverness«De repente, começou a rir. De alegria pura. Só por estar com ele. Quando a chuva diminuiu continuaram a andar. Nasceste numa das ilhas? Nasci em Inverness. Inverness repetiu ele. A palavra sempre me fascinou. Fica na foz do Rio Ness. Eu sei. Quando tinha quatro anos, a minha mãe morreu. E o meu pai começou a dar aulas nas ilhas, e levou-me com ele.» -
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O Lago"«Ela falou rapidamente. Estava ansiosa por ver o mundo lá fora. Estava ansiosa por ver o lago. Sim. Posso ir contigo? Ela tentou sorrir. Importas te que eu vá sozinha? Ele sorriu também. Tens a certeza de que não vais perder te? Se isso acontecer tu encontras me. Sim. Então não tenho medo. O homem foi buscar um casaco azul escuro, comprido, e ajudou a a vesti lo. Fechou o no pescoço. Não vás para muito longe. Creio que vai nevar outra vez. Está bem. A rapariga saiu para o jardim; a neve estava intacta, e as suas pegadas deixaram um rasto fundo. O ar tinha uma cor azulada: a cor do frio. Ela atravessou o portão que alguém deixara aberto, espreitou pela janela de um barracão de madeira e viu um jipe com os pneus sujos de lama. Os ramos nus das árvores pareciam entrelaçar se uns nos outros. A água corria nos riachos, entre as pedras cobertas de neve. Apercebeu se de que estava num vale cercado de montanhas altíssimas.» " -
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