A Europa Napoleónica e Portugal: Messianismo Revolucionario, Politica, guerra e opinião pública
Exilado em Santa Helena depois da derrota de Waterloo, Napoleão Bonaparte reconheceu que a Guerra da Península fora a primeira causa das calamidades da França. Não era uma apreciação exagerada e as palavras do ex-Imperador devem ainda hoje orientar toda a investigação história que aborde as transformações geoestratégicas europeias ocorridas no inicio do século XIX.
| Editora | Principia |
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| Editora | Principia |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Miguel Sardica |
Historiador e professor associado com agregação da Faculdade de Ciências Humanas e do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. A sua investigação e docência incidem sobre a história portuguesa e internacional dos séculos XIX e XX, sendo autor de mais de uma centena de livros, capítulos e artigos académicos sobre diferentes temas e épocas da história contemporânea. É também investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura e membro da direção da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa, sub-diretor do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História e colunista e comentador da rádio Renascença em assuntos de história ou de atualidade política e social.
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Verdade e Erro em HistóriaEquidistante tanto do velho cientismo positivista quanto do relativismo radical da pós-modernidade, este ensaio constitui uma breve reflexão sobre o que pode ser a história, explorando, a partir dos conceitos de verdade e erro, a identidade com que esse campo do conhecimento deve ser encarado, os pressupostos metodológicos que ele não dispensa e as formas de exposição que melhor o servem. -
Ibéria - A Relação Peninsular no Século XX«Vivem na Península Ibérica e nos arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Baleares mais de 10 milhões de portugueses e mais de 47 milhões de espanhóis. Se acaso se fizesse um inquérito perguntando como olham os portugueses para a Espanha ou os espanhóis para Portugal, muito poucos seriam os que nada teriam a dizer sobre o que se passou, o que se passa e o que deveria passar-se no relacionamento entre os dois Estados e as duas sociedades.O tema da relação peninsular é um daqueles pratos quentes com o especial condão de animar tanto um debate académico quanto uma conversa informal. Por mais racional que se pretenda que o tema seja - e pode ser - ele desperta sempre emoções que por vezes nada têm que ver com retrospecção séria, conhecimento objectivo, avaliação ponderada e prospectiva realista.Portugal e Espanha são países vizinhos, contíguos, desentranhados, como numa operação a gémeos siameses, de uma mesma unidade geográfica chamada Península Ibérica. Tudo o que aconteceu depois dessa separação não anulou o berço comum e não destruiu até hoje a natureza muito especial da relação ibérica - de irmãos face a face, de amigos inimigos ou de vizinhos de costas voltadas, É essa relação evolutiva que este livro pretende recontar, não em toda a sua existência temporal mas apenas no período que se estende desde os finais do século XIX até aos primórdios do século XXI.»In Preâmbulo -
Terminar a RevoluçãoA política portuguesa de Napoleão a Salazar. As revoluções foram uma característica estruturante da história contemporânea internacional. Também Portugal se integrou nesta tendência, tanto pelas motivações e ritmos específicos que por cá fizeram nascer desejos de mudança ao longo dos séculos XIX e XX, como pelas influências estrangeiras que atravessavam fronteiras. Se lá fora se fala hoje do regresso das revoluções, vale a pena igualmente estudar, no caso português, como é que ela surgiu, há 200 anos, como evoluiu e durou, ao longo do século XIX, e como desapareceu, na sua face liberal-radical, entre o final da I República e o triunfo do Estado Novo salazarista. O objetivo deste livro é assim o de explorar um dos eixos fundamentais da realidade nacional ao longo de mais de um século o da revolução em Portugal, e o das dificuldades que a sua dinâmica suscitou sempre que se pretendeu terminar essa mesma revolução, consensualizando um regime que garantisse tranquilidade política, paz social e desenvolvimento económico, e evitando os ódios e lutas cujo impacto negativo, nas instituições, na sociedade ou na economia, tanto custou (e custa) ao país. Para tal, oferece-se nestas páginas uma narrativa do que foi o século XIX e ainda parte do século XX portugueses, ao longo dos cerca de 125 anos que mediaram entre as agruras de D. João VI perante Napoleão e a consolidação de Salazar no poder. -
O Século XX PortuguêsO Século XX foi um período crucial na História portuguesa devido às rápidas mudanças e à variedade de regimes políticos vigentes, cada um deles com o objectivo de estabelecer uma determinada organização social, cultural e institucional. A vacilar entre uma minúscula faixa continental, o seu império africano e destino europeu, entre a Monarquia, a República, a Ditadura e a Democracia, o século XX português foi um debate longo, por vezes conflituoso e ainda em curso sobre os temas da decadência, atraso e regeneração. O objectivo deste livro é lançar luz sobre estes acontecimentos, apresentando um panorama da realidade, desafios, realizações, esperanças e fracassos que constituíram o caminho histórico geral de Portugal ao longo dos últimos 100 anos. -
O FontismoAntónio Maria de Fontes Pereira de Melo (1819-1887) foi o mais importante político português do século XIX, tendo a sua vida e obra dado origem à palavra “fontismo”. Este ensaio constitui uma breve biografia do estadista de Oitocentos, explicando como o fontismo significou o apogeu da monarquia liberal portuguesa, num modelo de estabilidade política, de acalmia social e de crescimento económico que mudou o país, tornando-o menos pobre e menos atrasado no panorama da Europa do tempo. Da história para o presente, o texto procura assim oferecer uma oportunidade de reflexão sobre os contextos, as possibilidades e os limites do desenvolvimento em Portugal. -
Verdade e Erro em HistóriaEquidistante tanto do velho cientismo positivista quanto do relativismo radical da pós-modernidade, este ensaio constitui uma breve reflexão sobre o que pode ser a história, explorando, a partir dos conceitos de verdade e erro, a identidade com que esse campo do conhecimento deve ser encarado, os pressupostos metodológicos que ele não dispensa e as formas de exposição que melhor o servem.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
