A Filosofia na Alcova
TODA A LEI HUMANA QUE CONTRARIAR
AS DA NATUREZA FOI FEITA PARA SER
DESPREZADA
A mando de um pai devasso, Eugénia passa dois dias nos aposentos da senhora de Saint-Ange. Com o auxílio do irmão mais novo da anfitriã, o cavaleiro de Mirvel, e de Dolmancé — cujos lábios destilam «a irreligião, a impiedade, a inumanidade e a libertinagem» —, a virginal jovem é introduzida aos «mais secretos mistérios de Vénus». Capaz de nos perturbar ainda hoje com os seus excessos de crueldade perversa, A Filosofia na Alcova (1795) é não só um verdadeiro tratado político, como um manual de instruções fisiológico e um genuíno compêndio de libertinagem.
| Editora | Antígona |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Antígona |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Marquês de Sade |
Escritor francês (1740-1814), a sua obra só viria a ser revalorizada no início do século, com Apollinaire e os surrealistas. Em Sade, o Surrealismo descobriu o reivindicador de uma liberdade total face à sociedade. De salientar os romances Cent Vingt Journées de Sodome (Cento e Vinte Dias de Sodoma, 1782-1785), Justine ou les Malheurs de la vertue (Justina ou as Infelicidades da Virtude, 1791), Philosophie dans le Boudoir (1795) e L'Histoire de Juliette et sa sœur (1797), em que às cenas de libertinagem se assimila uma peculiar forma de reflexão filosófica.
-
Os Cento e Vinte Dias de SodomaSade, n'Os Cento e Vinte Dias de Sodoma, porventura a sua melhor obra, prova ser no estilo, na alegria e na violência das paixões um dos mais subversivos escritores de sempre. As verdades amargas e sardónicas reveladas na viagem ao fim da noite do ser humano constituem um absoluto fora do qual não existe realidade. O valor supremo de Sade reside na capacidade de nos perturbar ao longo de quase 600 páginas dos cento e vinte dias, conduzindo-nos à consciência de si. Trata-se segundo o autor «da narração mais impura que já se fez desde que o mundo é mundo». Sade detém-se a contemplar imagens do pecado e de actos libidinosos e proibidos visando a sondagem de um mistério que os homens e as mulheres inacessivelmente encerram. A Antígona, que publicou anteriormente A Verdade (livro que inclui para além do poema quase todos os textos de Sade contra Deus) e a Filosofia na Alcova, tenciona dar continuidade a tão actual autor. -
História de JulietteO mais ambicioso romance do Marquês de Sade. Um romance que provocou escândalo no seu tempo e que é hoje visto uma das obras maiores do autor. Nele se relatam as aventuras de Juliette, a quem uma vida dissoluta e sem quaisquer limites morais traz todas as prosperidades e benefícios. A "História de Juliette" é um relato de referência para todos os que queiram ir ao mais fundo da sexualidade humana. -
Os Crimes do AmorFala-se das delícias do amor. Sade escolheu evocar os seus crimes. O amor tornado paixão queima tudo o que não seja ele próprio.A paixão de Sade, nestes contos, é uma paixão incestuosa. M. de Franval ama, loucamente, a sua filha Eugénie. A desgraçada Florville, depois de ter sido seduzida pelo irmão, será amada pelo seu próprio filho e desposada pelo seu pai. O incesto é o amor absoluto. O incesto é também a contestaçãoabsoluta. O estilo destes contos é admirável e a acção movimentada e crua. -
Justine ou Os Infortúnios da VirtudeA virtuosa Justine confia os seus infortúnios, demorando-se nos mais escabrosos pormenores da incarnação da virtude.Apologia do crime, da liberdade do corpo como do espírito, da crueldade, «sensibilidade extrema dos órgãos só experimentada pelos seres sensíveis», esta obra de Sade provoca e escandaliza.Um dos livros mais conhecidos do Marquês de Sade, Justine ou Os Infortúnios da Virtude tem os habituais condimentos que caracterizaram este autor - a par com a qualidade literária estão as situações sexuais extremas de grande realismo e uma crítica à hipocrisia da sociedade ocidental. -
Eugénie de Franval ou o Incesto - Uma História Trágica“Não, senhor, não existe nada no mundo, nada que mereça elogio ou censura, nada digno de recompensa ou de castigo, nada que, sendo injusto aqui, não seja legítimo a quinhentas léguas de distância – não existe, em suma, nenhum verdadeiro mal, nenhum bem perene”.Mais do que mulher, filha ou amante, Eugénie de Franval é um boneca concebida para satisfazer caprichos, para alimentar perversões, para viver à margem do bem e do mal, muito além dos limites que a sociedade impõe.Esta é uma história de intriga, paixão e excesso.Intemporal pelas questões que coloca, actual porque o Marquês de Sade é, ainda hoje, um símbolo inequívoco de transgressão e desvio. -
Justine ou os Infortúnios da VirtudeA virtuosa Justine confia os seus infortúnios, demorando-se nos mais escabrosos pormenores da incarnação da virtude. Apologia do crime, da liberdade do corpo como do espírito, da crueldade, «sensibilidade extrema dos órgãos só experimentada pelos seres sensíveis», esta obra do Marquês de Sade provoca e escandaliza. -
História de Juliette Ou as Propriedades do VícioPublicado sob anonimato entre 1797 e 1801, em seis volumes, este romance centra-se na personagem de Juliette, ninfomaníaca amoral que acaba feliz e bem-sucedida, ao contrário da sua desafortunada irmã Justine, protagonista de outro romance de Sade. Educada num convento, Juliette é corrompida desde os 13 anos e embarca numa aventura que inclui todos os tipos de depravação imagináveis. Tortura, assassínio e incesto são apenas alguns dos ingredientes desta ultrajante obra literária, vista como uma metáfora do Iluminismo. Porquê ler Sade hoje? Os seus livros são uma viagem nos limites pelo corpo e pela sexualidade, fixando a relação entre violência e os equilíbrios e desequilíbrios do poder e a estratégia de sobrevivência a que essas relações obrigam. -
A Filosofia na AlcovaRaras vezes um autor suscitou tanta polémica, ódios e desprezo como Sade.Nascido em pleno Iluminismo, passou cerca de 30 anos enclausurado em diversas prisões francesas, sistematicamente acusado de desrespeito pela moral pública e bons costumes.Na sua vasta obra, este livro ocupa lugar de destaque por constituir uma síntese do pensamento e estilo do seu autor que, através de personagens como Madame de Saint-Ange, Eugénie, Cavaleiro de Mirvel, entre outros, elabora uma profunda crítica à sociedade francesa do século XVIII. -
Eugénie de FranvalA extraordinária novela na qual Sade explora os efeitos nefastos da sua própria filosofia.Um homem planeia a vingança mais terrível contra a esposa que odeia.A educação da filha de ambos está a cargo do homem que faz uma experiência educacional: como se desenvolverá uma jovem educada sem princípios morais e ética? Sem os filtros que a sociedade coloca à expressão da sexualidade e do desejo?Numa das suas mais famosas novelas, Sade põe em causa os efeitos nefastos da sua própria filosofia. A preocupação de Sade não se foca no incesto ou na amoralidade, a sua mensagem está em como é possível subverter a amoralidade de forma imoral.Adaptada por várias vezes ao grande ecrã, esta novela do mestre da proocação é um dos textos mais literáriamente conseguidos da sua obra, agora republicada numa tradução primorosa de Pedro Tamen.«Sade é, essencialmente, um feminista.» Angela Carter«A capa da ficção e a sexualidade são os mecanismos usados por Sade para estabelecer um sistema filosófico coerente com todo o pensamento Iluminista.» Theodor Adorno«A única forma de ler Sade é seguir o que é transversal na sua obra: a subversão e a imoralidade são a resposta satírica a cada um dos grandes pensadores europeus do seu tempo.» Camille Paglia«Aqui Sade apresenta-nos uma história moral sobre a amoralidade que sempre defendeu.» Susan Sontag -
Justine ou Os Infortúnios da VirtudeJustine ou Os Infortúnios da Virtude (1791) é provavelmente o mais importante romance de Sade. Figura concebida apenas para demonstrar a sua tese pessimista sobre as consequências da virtude, a protagonista é violada, aviltada, presa por falsas acusações e, por fim, maltratada por toda a sociedade, funcionando como espelho da corrupção moral circundante. Devemos a Sade, como lembrou Pierre Klossowski, «a denúncia vigorosa das forças obscuras camufladas em valores sociais pelos mecanismos de defesa da colectividade».Contra essas forças obscuras, Sade lançou o seu grito desesperado: «Estou excluído da pureza porque a quero possuir. Não posso deixar de desejar a pureza, e por isso sou impuro.»
-
Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet