A Guerra na Antiga Jugoslávia Vivida na Primeira Pessoa: testemunhos de militares portugueses ao serviço das Nações Unidas
(coord.)
A Força de Proteção das Nações Unidas (FORPRONU) foi a primeira missão das Nações Unidas na antiga Jugoslávia durante o desmembramento do país. A força foi estabelecida em fevereiro de 1992 e o seu mandato terminou em dezembro de 1995. Foi composta por cerca de 40.000 militares (incluindo 680 Observadores Militares) e civis oriundos de 37 países, o que a tornou à data a maior operação de manutenção de paz da história das Nações Unidas.
Ironicamente, a “experiência jugoslava” foi uma janela para o mundo; um “Erasmus da vida” que tornou os que nela participaram pessoas cosmopolitas. Foi um abrir de olhos. Relacionaram-se tolerantemente com indivíduos de origens e culturas que não conheciam. Foi o confronto com um mundo novo, “para além da Taprobana”.
Mais que uma escola da vida, a “experiência jugoslava” foi uma escola de camaradagem. Fez com que vivências moldadas pela adversidade se tornassem laços intensos de amizade, que perduraram até aos dias de hoje.
Este livro serve para preservar a memória, um elixir contra o esquecimento, para que as gerações vindouras saibam um pouco melhor o que ali se passou; para vincar a satisfação da missão cumprida; para honrar o companheirismo, a amizade e o espírito de sacrifício. E não é pouco.
The United Nations Protection Force (UNPROFOR) was the first United Nations peacekeeping mission in the former Yugoslavia, during the breakup of the country. The force was established in February 1992 and its mandate ended in December 1995. It was composed by almost 40.000 military (including 680 military observers) and civilian personnel, from 37 countries, which made it at the time the largest peacekeeping operation in the history of the United Nations.
This book aims at preserving memory. It is an elixir against oblivion. So that the generations to come will know a little better about what happened there; to underline the satisfaction of mission accomplished; to honour companionship, friendship and spirit of sacrifice. And it is no small matter.
Edição bilingue: pt/en
| Editora | Colibri |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Henrique Santos, Luís Eduardo Saraiva, Carlos Branco |
Carlos Branco é Major-General do Exército português na situação de reserva. Tem uma vasta experiência em assuntos político-militares e relações internacionais granjeada em cerca de 10 anos ao serviço de diversas organizações internacionais. Das múltiplas funções que desempenhou ao longo de 40 anos de carreira destaca-se a de Diretor da Divisão de Cooperação e Segurança Regional, do Estado-Maior Militar Internacional da NATO, em Bruxelas, qualidade em que foi responsável pelo planeamento estratégico da cooperação militar da NATO com a Rússia, Ucrânia e Geórgia, e com os países da Europa de Leste, Cáucaso e Ásia Central. Como oficial-general foi ainda porta-voz do Comandante da Força da NATO no Afeganistão, e responsável pela sua Comunicação Estratégica. É investigador do IPRI e investigador Associado do IDN.
-
Do Fim da Guerra Fria a Trump e à Covid-19 – As promessas traídas da Ordem LiberalEm o "Elogio da Loucura", Erasmo escreveu existirem sobretudo duas coisas que limitam a loucura do homem: uma é a vergonha, que arrasta o desprezo, a outra é o medo, que, indicando o perigo, obriga a preferir a prudência à ação. Este livro de Carlos Branco demonstra que temos sido governados por homens sem vergonha, e, por isso, esta não lhes cega a inteligência, e sem medo, porque cobardes, pois não são eles que lutam, logo não temem as consequências dos seus atos. Por isso agem desastrosa e criminosamente, como neste livro o autor demonstra com práticas e exemplos do nosso tempo. Este livro é um desafio às nossas falsas ingenuidades, à nossa voluntária cegueira. A guerra insidiosa que ele reflete continua a ser a do circo homicida que Céline retratou em "A Viagem ao Fim da Noite" e aqueles que a dirigiram e dirigem são os mesmos de quem ele disse: "Nunca mais acreditarei no que dizem e no que pensam. É dos homens e só deles que devemos ter medo, sempre!" Os seus nomes constam do livro, assim como as suas belas obras! [CARLOS DE MATOS GOMES] O declínio da ordem liberal internacional e da supremacia norte-americana teve início há cerca de duas décadas, e está a provocar uma enorme turbulência no seio das elites norte-americanas, as quais reconhecem esse declínio, mas não sabem como o inverter. Não têm soluções, e insistem teimosamente nas fórmulas que conduziram ao seu desvanecimento, sem perceberem a necessidade de uma nova estratégia que corrija os erros. O surgimento da pandemia provocada pela Covid-19 veio aumentar a complexidade das respostas. A ascensão da China na hierarquia da Ordem criou insegurança, preocupação e sobressalto em Washington. Essa tremenda inquietude tornou-se responsável por uma “postura confrontacional” de resultados imprevisíveis. A Europa, no meio deste confronto de titãs, procura encontrar um espaço que se afigura incerto, dadas as dificuldades em superar as suas contradições internas. -
Afeganistão - Episódios De Uma Guerra PerdidaPublicado pelo Instituto da Defesa Nacional (IDN), o livro “Afeganistão – Episódios de Uma Guerra Perdida”, da autoria do Major-General Carlos Branco, é o resultado de uma observação atenta à estratégia da intervenção militar multifacetada dos EUA e da NATO no Afeganistão.Tomando como ponto de partida a sua experiência no terreno, na qualidade de portavoz do Comandante das forças da NATO no Afeganistão e, simultaneamente, Chefe da Secção de Coordenação da Informação, o autor oferece-nos uma perspetiva diferenciada e rica sobre os episódios relacionados com as estratégias e sua evolução, designadamente no campo da contrassubversão, comunicação estratégica, opções políticas, dinâmicas regionais e rivalidades, debruçando-se também sobre as lições aprendidas e melhores práticas.Carlos Branco é investigador do IPRI e investigador associado do IDN. Desde 2009 escreveu mais de quatro dezenas de artigos e ensaios sobre os problemas da subversão e do combate contra subversivo aplicado ao caso do Afeganistão.Em reconhecimento dos seus serviços no Afeganistão foi condecorado pelo presidente Hamid Karsai com a Medalha Baryal (1º grau).
-
NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?