Do Fim da Guerra Fria a Trump e à Covid-19 – As promessas traídas da Ordem Liberal
Em o "Elogio da Loucura", Erasmo escreveu existirem sobretudo duas coisas que limitam a loucura do homem: uma é a vergonha, que arrasta o desprezo, a outra é o medo, que, indicando o perigo, obriga a preferir a prudência à ação. Este livro de Carlos Branco demonstra que temos sido governados por homens sem vergonha, e, por isso, esta não lhes cega a inteligência, e sem medo, porque cobardes, pois não são eles que lutam, logo não temem as consequências dos seus atos. Por isso agem desastrosa e criminosamente, como neste livro o autor demonstra com práticas e exemplos do nosso tempo. Este livro é um desafio às nossas falsas ingenuidades, à nossa voluntária cegueira. A guerra insidiosa que ele reflete continua a ser a do circo homicida que Céline retratou em "A Viagem ao Fim da Noite" e aqueles que a dirigiram e dirigem são os mesmos de quem ele disse: "Nunca mais acreditarei no que dizem e no que pensam. É dos homens e só deles que devemos ter medo, sempre!" Os seus nomes constam do livro, assim como as suas belas obras! [CARLOS DE MATOS GOMES]
O declínio da ordem liberal internacional e da supremacia norte-americana teve início há cerca de duas décadas, e está a provocar uma enorme turbulência no seio das elites norte-americanas, as quais reconhecem esse declínio, mas não sabem como o inverter. Não têm soluções, e insistem teimosamente nas fórmulas que conduziram ao seu desvanecimento, sem perceberem a necessidade de uma nova estratégia que corrija os erros. O surgimento da pandemia provocada pela Covid-19 veio aumentar a complexidade das respostas. A ascensão da China na hierarquia da Ordem criou insegurança, preocupação e sobressalto em Washington. Essa tremenda inquietude tornou-se responsável por uma “postura confrontacional” de resultados imprevisíveis. A Europa, no meio deste confronto de titãs, procura encontrar um espaço que se afigura incerto, dadas as dificuldades em superar as suas contradições internas.
| Editora | Colibri |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Colibri |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Carlos Branco |
Carlos Branco é Major-General do Exército português na situação de reserva. Tem uma vasta experiência em assuntos político-militares e relações internacionais granjeada em cerca de 10 anos ao serviço de diversas organizações internacionais. Das múltiplas funções que desempenhou ao longo de 40 anos de carreira destaca-se a de Diretor da Divisão de Cooperação e Segurança Regional, do Estado-Maior Militar Internacional da NATO, em Bruxelas, qualidade em que foi responsável pelo planeamento estratégico da cooperação militar da NATO com a Rússia, Ucrânia e Geórgia, e com os países da Europa de Leste, Cáucaso e Ásia Central. Como oficial-general foi ainda porta-voz do Comandante da Força da NATO no Afeganistão, e responsável pela sua Comunicação Estratégica. É investigador do IPRI e investigador Associado do IDN.
-
NovidadeAfeganistão - Episódios De Uma Guerra PerdidaPublicado pelo Instituto da Defesa Nacional (IDN), o livro “Afeganistão – Episódios de Uma Guerra Perdida”, da autoria do Major-General Carlos Branco, é o resultado de uma observação atenta à estratégia da intervenção militar multifacetada dos EUA e da NATO no Afeganistão.Tomando como ponto de partida a sua experiência no terreno, na qualidade de portavoz do Comandante das forças da NATO no Afeganistão e, simultaneamente, Chefe da Secção de Coordenação da Informação, o autor oferece-nos uma perspetiva diferenciada e rica sobre os episódios relacionados com as estratégias e sua evolução, designadamente no campo da contrassubversão, comunicação estratégica, opções políticas, dinâmicas regionais e rivalidades, debruçando-se também sobre as lições aprendidas e melhores práticas.Carlos Branco é investigador do IPRI e investigador associado do IDN. Desde 2009 escreveu mais de quatro dezenas de artigos e ensaios sobre os problemas da subversão e do combate contra subversivo aplicado ao caso do Afeganistão.Em reconhecimento dos seus serviços no Afeganistão foi condecorado pelo presidente Hamid Karsai com a Medalha Baryal (1º grau).
-
NovidadeA Esquerda não é WokeSe somos de esquerda, somos woke. Se somos woke, somos de esquerda.Não, não é assim. E este erro é extremamente perigoso.Na sua génese e nas suas pedras basilares, o wokismo entra em conflito com as ideias que guiam a esquerda há mais de duzentos anos: um compromisso com o universalismo, uma distinção objetiva entre justiça e poder, e a crença na possibilidade de progresso. Sem estas ideias, afirma a filósofa Susan Neiman, os wokistas continuarão a minar o caminho até aos seus objetivos e derivarão, sem intenção mas inexoravelmente, rumo à direita. Em suma: o wokismo arrisca tornar-se aquilo que despreza.Neste livro, a autora, um dos nomes mais importantes da filosofia, demonstra que a sua tese tem origem na influência negativa de dois titãs do pensamento do século XXI, Michel Foucault e Carl Schmitt, cuja obra menosprezava as ideias de justiça e progresso e retratava a vida em sociedade como uma constante e eterna luta de «nós contra eles». Agora, há uma geração que foi educada com essa noção, que cresceu rodeada por uma cultura bem mais vasta, modelada pelas ideias implacáveis do neoliberalismo e da psicologia evolutiva, e quer mudar o mundo. Bem, talvez seja tempo de esta geração parar para pensar outra vez. -
NovidadeNão foi por Falta de Aviso | Ainda o Apanhamos!DOIS LIVROS DE RUI TAVARES NUM SÓ: De um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo Do outro, aquelas que nos apontam o caminho para um Portugal melhor Não foi por Falta de Aviso. Na última década e meia, enquanto o mundo lutava com as sequelas de uma crise financeira e enfrentava uma pandemia, crescia uma ameaça maior à nossa forma democrática de vida. O regresso do autoritarismo estava à vista de todos. Mas poucos o quiseram ver, e menos ainda nomear desde tão cedo. Não Foi por Falta de Aviso é um desses raros relatos. Porque o resto da história ainda pode ser diferente. Ainda o Apanhamos! Nos 50 anos do 25 Abril, que inaugurou o nosso regime mais livre e generoso, é tempo de revisitar uma tensão fundamental ao ser português: a tensão entre pequenez e grandeza, entre velho e novo. Esta ideia de que estamos quase sempre a chegar lá, ou prontos a desistir a meio do caminho. Para desatar o nó, não basta o «dizer umas coisas» dos populistas e não chegam as folhas de cálculo dos tecnocratas. É preciso descrever a visão de um Portugal melhor e partilhar um caminho para lá chegar. SINOPSE CURTA Um livro de Rui Tavares que se divide em dois: de um lado, as crónicas que há muito alertavam para a ameaça do autoritarismo; do outro, as crónicas que apontam o caminho para um Portugal melhor. -
NovidadeO Fim da Paz PerpétuaO mundo é um lugar cada vez mais perigoso e precisamos de entender porquêCom o segundo aniversário da invasão da Ucrânia, que se assinala a 24 de Fevereiro, e uma outra tragédia bélica em curso no Médio Oriente, nunca neste século o mundo esteve numa situação tão perigosa. A predisposição bélica e as tensões político-militares regressaram em força. A ideia de um futuro pacífico e de cooperação entre Estados, sonhada por Kant, está a desmoronar-se.Este livro reflecte sobre o recrudescimento de rivalidades e conflitos a nível internacional e sobre as grandes incógnitas geopolíticas com que estamos confrontados. Uma das maiores ironias dos tempos conturbados que atravessamos é de índole geográfica. Immanuel Kant viveu em Königsberg, capital da Prússia Oriental, onde escreveu o panfleto Para a Paz Perpétua. Königsberg é hoje Kaliningrado, território russo situado entre a Polónia e a Lituânia, bem perto da guerra em curso no leste europeu. Aí, Putin descerrou em 2005 uma placa em honra de Kant, afirmando a sua admiração pelo filósofo que, segundo ele, «se opôs categoricamente à resolução de divergências entre governos pela guerra».O presidente russo está hoje bem menos kantiano - e o mundo também. -
NovidadeManual de Filosofia PolíticaEste Manual de Filosofia Política aborda, em capítulos autónomos, muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental e a política de ambiente, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. Mas fá-lo de uma forma empiricamente informada e, sobretudo, filosoficamente alicerçada, começando por explicar cada um dos grandes paradigmas teóricos a partir dos quais estas questões podem ser perspectivadas, como o utilitarismo, o igualitarismo liberal, o libertarismo, o comunitarismo, o republicanismo, a democracia deliberativa, o marxismo e o realismo político. Por isso, esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos os que se interessam por reflectir sobre as sociedades em que vivemos e as políticas que queremos favorecer. -
NovidadeO Labirinto dos PerdidosMaalouf regressa com um ensaio geopolítico bastante aguardado. O autor, que tem sido um guia para quem procura compreender os desafios significativos do mundo moderno, oferece, nesta obra substantiva e profunda, os resultados de anos de pesquisa. Uma reflexão salutar em tempos de turbulência global, de um dos nossos maiores pensadores. De leitura obrigatória.Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.Como aconteceu? Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes. -
NovidadeEsquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
NovidadeTextos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
NovidadeIntrodução ao ConservadorismoUMA VIAGEM À DOUTRINA POLÍTICA CONSERVADORA – SUA ESSÊNCIA, EVOLUÇÃO E ACTUALIDADE «Existiu sempre, e continua a existir, uma carência de elaboração e destilação de princípios conservadores por entre a miríade de visões e experiências conservadoras. Isso não seria particularmente danoso por si mesmo se o conservadorismo não se tivesse tornado uma alternativa a outras ideologias políticas, com as quais muitas pessoas, alguns milhões de pessoas por todo o mundo, se identificam e estão dispostas a dar o seu apoio cívico explícito. Assim sendo, dizer o que essa alternativa significa em termos políticos passa a ser uma tarefa da maior importância.» «O QUE É O CONSERVADORISMO?Uma pergunta tão directa devia ter uma resposta igualmente directa. Existe essa resposta? Perguntar o que é o conservadorismo parece supor que o conservadorismo tem uma essência, parece supor que é uma essência, e, por conseguinte, que é subsumível numa definição bem delimitada, a que podemos acrescentar algumas propriedades acidentais ou contingentes.»