A Imprevidência Estratégica de Salazar: Timor (1941) - Angola (1961)
Timor 1941: Invasão de Timor por tropas Australianas e Holandesas
Angola 1961: início da insurgência
Os casos de Timor-1941 e de Angola-1961, que aqui se recordam, têm em comum as seguintes circunstâncias:
- Respeitam a parcelas do que foi o Império Colonial português.
- Foram apresentados pelo governo de Lisboa como acções de força, inesperadas e desleais.
- Em ambos os casos, houve perda de milhares de vidas e de avultados bens materiais.
- A documentação disponível esclarece, sem margem para dúvidas, que ambas as situações não só nada tiveram de surpreendentes como eram absolutamente expectáveis.
- Não havia falta de meios, tanto assim que, após as agressões, os meios foram disponibilizados.
- Na época dos acontecimentos, foram muito bem-sucedidas as medidas tendentes ao encobrimento de responsabilidades. Inexistindo liberdade de imprensa e oposição política organizada, não tiveram condições para provocar os estrondosos escândalos que ambos os casos amplamente justificariam.
- Por fim, as duas dramáticas situações lograram, ainda, subtrair-se a um mais severo juízo da História, graças a condições específicas que, em cada caso, desviaram as atenções dos historiadores do início para as consequências - que, em ambos os casos, se estenderam por vários anos -, ou para outros acontecimentos contemporâneos de maior relevo.
| Editora | Edições Sílabo |
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| Categorias | |
| Editora | Edições Sílabo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | David Martelo |
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Novidade25 de Abril – Do Golpe Militar à Revolução na Forma TentadaO derrube do regime do Estado Novo, em abril de 1974, a democratização que então se iniciou e a tentativa revolucionária subsequente, marcaram uma viragem relevante na História de Portugal.Escasseia bibliografia que incida sobre o período que vai do início da conspiração até ao 25 de novembro de 1975 sem estar referida, direta ou indiretamente, a um determinado protagonista. É esse período que este livro relata, fornecendo uma visão global e cronologicamente bem definida dos acontecimentos, condição necessária para o seu adequado entendimento, privilegiando a descrição da dinâmica revolucionária e o cenário político-militar, frequentemente arrebatado, em que tiveram lugar. -
NovidadeA Dinastia de Avis e a Construção da União IbéricaApoiando-se num vasto conjunto de documentos e obras, portuguesas e espanholas, o autor procura refutar a ideia generalizada de que a união de Portugal à monarquia hispânica, a partir de 1580, se tratou, tão-só, de um desafortunado acidente dinástico. Conduzindo a sua argumentação pelos caminhos da geopolítica e da estratégia, David Martelo explica-nos, com meridiana clareza, que o mar não foi a forma encontrada para Portugal se esquivar de Castela, mas sim a solução ideal para com ela ombrear; que os reis da dinastia de Avis que pugnaram pela aproximação a Castela não estavam a trair os princípios em que assentara a fundação da dinastia – estavam a reagir a uma nova realidade geopolítica decorrente da união de Castela e Aragão; que o estabelecimento de uma Aliança, em pé de igualdade, com o reino vizinho, era, por fim, condição indispensável de estabilidade e segurança estratégica para levar por diante o sonho de D. João II – alcançar a Índia por mar e dar novos mundos ao mundo. -
NovidadeAs Mágoas do ImpérioMais de duas décadas passadas sobre o fim do império colonial português e no início de uma nova e decisiva etapa no processo de integração de Portugal no espaço europeu, urge reflectir sobre esse passado histórico de colonização iniciado com a chegada de Vasco da Gama à India e encerrado, cinco séculos depois, com a Revolução de Abril de 74.Ensaio de reflexão sobre as condições, objectivos e resultados da expansão portuguesa, esta obra reabre um debate necessário sobre o fim do Império, permitindo, encarar com maior transparência e objectividade o relacionamento estratégico de Portugal com os PALOP e constituindo, também, um importante e polémico contributo para pensar Portugal.David Martelo é oficial do Exército (Coronel) na reserva. Nascido em 1946, em Viseu, tem os cursos de Infantaria da Academia Militar, de "Infantry Officer Advanced Course", de Fort Benning (EUA) e de Estado-Maior. Participou em duas comissões de serviço em Angola e desempenhou funções de comando na Brigada de Forças Especiais. Em 1990, foi colocado no comando das Forças Terrestres Aliadas do Sul da Europa e, entre 1993 e 1995, foi chefe do Estado-Maior do Comando da Região Militar do Norte. É condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e com a Medalha de Mérito Militar de 2ª Classe. É autor de O Exército Português na Fronteira do Futuro (P.E.A., 1997). -
Novidade1974 Cessar-Fogo em ÁfricaA já vasta bibliografia disponível sobre o fim do Império Colonial Português tem secundarizado - ou mesmo omitido - o período de transição que percorre o derradeira ano da guerra e se prolonga pelos primeiros quatro meses do pós- 25 de Abril até ao estabelecimento da paz. Neste seu novo livro, David Martelo analise - com o rigor documental e dúvidas, estabelecendo a «ponte» indispensável entre a guerra e a descolonização. Através de uma expressiva e elegante narrativa, o autor transporte os leitores para o cenário de um dos momentos mais decisivos da história de Portugal: o de se saber se era a Democracia que proporcionaria a descolonização, ou se pelo contrário, era a descolonização que possibilitaria a Democracia. Na parte fina da obra. David Martelo recorda o longo processo que conduziu ao cessar-fogo na Argélia, em 1962, numa comparação que considera recomendável anteceder qualquer adjectivação da descolonização portuguesa.
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NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
NovidadeAs Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?