A Misericórdia, Lugar e Modo
A colecção Minima Theologica apresenta o seu 7º volume. O tema é a misericórdia, uma palavra muito repetida durante este ano por força do Ano Jubilar da Misericórdia proposto pelo papa Francisco. Ao longo do ensaio, o autor, mantendo o rigor da ciência bíblica, constrói um texto acessível a um leitor comum. Procurando as origens do termo hebraico nas mais profundas raízes bíblicas, faz uma interpretação da sua evolução ao longo da história da exegese, para nos dizer que a misericórdia corresponde à essência do ser de Deus.
Aquilo que Deus é pode resumir-se no termo 'misericórdia'. O texto é pontuado por alguns textos poéticos do próprio autor, assumindo assim uma outra qualidade da atitude misericordiosa: a poesia. Num tempo de violência gratuita e sentimentos de vingança, alimentados por diversas formas de fundamentalismo, esta reflexão leva-nos às origens da cultura ocidental e às exigências de tolerância que aí estão inscritas.
| Editora | Letras & Coisas |
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| Editora | Letras & Coisas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Couto |
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Quando Ele nos Abre as Escrituras - Ano BO presente livro oferece uma viagem e uma visita guiada pelos textos bíblicos dos domingos, solenidades e festas ao longo do Ano B. O estilo é o de sempre. A substância é bíblica e litúrgica, com tempero teológico, literário, simbólico, cultural, histórico, arqueológico. Fui-o escrevendo com gosto, pensando em todos aqueles que gostam de saborear os textos bíblicos que a Liturgia nos oferece. Pensei sobretudo naqueles que, domingo após domingo, têm a responsabilidade de abrir as Escrituras à compreensão dos homens e mulheres, jovens e crianças, que, domingo após domingo, entram nas nossas igrejas. -
O Livro do GénesisArquitectura do Livro do Génesis apresenta-nos o livro organizado em duas grandes secções: as narrativas da criação ou do começo (Gn 1-11) e as narrativas patriarcais (Gn 12-50). As narrativas da criação mostram-nos as origens da humanidade, restringindo- -se depois, nas narrativas patriarcais, a um único eleito - Abraão, Isaac, Jacob -, e a um povo eleito, Israel, deixando o texto, todavia, bem claro que a eleição de um se destina ao benefício de todos. A arquitectura do Livro do Génesis parte, pois, de todos, concentrase sobre um, mas mostra-o sempre em relação e abertura para todos. A temática dos conflitos entre irmãos serve o objectivo maior de mostrar a importância do caminho da reconciliação. São muitos os saberes e sabores que o Livro do Génesis serve ao leitor. Para efeitos de clareza, a presente Obra aparece organizada em três Capítulos: «Narrativas da Criação» (1), que estuda Gn 1,1- -2,4a e Gn 2,4b-3,24; «Da cobiça à Aliança» (2), que estuda Gn 4-11; «Narrativas Patriarcais» (3), que estuda Gn 12-50. Que o leitor se delicie com estas páginas, em que Deus e o homem se procuram e se encontram, ou se distanciam. Foi com prazer, espanto e proveito sempre renovados que as fui escrevendo -
Leitura do Tempo em que VamosO mundo em que vivemos mostra-se nebuloso e sombrio, escorregadio e líquido, sem rostos, sem referências, sem pradarias, sem caminhos, sem fontes e sem céu. Parece que também sem chão. É um mundo assente no senhor «eu» penso, quero, posso, mando, compro, sou visto. «Eu» em nominativo, dono de tudo, sozinho no meio de objetos, que não se recebe de ninguém: sem umbigo, portanto sem mãe; sem fé, portanto sem Deus; excesso e abcesso de autonomia, sem nenhuma heteronomia, alteridade ou exterioridade. Sete biliões de senhores e de solidões alérgicas. -
Do Lado de cá da Meia-Noite - Atravessar a CriseEscrevo agora este pequeno livro, que reúne seis ensaios que julgo significativos para ajudar a viver com esperança, e com esperança superar a crise pandémica que atravessamos e que nos aperta o peito e a garganta, cortando-nos a alegria e a respiração. Crise pandémica e crise de alma. Urge que a notícia de um Deus e Pai sensibilíssimo, que amorosamente vem ao encontro dos seus filhos para nos retirar do «confinamento» e nos fazer subir para uma terra «boa e espaçosa» (cf. Ex 3,8; Sl 118,5), linguagem que a Bíblia conhece e regista desde há muito tempo, irrigue a terra dura da nossa humanidade e derrube as portas blindadas da autossuficiência do nosso orgulhoso “eu”, enclausurado dentro das paredes dos seus determinismos cegos: eu penso, eu decido, eu quero, eu posso, eu compro, eu, eu, eu… -
As Mulheres nas Cartas de São Paulo“Dados os ‘apupos’ que se fizeram ouvir um pouco por toda a comunicação social e redes sociais por causa de um texto notável de São Paulo que, aparentemente, à primeira vista e audição, impunha à mulher submissão ao marido, resolvi também eu, ilustre Teófilo, examinar atentamente tudo e oferecer de forma ordenada e a quem o desejar, também ao mundo moderno, um percurso em que se mostra com suficiente clareza a maneira excecional como Paulo se relacionou com as mulheres concretas, com nome, que encontrou no seu caminho, e como refletiu sobre a sua condição e missão nas comunidades cristãs primitivas.O leitor atento terá oportunidade de encontrar nas páginas que se seguem alguns dos textos mais emblemáticos e problemáticos que tanto espanto têm provocado. Terá oportunidade de os encontrar e de os compreender, e até de se surpreender e encantar com o excesso de sentido que deles emana.É tempo de alguns preconceitos caírem, como caiu o muro de Berlim. O que não se espera, também pode acontecer.” D. António Couto, Bispo de Lamego -
No meu Posto de Sentinela o Dia InteiroO novo livro de António Couto, bispo de Lamego – No meu Posto de Sentinela o Dia Inteiro – é uma reflexão e contemplação que convida o leitor a olhar para o mundo à luz da Palavra de Deus. O livro é dividido em cinco partes: a primeira centra-se na figura de Maria, a segunda reúne cenários bíblicos, a terceira analisa acontecimentos do nosso tempo, a quarta apresenta reflexões sobre o mundo atual e a quinta reúne histórias encantatórias de inspiração hassídica. António Couto escreve num estilo que percorre a prosa poética e a poesia, permeado pela Escritura, pela sabedoria e pelo olhar da realidade e da cultura. Esta obra é um convite a uma leitura pausada e reflexiva, que pode trazer ao leitor alimento espiritual e inspiração para a vida quotidiana.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível!