A Terra Devastada
«T. S. Eliot, por certo um dos maiores e sem dúvida um dos mais influentes dos poetas e críticos modernos, nasceu em 1888, em Saint-Louis, Missouri, descendente de imigrantes ingleses que se haviam estabelecido no Massachussetts, no século XVII. Criado em casa rica e de ambiente culto, formou-se em Harvard, em filosofia, e prosseguiu estudos superiores em Paris, Oxford, e na Alemanha. Estabeleceu-se em Londres, primeiro como professor secundário, e depois como empregado bancário, que durante longos anos foi até passar à direcção de uma grande editorial britânica. A sua estreia poética deu-se em 1915, na revista Poetry, de Chicago, aonde saiu um dos seus mais belos e famosos poemas, The Love Song of J. Alfred Prufrock. Este e outros poemas constituíram, em 1917, o seu primeiro livro. Como crítico e orientador do novo gosto literário, em Londres dirigiu (1917-9) The Egoist, foi principal colaborador (1919-21) de The Athenaeum (o jornal literário em que Pessoa publicou um poema), e fundou e dirigiu a importante revista The Criterion (1922-39). Em 1922, o poema The Waste Land foi um dos mais belos e mais importantes poemas do Modernismo. Sucessivas publicações de poesia culminaram nos Collected Poems de 1936, que o consagraram definitivamente. Entretanto, desenvolvia outra das grandes realizações poéticas modernas, com os Quatro Quartetos, publicados de 1934 a 1942. Um dos renovadores do teatro poético a partir de Murder in the Cathedral (1935), foram também numerosos os seus volumes de ensaios, que lançaram as bases de grande parte da moderna crítica anglo-saxónica e de uma compreensão modernista da poesia. Cidadão britânico em 1927, Prémio Nobel da Literatura em 1947, Eliot morreu em Londres, em 1965.»
Jorge de Sena em «Poesia do Século XX.»
| Editora | Relógio d' Água |
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| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | T. S. Eliot |
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Prufrock e Outras ObservaçõesPrufrock e Outras Observações foi o primeiro livro de poemas de T.S. Eliot. A sua primeira publicação data de 1917 e representou uma ruptura com as tendências literárias da época, ao introduzir uma nova linguagem poética. As criações de T.S. Eliot, a par das de W.B. Yeats, James Joyce e Aldous Huxley, lançaram as bases da literatura inglesa moderna. -
Poemas EscolhidosEm 1914 encontrou, em Londres, Ezra Pound que o encorajou a escrever mais e a publicar. No ano seguinte, estreia--se na revista Poetry, onde sairia The Love Song of J. Alfred Prufrock. Foi também em 1915 que casou com Vivienne Haigh-Wood e se fixou na capital inglesa dando aulas no ensino secundário. É nessa época que conhece Clive Bell que o apresenta aos membros do Bloomsbury Group. Em 1917, torna-se director da Egoist. Emprega-se até 1925 no Lloyds Bank, aproveitando o tempo livre para escrever diversos ensaios e dirigir, sem remuneração, a revista Criterion. Em 1922, atinge a celebridade com a publicação de The Waste Land. Ao sair do Lloyds, torna-se director de uma editora, a Faber and Gwyer, hoje Faber & Faber. Pouco depois converte-se ao anglicanismo e em 1927 torna-se cidadão britânico. Quando recebe o Nobel em 1947, publicara já os Collected Poems (1936), que o haviam consagrado. Os 433 versos de The Waste Lanei, Ash-Wednesday (1930), Four Quartets (1935 a 1942) e algumas dezenas de breves composições épico-líricas formam o essencial da obra poética de Eliot o que, em concisão, só tem, na Europa, paralelo em Gottfried Benn. De resto, a originalidade de Eliot parece estar aí, em apenas ter escrito depois de uma profunda acumulação interior. Mas ao contrário daqueles que como Rilke reduziram, em grande parte, a criação ao momento da contemplação, à elegia, Eliot recorre também à ironia e ao sarcasmo. Como disse Eugenio Montale: «Eliot chega muitas vezes ao canto a partir do recitativo, ao tom elevado a partir do mais coloquial. É sobretudo um poeta-músico; e não é nunca ou quase nunca (como o era Valéry e o foi muitas vezes Rilke) um neo-clássico. Esta é a sua maior modernidade.» -
Ensaios EscolhidosEste livro reúne alguns dos mais importantes textos de ensaio e crítica literária escritos por Eliot entre 1917 e 1962. Entre eles incluem-se «Reflexões sobre o Verso Livre», «Hamlet», «Os Poetas Metafísicos», «Os Pensamentos de Pascal», «Os Três Sentidos de “Cultura”», «O Que É Um Clássico?», «Poesia e Drama», «Literatura Americana e a Língua Americana» e «A Literatura da Política». -
Prufrock e Outras Observações«O poema "A canção de amor de Alfred Prufrock" saiu primeiramente a público em 1915, por instâncias de Ezra Pound, na revista Poetry - A Magazine of Verse - onde haviam já publicado Robert Frost e W.B. Yeats, e onde viriam igualmente a publicar Wallace Stevens e outros poetas de língua inglesa, mas a primeira edição do livro, tal como o conhecemos, só veria a luz em 1917, na pequena editora The Egoist, dirigida por Dora Marsden, a grande sufragista inglesa, que veio igualmente a editar Joyce, Pound ou D.H. Lawrence. Em 1917, ou seja, o ano da Revolução Russa, e também o ano de "Fountain", de Marcel Duchamp, referência essencial na arte do século XX. Trata-se, na verdade, de um poema fundador da poesia moderna e de todo o Modernismo, pelo que apresentar sua versão portuguesa, cem anos depois, pareceu desejável, por se verem nele lançadas não só as bases da poesia futura do Poeta como, sobretudo, a marca subtil que viria a influenciar, depois, muita da maior poesia do século XX, e não apenas a de expressão anglo-americana.» -
O Livro dos Gatos Práticos do Velho GambáPublicado pela primeira vez em 1939, O Livro dos Gatos Práticos do Velho Gambá é o famoso conjunto de poemas sobre gatos que T.S. Eliot foi escrevendo, durante a década de 30, em cartas para os seus afilhados. Serviu de base para o famoso musical composto por Andrew Lloyd Webber, Cats. Esta edição bilingue, com tradução de Daniel Jonas, conserva as ilustrações originais de Edward Gorey.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet
