Prufrock e Outras Observações
«O poema "A canção de amor de Alfred Prufrock" saiu primeiramente a público em 1915, por instâncias de Ezra Pound, na revista Poetry - A Magazine of Verse - onde haviam já publicado Robert Frost e W.B. Yeats, e onde viriam igualmente a publicar Wallace Stevens e outros poetas de língua inglesa, mas a primeira edição do livro, tal como o conhecemos, só veria a luz em 1917, na pequena editora The Egoist, dirigida por Dora Marsden, a grande sufragista inglesa, que veio igualmente a editar Joyce, Pound ou D.H. Lawrence.
Em 1917, ou seja, o ano da Revolução Russa, e também o ano de "Fountain", de Marcel Duchamp, referência essencial na arte do século XX.
Trata-se, na verdade, de um poema fundador da poesia moderna e de todo o Modernismo, pelo que apresentar sua versão portuguesa, cem anos depois, pareceu desejável, por se verem nele lançadas não só as bases da poesia futura do Poeta como, sobretudo, a marca subtil que viria a influenciar, depois, muita da maior poesia do século XX, e não apenas a de expressão anglo-americana.»
| Editora | VS. |
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| Editora | VS. |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | T. S. Eliot |
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Prufrock e Outras ObservaçõesPrufrock e Outras Observações foi o primeiro livro de poemas de T.S. Eliot. A sua primeira publicação data de 1917 e representou uma ruptura com as tendências literárias da época, ao introduzir uma nova linguagem poética. As criações de T.S. Eliot, a par das de W.B. Yeats, James Joyce e Aldous Huxley, lançaram as bases da literatura inglesa moderna. -
A Terra Devastada«T. S. Eliot, por certo um dos maiores e sem dúvida um dos mais influentes dos poetas e críticos modernos, nasceu em 1888, em Saint-Louis, Missouri, descendente de imigrantes ingleses que se haviam estabelecido no Massachussetts, no século XVII. Criado em casa rica e de ambiente culto, formou-se em Harvard, em filosofia, e prosseguiu estudos superiores em Paris, Oxford, e na Alemanha. Estabeleceu-se em Londres, primeiro como professor secundário, e depois como empregado bancário, que durante longos anos foi até passar à direcção de uma grande editorial britânica. A sua estreia poética deu-se em 1915, na revista Poetry, de Chicago, aonde saiu um dos seus mais belos e famosos poemas, The Love Song of J. Alfred Prufrock. Este e outros poemas constituíram, em 1917, o seu primeiro livro. Como crítico e orientador do novo gosto literário, em Londres dirigiu (1917-9) The Egoist, foi principal colaborador (1919-21) de The Athenaeum (o jornal literário em que Pessoa publicou um poema), e fundou e dirigiu a importante revista The Criterion (1922-39). Em 1922, o poema The Waste Land foi um dos mais belos e mais importantes poemas do Modernismo. Sucessivas publicações de poesia culminaram nos Collected Poems de 1936, que o consagraram definitivamente. Entretanto, desenvolvia outra das grandes realizações poéticas modernas, com os Quatro Quartetos, publicados de 1934 a 1942. Um dos renovadores do teatro poético a partir de Murder in the Cathedral (1935), foram também numerosos os seus volumes de ensaios, que lançaram as bases de grande parte da moderna crítica anglo-saxónica e de uma compreensão modernista da poesia. Cidadão britânico em 1927, Prémio Nobel da Literatura em 1947, Eliot morreu em Londres, em 1965.» Jorge de Sena em «Poesia do Século XX.» -
Poemas EscolhidosEm 1914 encontrou, em Londres, Ezra Pound que o encorajou a escrever mais e a publicar. No ano seguinte, estreia--se na revista Poetry, onde sairia The Love Song of J. Alfred Prufrock. Foi também em 1915 que casou com Vivienne Haigh-Wood e se fixou na capital inglesa dando aulas no ensino secundário. É nessa época que conhece Clive Bell que o apresenta aos membros do Bloomsbury Group. Em 1917, torna-se director da Egoist. Emprega-se até 1925 no Lloyds Bank, aproveitando o tempo livre para escrever diversos ensaios e dirigir, sem remuneração, a revista Criterion. Em 1922, atinge a celebridade com a publicação de The Waste Land. Ao sair do Lloyds, torna-se director de uma editora, a Faber and Gwyer, hoje Faber & Faber. Pouco depois converte-se ao anglicanismo e em 1927 torna-se cidadão britânico. Quando recebe o Nobel em 1947, publicara já os Collected Poems (1936), que o haviam consagrado. Os 433 versos de The Waste Lanei, Ash-Wednesday (1930), Four Quartets (1935 a 1942) e algumas dezenas de breves composições épico-líricas formam o essencial da obra poética de Eliot o que, em concisão, só tem, na Europa, paralelo em Gottfried Benn. De resto, a originalidade de Eliot parece estar aí, em apenas ter escrito depois de uma profunda acumulação interior. Mas ao contrário daqueles que como Rilke reduziram, em grande parte, a criação ao momento da contemplação, à elegia, Eliot recorre também à ironia e ao sarcasmo. Como disse Eugenio Montale: «Eliot chega muitas vezes ao canto a partir do recitativo, ao tom elevado a partir do mais coloquial. É sobretudo um poeta-músico; e não é nunca ou quase nunca (como o era Valéry e o foi muitas vezes Rilke) um neo-clássico. Esta é a sua maior modernidade.» -
Ensaios EscolhidosEste livro reúne alguns dos mais importantes textos de ensaio e crítica literária escritos por Eliot entre 1917 e 1962. Entre eles incluem-se «Reflexões sobre o Verso Livre», «Hamlet», «Os Poetas Metafísicos», «Os Pensamentos de Pascal», «Os Três Sentidos de “Cultura”», «O Que É Um Clássico?», «Poesia e Drama», «Literatura Americana e a Língua Americana» e «A Literatura da Política». -
O Livro dos Gatos Práticos do Velho GambáPublicado pela primeira vez em 1939, O Livro dos Gatos Práticos do Velho Gambá é o famoso conjunto de poemas sobre gatos que T.S. Eliot foi escrevendo, durante a década de 30, em cartas para os seus afilhados. Serviu de base para o famoso musical composto por Andrew Lloyd Webber, Cats. Esta edição bilingue, com tradução de Daniel Jonas, conserva as ilustrações originais de Edward Gorey.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira
