Abel Salazar
Álbum de folhas soltas, apresentado em pasta de cartolina, que inclui também um auto-retrato de Abel Salazar e um retrato de Óscar Lopes por José Rodrigues.
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| Autores | Abel Salazar |
Abel de Lima Salazar nasceu em Guimarães, em 1889 e faleceu em Lisboa, em1946.
Cientista, professor, pedagogo, investigador, artista e resistente ao regime salazarista português que lecionou e investigou na Faculdade de Medicina e na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Ficou célebre a sua expressão: “Um médico que só sabe medicina, nem medicina sabe” – que é a ilustração da sua personalidade polivalente.
Doutorou-se em 1915 na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto com a tese Ensaio de Psicologia Filosófica, classificada com 20 valores. Contratado em 1916, foi nomeado professor extraordinário em 1917 e professor ordinário em 1918, ficando a seu cargo o ensino da Histologia e Embriologia, que exerceu até 1935, data em que foi afastado através de uma resolução do Conselho de Ministros. O afastamento forçado da vida académica intensifica a dedicação à atividade artística que já vinha desenvolvendo, apesar de não ter formação académica na área das artes, desenvolveu uma extensa obra no desenho, na pintura, na gravura e na escultura. As suas obras tanto retratam trabalhadores em contexto urbano e rural, como também cenas do quotidiano burguês onde retrata mulheres em atividades sociais e de lazer.
A sua estadia em Paris, entre março e setembro de 1934, foi, em certa medida, uma experiência penosa para Abel Salazar. Não parecessem “todos os seus percursos (…) todos os sítios que visita – museus, palácios, exposições, todos os sítios onde para (…)” envolvidos “por um véu deprimente e negativo”, a que chamava "cafard", conforme relata Irene Ribeiro no prefácio desta obra. Foi este o sentimento que o invadiu “ao longo de toda a permanência em França”, durante a qual se dedicou “afincadamente” à sua área de investigação e “deambulou por Paris”. Abel Salazar terá vivido aquele período “mais como um exílio do que como um tempo de alegre intercâmbio intelectual – científico, filosófico e artístico”.
Os seus últimos 25 anos de vida foram passados na que é agora a Casa-Museu Abel Salazar, pensada por amigos e admiradores do patrono como a maior homenagem que podiam prestar.
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O Pensamento Positivo ContemporâneoEste volume das Obras Completas de Abel Salazar está organizado em torno de uma série de cinquenta e um artigos publicados no jornal O Diabo entre 30 de Agosto de 1936 e 6 de Maio de 1939 sob o título O Pensamento Positivo Contemporâneo. Compõem¬ no ainda dez artigos destinados a serem incluídos na mesma série mas que permaneceram inéditos. Abel Salazar escreveu esta série de artigos com um propósito duplo: por um lado, divulgar em Portugal as mutações conceptuais introduzidas no pensamento científico europeu pelas novas teorias físicas surgidas no início do século XX; por outro lado, dar a conhecer ao público português as ideias de uma corrente filosófica então emergente na Europa central o Empirismo Lógico cujas teses ele considerava serem diretamente determinadas por essas mutações. -
Paris em 1934Reedição do livro de crónicas de Abel Salazar, publicado em 1938, que revisita a estadia de seis meses do médico, professor catedrático e investigador da Universidade do Porto (U.Porto) em Paris, bem como dos factos e circunstâncias que o (des)encantaram na capital francesa, à luz da época. Esta publicação, coeditada pela U.Porto Press e pela Casa-Museu Abel Salazar, inaugura uma nova coleção da Editora da Universidade do Porto – “Pensamento, Arte e Ciência” –, dedicada à edição e reedição de obras de Abel Salazar.Abel Salazar não partilharia, quanto ao espírito de Paris, do sentimento de idílica filiação cultural mais ou menos recorrente em tantos portugueses dos últimos séculos. Desde logo combateu os estereótipos felizes de uma quase universal e fantasista visão daquela cidade. E, no entanto, a sua bagagem ao regressar vinha muito carregada, densa de experiências, ideias, críticas, projetos e resoluções. Tudo isto terá conferido algum acréscimo de sentido à viagem que está na origem deste livro: uma estadia de seis meses em Paris, aparentemente vivida mais como um exílio do que como um tempo de alegre intercâmbio intelectual – científico, filosófico e artístico. (…) As crónicas que integram este livro articulam-se através desta intranquila pulsão narrativa e crítica, configurando um simultâneo testemunho do positivo e do negativo de Paris, da cultura e da barbárie em geral. (…) Paris parece representar para o autor o paradigma da sua própria contemporaneidade problemática e complexa, quer no plano moral, quer no plano sociopolítico, quer no plano artístico, quer mesmo no plano civilizacional. Irene Ribeiro, in “Prefácio" -
Testamento de um Morto Vivo Sepulto na Casa dos Mortos, em BarcelosO presente manuscrito consta do espólio de arquivos da Casa-Museu Abel Salazar, tratando-se de um documento que esteve muitos anos guardado e fechado à chave num cofre. Escrito pela mão de Abel Salazar tem todas as páginas numeradas, mas não datadas. Após a morte do seu amigo Alberto Saavedra, que tão bem guardara este documento, o mesmo foi doado pelos seus familiares à Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar. Quando soube da existência do presente manuscrito - enquanto colaboradora desta Associação - senti-me a cruzar uma coincidência significativa. A profissão de médica psiquiatra exercida ao longo de 30 anos (1987-2017) levou-me em final de carreira a refletir sobre a minha própria história de envolvimento em organização de Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental, bem como na história passada e atual da Psiquiatria.Teresa Cabral in “Prefácio” -
A Crise da EuropaQue diria hoje Abel Salazar do espírito humano e da humanidade? E da Europa e da sua crise? E da sua impotência e (in)vontade de se resolver a si própria, às crises que a consomem e cercam e aos dramas humanitários que a povoam? A persistência dos paradoxos, e mais ainda, dos chocantes absurdos imperam agora, sobrepondo-se, dominando. E a Europa, passou do paradoxo da diversidade e do compromisso que parecia ter encontrado nas últimas décadas para se constituir a si mesma um paradoxo. Até quando? Por quanto tempo? Abel Salazar publica A Crise da Europa no início da década de 40 do século XX. Em plena II Guerra Mundial e significativamente incluído na Biblioteca Cosmos dirigida por Bento de Jesus Caraça. Não é, com certeza, dos seus textos mais afamados; nem encontrou, tão pouco, expressivo acolhimento público. As razões do relativo desinteresse apontadas por Norberto Ferreira Cunha, sem dúvida o mais eminente estudioso e conhecedor da vida e obra de Abel Salazar, levam-no a considerar ‘A Crise da Europa uma obra que, pela predisposição psicológica do contexto em que apareceu e pela sua fragilidade factológica e epistemológica, não só não beliscava, seriamente, a ditadura e os seus esteios ideológicos, mas estava mesmo longe de satisfazer os arraiais da oposição’. Mesmo ponderando a intenção da composição de um texto suficientemente hermético, ou codificado, para escapar à lupa repressiva e censória do Estado Novo, o que resultou patenteia na verdade a vulnerabilidade da interpretação sistémica, de ambição universalista, advogada neste contexto por A. Salazar. E mais não será necessário adiantar quanto à formulação proposta de ambição explicativa de toda a mecânica da história, organicista e evolucionista. Nada se diminui ou retira ao interesse histórico ou mesmo ao estímulo intelectual que A Crise da Europa encerra, nomeadamente pelas reflexões decorrentes das leituras, caracterizações e interpretações propostas por A. Salazar. Da mesma forma se mantém a valorização da prosa e da sua estética formal, espelho da erudição e do ecletismo de Abel Salazar que, uma vez mais, inscreve a tensão da angústia da compreensão do Homem e do Universo que sempre transportou.Maria Fernanda Rollo (Prefácio)
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What Great Paintings Say. 100 Masterpieces in DetailThis important addition to our understanding of art history’s masterworks puts some of the world's most famous paintings under a magnifying glass to uncover their most small and subtle elements and all they reveal about a bygone time, place, and culture. Guiding our eye to the minutiae of subject and symbolism, authors Rose-Marie and Rainer Hagen allow even the most familiar of pictures to come alive anew through their intricacies and intrigues. Is the bride pregnant? Why does the man wear a beret? How does the shadow of war hang over a scene of dancing? Along the way, we travel from Ancient Egypt through to modern Europe, from the Renaissance to the Roaring Twenties. We meet Greek heroes and poor German poets and roam from cathedrals to cabaret bars, from the Garden of Eden to a Garden Bench in rural France. As we pick apart each painting and then reassemble it like a giant jigsaw puzzle, these celebrated canvases captivate not only in their sheer wealth of details but also in the witness they bear to the fashions and trends, people and politics, loves and lifestyles of their time.Vários