Angola - O Princípio do Fim da União Soviética
O enfoque deste livro, como o próprio título sugere, é uma tentativa, ensaiada pela primeira vez, de colocar em perspectiva uma série de questões altamente controversas, e em grande parte desconhecidas, sobre um passado ainda envolto em secretismo: o expansionismo militar soviético na África Austral, mais propriamente em Angola. Para tal, o autor acedeu a documentação dos arquivos russos e entrevistou veteranos de guerra, bem como altas personalidades da política soviética. O presente volume oferece, assim, uma ampla gama de matérias para todos quantos se interessam pela ingerência soviética em Angola e até no Golfo da Guiné. Toda a sua estrutura se ampara, do princípio ao fim, em fontes russas, trazendo ao conhecimento dos leitores de língua portuguesa um debate que, pouco a pouco, apesar do difícil acesso às fontes, começa a despontar no firmamento das preocupações da intelligentsia russa e a dar os primeiros frutos: o de saber até que ponto a intervenção em África, ditada por objectivos geopolíticos e expansionistas, respondeu efectivamente aos interesses globais do Estado russo e quais as causas do seu fracasso.
| Editora | Nova Vega |
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| Categorias | |
| Editora | Nova Vega |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Milhazes |
José Manuel Milhazes Pinto nasceu a 2 de Outubro de 1958 na Póvoa de Varzim. Em 1977, parte para a União Soviética a fim de cursar História da Rússia e assistir à "construção do comunismo", levando a cabo os seus estudos na Universidade Estatal de Moscovo. Formado em 1983, constituiu família e ficou a residir na URSS. A 8 de Agosto de 1989, escreve a primeira crónica para a TSF e, no ano seguinte, com o lançamento do jornal Público, torna-se seu correspondente em Moscovo. Em 2002, começa também a colaborar com a SIC. A longa permanência na União Soviética e, depois, na Rússia, permitiu-lhe assistir e participar num dos períodos mais conturbados do séc. XX: a queda da "cortina de ferro" e a formação de novos Estados no Leste da Europa. Mantém o blogue www.darussia. blogspot.com, alojado no sítio electrónico do jornal Público.
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O Favorito Português de Pedro O Grande«Não devem ter sido muitos os portugueses que deixaram um rasto tão forte na história de países estrangeiros com o que António Manuel Luís de Vieira e alguns dos seus descendentes conseguiram nos destinos da Rússia. Apesar da sua modesta origem social e de ter contra si o facto de ser um judeu de origem portuguesa, conseguiu uma carreira brilhante no Império Russo.» -
Golpe Nito Alves e Outros Momentos da História de Angola Vistos do KremlinAtravés de arquivos soviéticos só agora tornados públicos, o jornalista José Milhazes desvenda, através de documentos inéditos, os momentos mais importantes da história de Angola no pós-25 de Abril de 1974, como a ex-URSS os acompanhou e neles interveio. Através destes documentos, que agora são pela primeira vez revelados, é possível conhecer mais detalhes do chamado «golpe» Nito Alves, ocorrido em Angola a 27 de Maio de 1977 (de que também fizeram parte Sita Valles e José Van-Dunem que viriam a ser fuzilados), um dos momentos mais marcantes da história recente daquele País e que esteve sempre envolto em grande mistério, bem como de episódios que se lhe seguiram e cujos pormenores nunca foram bem esclarecidos. -
A Mensagem de Fátima na União Soviética-RússiaEm 2017, a Humanidade vai celebrar o centenário de dois dos mais importantes acontecimentos do século XX: as aparições de Fátima em Portugal (em maio) e a revolução comunista na Rússia (em novembro). Dois eventos que ocorreram em lados opostos do Continente europeu, mas que rapidamente se transformaram em fenómenos universais, pois as mensagens ideológicas que traziam dentro de si rapidamente se alastraram aos cantos mais remotos do planeta. Acontecimentos situados em polos ideológicos e filosóficos contrários, deram origem a forças que acabariam por se cruzar e se envolver num combate de vida ou de morte no turbilhão que constituiu o século XX. Através de uma investigação que desenvolveu junto dos arquivos da ex-União Soviética, José Milhazes, historiador e um dos mais reconhecidos jornalistas portugueses, com acesso informação privilegiada no que diz respeito à história da ex-União Soviética, recupera nesta obra os pontos que ligam estes dois momentos, tornando públicos documentos completamente inéditos. -
Madeira: o vinho dos CzaresServido à mesa de czares e nobres russos, cantado por poetas e escritores, o consumo do verdadeiro vinho da ilha portuguesa era sinal de um alto estatuto na sociedade russa. Madeira: o vinho dos Czares é um livro bilingue (Português-Russo) onde o autor, José Milhazes, explora as relações entre a Madeira e a Rússia, através do Vinho da Madeira. Esta bebida teve uma importante influência na sociedade russa desde do século XVII até aos dias de hoje. Para além desta abordagem histórica e cultural, o livro conta, também, com receitas de cocktails russos utilizando o vinho da Madeira. -
As Minhas Aventuras no País dos Sovietes: a União Soviética tal como eu a vivi«Naquela altura, mais precisamente no dia 9 de Setembro de 1977, os comboios da linha Póvoa de Varzim-Porto (Trindade) ainda eram movidos a carvão e foi num deles que se iniciou, nessa data, a minha longa viagem ao País dos Sovietes. [...] A mala era leve porque, além de não haver dinheiro para mais, eu estava convencido de que não se ia para o "Paraíso Terrestre" com a casa às costas, porque nesse lugar não costuma faltar nada, à excepção do pecado. Sim, eu ia viver na sociedade quase perfeita, na transição do socialismo desenvolvido para o comunismo.» José Milhazes -
Lavrenti Béria - O Carrasco ao Serviço de EstalineBéria é uma das figuras mais tenebrosas da História do século XX, sendo recordado como o sinistro chefe da polícia secreta de Estaline, o fiel instrumento de terror do ditador vermelho disponível para realizar qualquer tarefa por mais negra que fosse. O seu nome está para sempre associado a violência, terror, ambição e sadismo, e o seu percurso fala por si.Lavrenti Béria é a história da vida desta criatura contada por José Milhazes. Baseado em documentos oficiais, nas memórias e testemunhos de várias figuras soviéticas da época, em cartas pessoais do biografado e na transcrição do interrogatório, o livro procura fazer justiça ao homem cujo legado ainda hoje causa controvérsia na sociedade russa.Booktrailer:https://youtu.be/IE0FOg4cDkI -
Os BlumthalA HISTÓRIA REAL DE VIDAS SACRIFICADAS ÀS PIORES UTOPIAS E TIRANIAS DO SÉCULO XX O destino cruel de pessoas que lutaram por uma sociedade melhor e acabaram vítimas dos dois piores sistemas totalitários do século XX. Em Os Blumthal, José Milhazes reconstitui as vidas dos avós de sua mulher, Siiri. Conta como os jovens idealistas Erich Sõerd e Leida Holm Blumthal participaram activamente na introdução da revolução comunista na sua Estónia natal, e depois foram ultrapassados pelos acontecimentos do mundo conturbado e muito violento do século XX e acabaram vítimas, primeiro do regime nazi, e depois do regime soviético.Só possível após uma grande investigação, que integrou a consulta de vários arquivos em vários países e de fontes histórias variadas – e de entrevistas à própria Siiri Milhazes –, esta obra revela a dramática saga familiar dos Blumthal e dos Sõerd em tempos de totalitarismo. Um livro actual e que não vai deixar ninguém indiferente, Os Blumthal é o novo livro de José Milhazes. -
Rússia e a Europa: uma parte do todoA História mostrou que, não obstante todas as vicissitudes e dificuldades, a Rússia é um país com fortes raízes europeias. Os grandes momentos da sua existência estão ligados ao Velho Continente. Resta apenas continuar à procura do melhor modus vivendi entre todos os povos europeus, onde as suas tradições, costumes e direitos sejam respeitados. -
Rússia e a Europa: Uma Parte do TodoA História mostrou que, não obstante todas as vicissitudes e dificuldades, a Rússia é um país com fortes raízes europeias. Os grandes momentos da sua existência estão ligados ao Velho Continente. Resta apenas continuar à procura do melhor modus vivendi entre todos os povos europeus, onde as suas tradições, costumes e direitos sejam respeitados. -
A Saga dos Portugueses na RússiaHá mais de trinta anos a viver na URSS / Rússia, José Milhazes divide os seus interesses entre o jornalismo e a história. Depois de publicar numerosos artigos na charneira essas duas disciplinas, ousou lançar-se na escrita de obras mais extensas e completas. Em 2009, publica o livro Angola - O Princípio do Fim da União Soviética, a primeira obra em português sobre a participação da URSS na guerra civil angolana. No ano seguinte, lança o segundo livro: Samora Machel: Atentado ou Acidente? José Milhazes, licenciado na Universidade de Moscovo e doutorado na Universidade do Porto, concentrou as suas atenções no estudo das relações entre a Rússia e Portugal ao longo dos séculos, sendo o presente livro o resultado de numerosos anos de pesquisa em bibliotecas e arquivos russos. Longe de se tratar de uma obra exaustiva, lança pistas para futuras investigações num campo científico muito pouco conhecido, mas que encerra numerosas surpresas. Um pequeno contributo para a documentação do espírito universalista dos Portugueses.Ver por dentro:
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?