Antologia de Poesia Erótica
O critério utilizado para a selecção dos poemas obedeceu ao desejo de incluir os que me parecessem mais significativos não apenas no domínio geralmente considerado como erótico ou mesmo pornográfico, mas também no campo amoroso em geral – já que o erotismo do autor se exprime igualmente através de facetas menos obscenas, ou seja, mais enquadráveis num lirismo tradicional, por vezes de conotações depressivas (por exemplo quando aborda o ciúme). Começando por duas sequências de sonetos – a primeira relacionada com o amor, a segunda mais declaradamente erótica, por vezes de tom satírico – , a presente antologia inclui ainda três canções (“O Ciúme”, “O Desengano” e “O Delírio Amoroso”), uma “Arte de Amar”, três poemas pornográficos (“A Manteigui”, “Ribeirada” e “A Empresa Nocturna”), as “Cartas de Olinda a Alzira”, duas cantatas (“À Morte de Inês de Castro” e “À Morte de Leandro e Hero”) e a “Epístola a Marília”.»
Fernando Pinto do Amaral
| Editora | Dom Quixote |
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| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Bocage |
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Obras Completas de Bocage - Sonetos, Sátiras, Odes, Epístolas, Idílios, Apólogos, Cantatas e Elegias, Vol. I, Tomo I e IIA versatilidade de Bocage é inequívoca: cultivou, com efeito, quase todos os géneros poéticos da época, é disso exemplo o primeiro volume editado pela Imprensa Nacional da nova coleção «Obras Completas de Bocage».Com organização, fixação do texto e notas de Daniel Pires, este primeiro volume encontra-se divido em dois tomos que abarcam a maior parte da sua poesia. Esta edição é acompanhada por um estudo introdutório tido como indispensável para uma melhor compreensão da dimensão do homem, da obra e do seu contexto. -
Obras Completas de Bocage - Traduções - Vol. II«Bocage foi um tradutor de mérito, atributo que, até ao presente, não teve o reconhecimento por parte da maioria dos seus biógrafos e de outros ensaístas. Conhecia profundamente a cultura francesa e a civilização greco-latina, a sua história, literatura e mitologia; assimilou a lição dos quinhentistas portugueses, facto que lhe facultou o domínio abrangente do idioma pátrio; acresce, por outro lado, o seu génio poético. A conjugação destes atributos permitiu-lhe, apoderando-se do espírito dos autores originais, verter para português com fidelidade, mestria e verve poética.»Daniel Pires in "Prefácio"Esta edição, com organização e notas de Daniel Pires, apresenta traduções de autores greco-latinos, franceses, italianos e de um britânico, prevalecendo os escritores clássicos e os franceses. -
Poesias Eróticas, Burlescas E Satíricas«Urge inverter a imagem que perdura junto de setores da população menos informados: o Bocage chocarreiro, protagonista de anedotas boçais, fura-vidas, promíscuo e pornográfico. Em oposição a esta caricatura, damos ênfase ao poeta genial, ao tradutor rigoroso, ao paradigma cívico, ao cidadão que marcou múltiplas gerações de portugueses, influenciadas pela sua irreverência, frontalidade, demanda de liberdade, humor corrosivo e pela assunção inequívoca do corpo.»Esta edição, com organização e notas de Daniel Pires, reúne as composições de caráter erótico, burlesco e satírico de Bocage, as de autoria duvidosa e também as indevidamente atribuídas a Bocage, acompanhadas por estudo introdutório tido como indispensável para uma melhor compreensão da dimensão do homem, da obra e do seu contexto. -
Anedotas do Bocage"É bem conhecido o carácter irreverente de Bocage. Com efeito, da sua pena contundente saíram sátiras impiedosas, críticas ao modelo de sociedade, ao governo, aos poderosos de uma maneira geral. O novo--riquismo, a mediocridade, as convenções sociais, o clero, os médicos, os avarentos e os literatos, entre outros, também foram objecto da sua observação rigorosa e da sua crítica corrosiva." Este livro é um repositório de todas as anedotas, epigramas, pensa-mentos e improvisos que lhe são atribuídos. -
Antologia de Poesia Erótica«Elaborado a partir de diversas edições disponíveis da poesia de Bocage - entre as quais avulta a de Inocêncio Francisco da Silva, Poesias de Manuel Maria Barbosa du Bocage, de 1853 -, este livro destina-se à divulgação da sua escrita erótica e amorosa, não tendo, portanto, quaisquer veleidades de representar uma panorâmica de uma obra muito vasta, que ultrapassa o tema desta antologia. O critério utilizado para a selecção dos poemas obedeceu ao desejo de incluir os que me parecessem mais significativos não apenas no domínio geralmente considerado como erótico ou mesmo pornográfico, mas também no campo amoroso em geral - já que o erotismo do autor se exprime igualmente através de facetas menos obscenas, ou seja, mais enquadráveis num lirismo tradicional, por vezes de conotações depressivas (por exemplo quando aborda o ciúme). Começando por duas sequências de sonetos - a primeira relacionada com o amor, a segunda mais declaradamente erótica, por vezes de tom satírico - , a presente antologia inclui ainda três canções ("O Ciúme", "O Desengano" e "O Delírio Amoroso"), uma "Arte de Amar", três poemas pornográficos ("A Manteigui", "Ribeirada" e "A Empresa Nocturna"), as "Cartas de Olinda a Alzira", duas cantatas ("À Morte de Inês de Castro" e "À Morte de Leandro e Hero") e a "Epístola a Marília".» Fernando Pinto do Amaral -
Poesias EróticasMagro, de olhos azuis, carão moreno,bem servido de pés, meão na altura.triste de facha, o mesmo de figura,nariz alto no meio e não pequeno:incapaz de assistir num só terreno,mais propenso ao furor que à ternura,bebendo em níveis mãos por taça escurade zelos infernais, letal veneno:devoto incensador de mil deidades(digo moças mil) num só momentoinimigo de hipócrates e frades:eis Bocage, em quem luz algum talento:saírem dele mesmo estas verdadesnum dia em que se achou cagando ao vento. -
Bocage: Antologia PoéticaTreze poemas em cada livro, treze poemas como treze luas, como os treze poemas do calendário lunar. A lua, esse ser cambiante que muda a sua face de espelho circular. Senhora das marés, astro da fecundidade. Ritmos lunares para dar medida ao tempo, ao tempo poético. Este livro convida-o a ler um poema por dia, ou por semana, ou mês lunar. Depois, pode deixá-lo a repousar numa estante, aberto na ilustração que quiser, que é, nem mais nem menos, a leitura que André da Loba fez das palavras do poeta, para deleite dos nossos olhos e do nosso olhar mais pessoal.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira