As Boas Obras
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Era uma vez catorze boas obras ou obras de misericórdia de que aqui se dão conta,
absolutamente ficcionadas.
Era uma outra vez as dez pragas do Egipto, também em ficção absoluta.
Era uma terceira vez em que se dá conta dos quatro evangelistas e dos animais que os simbolizam. De novo, poesia ficcionada.
Era uma última vez, que todos desejamos sempre que seja mesmo a última, em que se dá conta desse estado permanente de guerra em que vivemos, por dentro e por fora de nós próprios.
Era uma outra vez as dez pragas do Egipto, também em ficção absoluta.
Era uma terceira vez em que se dá conta dos quatro evangelistas e dos animais que os simbolizam. De novo, poesia ficcionada.
Era uma última vez, que todos desejamos sempre que seja mesmo a última, em que se dá conta desse estado permanente de guerra em que vivemos, por dentro e por fora de nós próprios.
| Editora | Rui Costa Pinto Edições |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Rui Costa Pinto Edições |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Susana Martins |
Susana Martins
É investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde desenvolve um projecto de pós-doutoramento intitulado De Rabat a Argel: caminhos cruzados entre a luta antifascista e a luta anticolonial (1961-1974). É também professora na Escola Superior de Educação de Lisboa e investigadora associada do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, instituição onde se doutorou com a tese que está na origem do presente livro.
É autora de diversa bibliografia sobre a oposição ao Estado Novo, de que se destaca o livro Socialistas na Oposição ao Estado Novo (2005), e participou na preparação de várias exposições, designadamente Memória do Campo de Concentração do Tarrafal (Tarrafal, 2009), A Voz das Vítimas (Aljube, Lisboa, 2011) e a mostra permanente do Museu do
Aljube - «Resistência e Liberdade».
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ÊxodoNeste mundo conturbado, cada um de nós pode passar a ser, a qualquer momento, um exilado, refugiado, fugitivo ou prisioneiro. A linha comum do segundo livro de Susana Martins é a noção de saída, mudança, procura de refúgio, peregrinação interior, tudo o que implique movimento e capacidade de decisão. Aqui se aborda de maneira livre a via-sacra de um carpinteiro em catorze capítulos e de como a história se repete em pequenos acontecimentos do dia-a-dia. E se este livro fosse também uma celebração do amor? Assim se coloca o desafio de o mundo se questionar sempre, por mais absurdas que se tornem as situações, as personagens, verdadeiras ou ficcionadas. Como sublinha António Marujo, no Prefácio, os «Êxodos a que hoje assistimos, sentados na nossa impotência e desinteresse, são, ao contrário, quase sempre os de tragédias esquecidas desta humanidade que tarda em ser solidária. São os Êxodos de mais miséria em cima da miséria, mais guerra em cima da guerra, mais opressão em cima da opressão». -
A Sede(...) “A Sede” está cheia destas parábolas que humanizam a natureza ou que naturalizam o homem. O homem-peixe que se algema todas as noites dentro do aquário num espectáculo de ilusionismo que procura molhar a sede eterna, uma sede de Tântalo. O homem-ulmeiro que colocou um sofá dentro do tronco do ulmeiro amigo. O homem-sol que, depois de abraçar a árvore, sente que o arbóreo abraço é demasiado sufocante, abraço constritor de jibóia; assusta-se, mas logo descobre que a árvore só “tinha adormecido agarrada a ele”. É impossível não ficar rendido à ternura desta passagem, até porque é uma ternura depurada e oferecida na dose certa: mais uma linha e a autora ter-se-ia atolado no melaço lamechas como um animal na areia movediça. Estas metáforas têm uma linguagem concreta, estão encostadas à precisão cirúrgica dos sonhos. Por vezes, até dá a impressão de que Susana Martins passou a papel químico alguns dos seus próprios sonhos. Talvez o mais notável destes (hipotéticos) palimpsestos é o poema “Litoral”: “Deus construiu-me um cadeirão no meio das ondas (...) Do meu cadeirão no meio das ondas, / construído por Deus, / vejo tudo / E estou lá sempre. / De lá dou sugestões a quem me construiu o cadeirão. / Que nunca me ouve, /nem quando digo que / O mar é do melhor que já inventaste”. É preciso grandeza para imaginar alguém falando com Deus a partir de um trono que flutua como uma jangada perdida nas ondas. Não é esta uma metáfora perfeita do temor do crente perante o mistério de Deus? Tal como “Êxodo”, o livro anterior da autora, “A Sede” tem o seu coração numa preocupação cívica da autora. Se “Êxodo” está marcado pelo drama actual dos refugiados, “A Sede” está marcada pelo fantasma da falta de água do nosso futuro próximo. Mas repare-se que nada aqui é panfletário ou chato. Susana Martins usa a preocupação humanitária como a fogueira que aquece o essencial: a poesia que há-de sobreviver à sua chama inicial. No futuro, quando os nossos filhos viverem num mundo normal e não num deserto apocalíptico, a nossa preocupação com a água será incompreensível ou uma preciosidade arqueológica. No entanto, os melhores poemas de “A Sede” continuarão a fazer sentido, continuarão a ser parábolas sobre a condição humana. (...) (Excerto do Prefácio de Henrique Raposo) -
Posso Ajudar? - Livro de ReceitasEste livro foi desenvolvido a pensar em todas as crianças que gostam de ajudar na cozinha. As receitas foram escolhidas a dedo para serem práticas, fáceis e saborosas. Tem a particularidade de ter muitas ilustrações. Assim, mesmo quem ainda não aprendeu a ler consegue perceber quais são os ingredientes necessários e todos os passos a dar. Agora, já podem ajudar. Bom apetite! -
Carta de Amor a um CiclistaSilvestre Chaul é um ciclista imaginário, que vive num mundo e num tempo imaginários, que podem ser já hoje, amanhã ou daqui a um século. Ele tem uma versão dos factos. Malamar é a mulher do ciclista que acaba presa e conta a sua própria versão. E, pelo meio, conhecemos Barão Domingo, o "mágico-Deus-santo-diabrete", que há-de levar a carta a Silvestre. -
Exilados Portugueses em Argel - A FPLN das Origens à Ruptura com Humberto DelgadoNo final de 1962, criava-se a Frente Patriótica de Libertação Nacional na Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas realizada em Roma. Pela mesma altura, começava a formar-se um novo núcleo do exílio português na recém independente Argélia, onde acabou por se instalar a delegação da FPLN no exterior. Uma opção de inegável significado político, consentânea com dois dos temas quentes que animavam o debate travado na oposição portuguesa: a prioridade a atribuir à questão colonial e a adoção de novos métodos de luta contra a ditadura salazarista, como a luta armada. Nos últimos dias de Junho de 1964, Humberto Delgado chegava a Argel para assumir a presidência da FPLN, quando o ambiente entre os portugueses estava já muito crispado, com graves diferendos pessoais a misturarem-se com a radicalização das posições políticas. Um conflito em que rapidamente se envolveu, acabando por romper com a Frente. Terminava aqui a primeira fase da história da FPLN.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet