Autobiografia das Pequenas Coisas
Adab
2017
12,72 €
Envio previsto até
Aqui se conta a origem das pequenas coisas, não todas mas as que o autor distinguiu de entre aquelas que sinalizaram a sua passagem pelos lugares onde foi largando alguma pele. E essas coisas tanto podem ser o tempo que leva um aceno de despedida como a impressão deixada pelo nome de alguém que chegava. É dessas pequenas coisas que aqui se trata, porque é delas que afinal são feitas as autobiografias. Todas as autobiografias.
| Editora | Adab |
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| Categorias | |
| Editora | Adab |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Cipriano Justo |
Cipriano Justo
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Elogio da razão em tempos difìceisO propósito deste trabalho é analisar e discutir a contribuição do modelo biomédico para a melhoria comparativa dos principais indicadores de saúde da população portuguesa no contexto da União Europeia de 15 países, e as suas insuficiências para melhorar a esperança de vida sem incapacidade, considerando a influência dosprincipais determinantes da saúde para aquele indicador. O capítulo Os fundamentos de uma decisão trata do contexto político e conceptual que justificou a criação do Serviço Nacional de Saúde em Portugal e os aspectos socioeconómicos que justificam a sua manutenção e desenvolvimento. Em O que era e o que é a saúde dos portugueses procede-se à análise comparativa dos principais indicadores de saúde no período 1990-2009 no âmbito da UE15, e em Como se distribui o esforço financeiro em saúde discute-se a estrutura do financiamento dos serviços públicos de saúde. No capítulo O que explica o quê apresentam-se as associações e potencial contribuição de alguns factores de risco e de determinantes da saúde para os indicadores de saúde. No capítulo A insuficiência do modelo biomédico analisa-se as associações entre a esperança de vida sem incapacidade e alguns factores de risco e determinantes da saúde; em Da comunidade biomédica para a comunidade local descreve-se uma potencial evolução do SNS à luz das insuficiências do modelo biomédico, e em O que é uma comunidade local faz-se uma revisão dos principais instrumentos metodológicos que devem servir de referência para enquadrar aquela evolução. No capítulo Indicadores de coesão das comunidades locais na UE15, apresenta-se um conjunto de indicadores geralmente utilizados pela OCDE para descrever o grau de coesão das comunidades e O Caso de Melhor saúde para todos em Östergötland é incluído no trabalho para exemplificar um possível modelo de comunidade local de saúde. Finalmente em Notas finais resume-se o que se considera ser necessário fazer para manter a sustentabilidade do serviço público de saúde português. -
Breve relato do nosso encontro com Blaise Pascal - Sobre o processo da Lei de Bases da SaúdeÉ verdade que uma boa lei de bases da saúde não faz a Primavera da política de saúde do país, mas passa a representar um quadro de referência a partir do qual se podem construir boas soluções. -
La vie en rougeLuísa é o nome de uma mulher que poucos conheceram. Contou-me ter sido camponesa quando lá cheguei, a essa casa onde todos comiam à mesma mesa. Luísa noutros tempos deixava umas finas folhas de papel espetadas nos ramos dos sobreiros, e só depois sejuntava aos que nesse dia iam ter direito a viver. Até o crepúsculo dar por terminado o que nesse dia era para terminar. Com Luísa passei a saber quem morria e quem regressasse anos depois. Com Luísa aprendi a vestir camisa branca e a olhar para os rostos com a mesma atenção de quando se vai ter um filho. -
Que tempo é este?Em 2022, foram vários os acontecimentos que suscitaram a atenção do autor, desde uma obra de George Saunders, até ao conflito no Leste europeu. Das 227 entradas, apresenta razões para ter dedicado 71 àquela guerra, não tanto para confrontar o espírito do tempo, mas apresentar os argumentos que o levaram a colocar-se do lado da diplomacia para a resolução do conflito. O relato incide igualmente sobre algumas posições políticas do PCP, o processo eleitoral brasileiro, que levou Lula da Silva à presidência, a política de saúde – da repetida ausência de estratégia para o sector –, a governação do Primeiro-Ministro, surpreendido pela maioria absoluta que obteve, e que lhe está a custar as maiores agruras, e o papel da extrema-direita portuguesa no condicionamento do posicionamento político da direita tradicional. Se estes são os principais temas políticos relatados, não deixa de dar atenção a obras de vários escritores, destacando-se Jorge Luís Borges, Joan Didion, Javier Cercas, Éric Vuillard, Philip Roth, Leonardo Padura, Ennie Ernaux. Sobre todos os relatos o autor dá conta do que pensa, toma partido, engana-se nalgumas projecções, procura fazer de cada narrativa um acontecimento estético e um acto de coerência política.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira