Black Box - Stories of the Future
O Digital é inevitável e irreversível; ele marca o presente e ajuda-nos a perspetivar o futuro. Mas há ainda uma história por contar: a cultura digital é tanto sobre o futuro como sobre o passado, e é urgente recuperar uma perspetiva histórica sobre o tema. Nesse sentido, Black Box – Stories of the Future recua até aos primeiros escritos de designers e arquitetos sobre o Digital e cruza-os com as mais importantes reflexões contemporâneas sobre o tema.
Coordenação Editorial
Isa Clara Neves, Jorge Figueira
Texto
Areti Markopolou, Christopher Alexander, Fabio Gramazio, Georg Vrachliotis, Isa Clara Neves e Jorge Figueira, José Bártolo, Mario Carpo, Walter Gropius
Design Gráfico
Colönia
| Editora | esad—idea, Investigação em Design e Arte |
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| Categorias | |
| Editora | esad—idea, Investigação em Design e Arte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Areti Markopolou, Fabio Gramazio, Georg Vrachliotis, Walter Gropius, José Bártolo, Christopher Alexander, Isa Clara Neves, Jorge Figueira, Mario Carpo |
É um arquiteto, matemático e urbanista austríaco. É professor emérito da Universidade da Califórnia em Berkeley. Foi um dos críticos da arquitetura moderna apontando a desagregação social causada por ela. Os seus estudos contribuíram para a utilização de padrões geométricos e matemáticos no urbanismo e arquitetura.
Isa Clara Neves é licenciada em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2005), mestre em Cultura Arquitetónica Moderna e Contemporânea pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, e doutorada em Arquitetura, na especialidade de Teoria e História, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Colaboradora do Arquiteto Eduardo Souto de Moura entre 2007-2010. Fundadora da revista Nexus_investigação arquitetónica interdisciplinar. Autora de artigos publicados em revistas e livros tais como Casa International Magazine (China), Catálogo Mesa "Eduardo Souto Moura _ 30 anos, projetos selecionados", Catálogo Swissport09, Revista LaMag, entre outros. Autora de artigos em congressos e revistas científicas como eCAADe, CAADRIA, SIGraDI, PARC, Journal IJAC, etc. Oradora em eventos/organizações como Campus Ultzama 2012, Iberian Architecture 2012 Reencounters, Arquibio, Estratégia Urbana, entre outros. Coordenou e coorganizou eventos como DIGITAL DARQ, Swissport, MESA, Future Traditions. É professora auxiliar convidada na Escola Superior Artes e Design (ESAD). Desenvolve também investigação de Pós Doutoramento pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, em 1992, e doutorado pela Universidade de Coimbra, especialidade Teoria e História, em 2009. É professor associado e foi diretor do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, entre 2010 e 2017. É vice-presidente do Conselho Científico e Investigador do Centro de Estudos Sociais, UC. Professor convidado do Programa de Doutoramento em Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Pesquisador visitante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2018) e professor convidado da Escola da Cidade, São Paulo (2018, 2016, 2012). Membro externo do Conselho Geral do ISCTE-IUL. Autor de livros, entre os quais, "Escola do Porto: Um Mapa Crítico", Coimbra, eIdIarq, 2002, "A Noite em Arquitectura", Relógio d'Água, 2007; "O Arquitecto Azul", Imprensa da UC, 2010; "Reescrever o Pós-Moderno", Dafne, 2011; "A periferia perfeita. Pós-modernidade na arquitectura portuguesa. Anos 1960-1980, Caleidoscópio, 2014; "Arquitectanic. Os dias da troika", Note, 2016. Editou "Álvaro Siza. Modern Redux" (Hatje Cantz, Berlin, 2008) e tem artigos publicados em várias revistas internacionais, entre as quais: Journal of Architecture, Architectural Histories, Architecture Beyond Europe Journal, AV Monografias, Arqtexto, aU, Arquitectura Viva, Casabella, A+U, SAJ Serbian Architectural Journal, Docomomo Journal. Curador de exposições, entre as quais, "Físicas do Património Português. Arquitetura e Memória", Museu de Arte Popular (2018/2019), "Oscilações. Eduardo Souto de Moura", Camões-Centro Cultural Português em Maputo e Beira, Moçambique (2016); "Álvaro Siza. Modern Redux", Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2008); co-curador de "Europa, arquitectura portuguesa em emissão", Núcleo de Portugal da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2007, e representação portuguesa na 7ª Bienal de Arquitectura de S. Paulo, 2007. Tem apresentado a sua investigação em universidades e instituições de vários países, incluindo na Society of Architectural Historians Annual International Conference (Pasadena, 2016; Glasgow 2017); e na European Architectural History Network Meeting. Dublin (2016). Foi director local da Biennial Conference of the International Association for the Study of Traditional Environments, IASTE, "The Politics of Tradition" (Coimbra, 2018), É membro da comissão executiva da Red PHI Património histórico+cultural Iberoamericano e expert do "European Union Prize for Contemporary Architecture - Mies van der Rohe Award". Crítico do jornal Público, na área de arquitetura.
José Bártolo é curador, professor e crítico de design baseado no Porto. Trabalha como curador independente desde 1998, sendo atualmente curador sénior da Casa do Design de Matosinhos. É professor coordenador com agregação da ESAD Matosinhos/Escola Superior de Artes e Design e diretor científico da esad—idea, Investigação em Design e Arte. Foi comissário do Pavilhão de Portugal na XXI Trienal de Milão (2015) e curador de inúmeras exposições. Integrou o júri de diversos prémios de design, para além de ser responsável, na área do design gráfico, pela seleção de publicações do Programa Nacional de Leitura 2018. Colabora, como perito em design, com a A3ES e FCT. É editor da revista PLI Arte & Design.
Mario Carpo é um historiador e crítico da arquitetura e atualmente é o Professor Reyner Banham inaugural de História e Teoria da Arquitetura na University College de Londres.
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A Periferia Perfeita: Pós-Modernidade na Arquitectura Portuguesa Anos 1960-1980Apetece-me dizer que desde o célebre e celebrado texto seminal de Nuno Portas para a edição portuguesa da História da Arquitectura de Bruno Zevi, não tinha tido a satisfação intelectual de me confrontar com uma análise tão interessante quanto inovadora que, de acordo com o próprio autor, sendo historiográfica, não faz um levantamento exaustivo da arquitectura portuguesa na época tratada, constituindo um trabalho de índole teórica. Esta tentativa de síntese, que contém tudo o que de facto interessa, é corajosa, diria quase destemida. -
Reescrever o Pós-Moderno. Sete EntrevistasApesar da conotação pejorativa que, em muitas circunstâncias, o pós-modernismo conquistou, os seus efeitos fizeram-se sentir em muitos contextos esperados e inesperados e deixaram marcas que hoje perduram. Em sete entrevistas, que se concentram em acontecimentos e obras de um período que oscila entre os anos 1960 e 1980, Jorge Figueira confronta os interlocutores com a inevitável inscrição da arquitectura portuguesa na pós-modernidade. Nos anos 1970 e 1980, em Portugal, viveu-se um momento de grande aspiração ao progresso. O pós-modernismo foi um lugar onde essa aspiração pode finalmente ser posta em marcha, mas também foi um lugar de combate, gerador de polémicas e cisões duradouras. Este conjunto de entrevistas permite voltar a esse lugar e imaginar a sua reescrita. Sete entrevistas de Jorge Figueira a Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, Manuel Graça Dias, Manuel Vicente, Pancho Guedes, Tomás Taveira e Paulo Varela Gomes. -
Macau, 2011A colecção «Viagens» procura construir um mapa afectivo de viagens singulares realizadas por personagens reconhecidas da cultura arquitectónica portuguesa. Um roteiro pelos vários continentes, mas também pelo universo dos autores. Jorge Figueira foi a Macau com o objectivo de filmar cinco obras de Manuel Vicente. No âmbito da exposição «Manuel Vicente: Trama e Emoção», comissariada por João Afonso, viajou na companhia de José Maçãs de Carvalho, Rui Xavier e Ana Vaz Milheiro. Da viagem delirante a Macau, Jorge Figueira quis mostrar a "cidade do jogo, pujante, onde o céu parece ser o limite", bem como "o seu contrário; aquilo que continua a ser Macau, que nunca foi puro ou virtuoso mas conturbado, denso, urbano, no seu melhor." Das imagens e dos textos que nos ficam da viagem, destacamos uma que acabou por ilustrar a capa do livro: a imagem de um "Robocop sem braços, ferido, inutilizado, pré-sucata." -
Sinal - 100 Anos de Design das Telecomunicações e Correios em PortugalAs empresas de Correios e de Telecomunicações, com os seus logotipos, materiais publicitários, edifícios, equipamentos e fardamentos, marcam o imaginário e as vivências coletivas do país, acompanhando e promovendo a sua evolução tecnológica, cultural, social e política. Com origem na exposição Sinal – 100 Anos de Design das Telecomunicações e dos Correios em Portugal, este livro é o primeiro a centrar-se na relação entre o design português e as telecomunicações e os correios ao longo do século XX. Refletindo a estrutura da exposição, encontra-se dividido em seis núcleos ricamente contextualizados, documentados e ilustrados: Transmissão, Rede, Equipamento, Mensagem, Identidade e Emissão.CoediçãoCâmara Municipal de MatosinhosCoordenação EditorialJosé Bártolo, Sara PinheiroTextosFernando Rocha; José Bártolo; Luísa SalgueiroDireção de ArteInês NepomucenoDesign GráficoCatarina Freitas, Susana Martins
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?