Bolcheviques 1917-2017
Em 2017 a Revolução Bolchevique faz 100 anos. Boa parte dos acontecimentos deste século pode interpretar-se em relação ao impacto internacional desses ideais revolucionários e à forma como se puseram em prática: alinhamento de países e guerra fria, competitividade entre o bloco socialista e o bloco capitalista, confrontados no campo ideológico, mas também no tecnológico e no militar. Paralelamente, produzia-se um conflito subterrâneo que rompia as fronteiras geográficas: filosofias dissidentes introduziam esse cerne ideológico em novas esferas do pensamento; contraofensivas, como as políticas do bem-estar, controlavam o avanço do socialismo em países capitalistas; conceções artísticas, símbolos e vanguardas sociais desenhavam um novo mundo. Tudo ficou alterado. Cem anos depois, a velha guarda comunista aproveitará para reivindicar o legado transformador do bolchevismo; o pensamento ultra-liberal para expor à luz alguns episódios de violência e opressão na sua face mais escura.
| Editora | Através Editora |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Através Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Teresa Moure |
Professora Titular de Linguística Geral na Universidade de Santiago de Compostela, onde mora, Teresa Moure publicou romance, ensaio, relato, teatro e poesia, que foram distinguidos com múltiplos prémios e traduzidos para sete idiomas. Em 2013 publicou na imprensa um artigo sobre a sua decisão de escrever, doravante, na forma ortográfica internacional da sua língua. A partir desse momento publicou Eu violei o lobo feroz (poesia, Através, 2013), Politicamente incorreta (ensaio, Através, 2014), Uma mãe tão punk (romance, Chiado, 2014), Ostrácia (romance, Através, 2015), para além de participar nos volumes coletivos Bolcheviques (ensaio, Através, 2016), Abadessa, oí dizer (relato, Através 2017), Linguística Eco- O estudo das línguas no Antropoceno (ensaio, Através, 2020), Um elefante no armário (romance, Através, 2017), A tribo que conserva o lume (romance, Através, 2020) e Sopas NewCampbellI (novela, Cuarto de Inverno, 2020).
-
Um Elefante no ArmárioUm escritor torna-se em voyeur para aceder às cenas íntimas em que participa Ana. Uma das suas amigas teme que Ana esteja a planificar um assassinato; outra, psiquiatra, fica fascinada com o interesse extenuante de Ana pela verdade. Ana Brouwer, filósofa, vem da Holanda. Tem uma filha, um ex-marido, uma loja de trabalhos manuais e um passado que guarda cuidadosamente no armário. Corre, engata homens, filosofa com o martelo, cultiva a amizade e vive apressadamente para ocultar qualquer coisa tão imensa como um elefante. Pertinaz no objetivo de dar com a verdade, conseguirá que todos os que andam à sua volta colaborem na tarefa de escrever o romance da sua vida, embora tenha que desvendar a sua intimidade. Completamente. -
Eu Violei o Lobo FerozPrimeiro livro de poemas de Teresa Moure. Uma singular Capuchinho Vermelho reconstrói e constrói a sua historia e identidade através de confissões quando é retida por terrorismo ecológico. Uma singular Capuchinho Vermelho reconstrói e constrói a sua historia e identidade através de confissões quando é retida por terrorismo ecológico. -
Politicamente Incorreta: Ensaios para um tempo de pressasUma mulher é politicamente incorreta quando diz o que não se espera dela e, ainda mais, quando pronuncia uma verdade não admitida pela opinião pública. Se alguém - é apenas um exemplo - insinuar que os poderes eleitos nem sempre nos representam ou que é preciso dedicar-se a sabotar as instituições, ou confiscar as igrejas para torná-las centros sociais, adota uma atitude subversiva que não encaixa no relato admitido pelos meios de comunicação. Nessa atitude rebelde lateja o desacato: para o modelo conservador, com as suas hierarquias e os seus interesses inconfessáveis, mas também para os pensamentos supostamente avançados, que se conformam com pôr remendos a um mundo que deve ser reduzido a cinzas. A politicamente incorreta é pessoa incómoda. -
OstráciaOstrácia é o novo livro da escritora Teresa Moure publicado sob chancela da Através Editora. Ostrácia achega a vida de Inessa Armand, mas ela é um nome secundário na história, apenas identificável como "a amante de Lenine". Aliás, participou ativamente na cúpula bolchevique, fundou Sociedades feministas, dirigiu jornais, enfrentou se às normas sociais ao abandonar o marido para marchar com o seu cunhado, de dezassete anos, e foi obrigada a exilar se dois anos no Ártico. Porém, Ostrácia não pode ser mais um romance sobre a épica das mulheres bravas porque a escritora tem a vontade de explorar o território da exclusão, das margens, esses espaços da dissidência política onde os "nossos" nos confinam por não luzirmos tão claros e obedientes como dantes. -
Linguística Eco - O Estudo das Línguas no AntropocenoOs preconceitos de existirem línguas mais fáceis e difíceis, grandes e pequenas, globais e regionais ou particulares, línguas de comunicação e de identidade, línguas de entendimento e de confronto, pobres e ricas, primitivas e mais desenvolvidas, complexas e simples, etc. estão presentes na sociedade como verdades comummente aceites por numerosas pessoas e, precisamente, a educação teria que ir dirigida a imunizar contra preconceitos como estes, carentes de uma base científica e que, portanto, não podem ser a origem de atitudes e condutas adequadas na sociedade. A disciplina que se teria de encarregar de sentar as bases para a superação e anulação desses preconceitos é, precisamente, a linguística. Estamos perante uma obra de divulgação linguística arquitetada por uma pessoa competente na matéria e, o que também é muito importante, comprometida com a defesa da diversidade e da riqueza linguística, sem esse compromisso implicar qualquer desvio que deforme ou selecione apenas uma parte da realidade linguística que possa cientificamente ser observada por qualquer pessoa que tenha a capacidade e interesse suficientes para o fazer. [Juan Carlos Moreno Cabrera, autor do prólogo] -
A Tribo Que Conserva o LumeQuem matou Thomas Dinger? Era um aventureiro sem palavra? Um professor da Universidade de Ann Arbor? Um colaborador dos serviços de inteligência americana? Um anarco primitivista? Poderemos saber quem foi realmente esse homem que apareceu morto na sua casa no Michigan? Cinco anos depois do seu passamento e devido a reiteradas mortes de linguistas em todo o mundo, duas mulheres envolvem-se em investigações paralelas com consequências imprevisíveis. -
Linguística Escreve-se com A - A perspetiva de género nas ideias sobre a linguagemOs manuais de Historiografia linguística que usamos no século XXI não incluem nenhum nome feminino. Nenhum.Várias gerações de mulheres conseguiram no passado século aceder a um espaço social com um lugar próprio nos estudos de Humanidades – que chegam a ser evocados às vezes como um lugar propício para encontrar marido –. Seria de imaginar que muitas delas tivessem escolhido a Linguística. Filólogas, professoras de idiomas, tradutoras fazem parte do vago catálogo das mulheres consideradas instruídas e, nesse contexto, como é que nenhuma delas consegue visibilidade como tal nos manuais que pretendem apresentar o percurso da disciplina?Acaso nenhuma delas foi boa o suficiente?
-
NovidadeA Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
NovidadeHistória dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
NovidadeA Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
NovidadeRevolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
NovidadePaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
NovidadeAntes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
NovidadeBaviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?