Eu Violei o Lobo Feroz
| Editora | Através Editora |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Através Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Teresa Moure |
Professora Titular de Linguística Geral na Universidade de Santiago de Compostela, onde mora, Teresa Moure publicou romance, ensaio, relato, teatro e poesia, que foram distinguidos com múltiplos prémios e traduzidos para sete idiomas. Em 2013 publicou na imprensa um artigo sobre a sua decisão de escrever, doravante, na forma ortográfica internacional da sua língua. A partir desse momento publicou Eu violei o lobo feroz (poesia, Através, 2013), Politicamente incorreta (ensaio, Através, 2014), Uma mãe tão punk (romance, Chiado, 2014), Ostrácia (romance, Através, 2015), para além de participar nos volumes coletivos Bolcheviques (ensaio, Através, 2016), Abadessa, oí dizer (relato, Através 2017), Linguística Eco- O estudo das línguas no Antropoceno (ensaio, Através, 2020), Um elefante no armário (romance, Através, 2017), A tribo que conserva o lume (romance, Através, 2020) e Sopas NewCampbellI (novela, Cuarto de Inverno, 2020).
-
Bolcheviques 1917-2017Em 2017 a Revolução Bolchevique faz 100 anos. Boa parte dos acontecimentos deste século pode interpretar-se em relação ao impacto internacional desses ideais revolucionários e à forma como se puseram em prática: alinhamento de países e guerra fria, competitividade entre o bloco socialista e o bloco capitalista, confrontados no campo ideológico, mas também no tecnológico e no militar. Paralelamente, produzia-se um conflito subterrâneo que rompia as fronteiras geográficas: filosofias dissidentes introduziam esse cerne ideológico em novas esferas do pensamento; contraofensivas, como as políticas do bem-estar, controlavam o avanço do socialismo em países capitalistas; conceções artísticas, símbolos e vanguardas sociais desenhavam um novo mundo. Tudo ficou alterado. Cem anos depois, a velha guarda comunista aproveitará para reivindicar o legado transformador do bolchevismo; o pensamento ultra-liberal para expor à luz alguns episódios de violência e opressão na sua face mais escura. -
Um Elefante no ArmárioUm escritor torna-se em voyeur para aceder às cenas íntimas em que participa Ana. Uma das suas amigas teme que Ana esteja a planificar um assassinato; outra, psiquiatra, fica fascinada com o interesse extenuante de Ana pela verdade. Ana Brouwer, filósofa, vem da Holanda. Tem uma filha, um ex-marido, uma loja de trabalhos manuais e um passado que guarda cuidadosamente no armário. Corre, engata homens, filosofa com o martelo, cultiva a amizade e vive apressadamente para ocultar qualquer coisa tão imensa como um elefante. Pertinaz no objetivo de dar com a verdade, conseguirá que todos os que andam à sua volta colaborem na tarefa de escrever o romance da sua vida, embora tenha que desvendar a sua intimidade. Completamente. -
Politicamente Incorreta: Ensaios para um tempo de pressasUma mulher é politicamente incorreta quando diz o que não se espera dela e, ainda mais, quando pronuncia uma verdade não admitida pela opinião pública. Se alguém - é apenas um exemplo - insinuar que os poderes eleitos nem sempre nos representam ou que é preciso dedicar-se a sabotar as instituições, ou confiscar as igrejas para torná-las centros sociais, adota uma atitude subversiva que não encaixa no relato admitido pelos meios de comunicação. Nessa atitude rebelde lateja o desacato: para o modelo conservador, com as suas hierarquias e os seus interesses inconfessáveis, mas também para os pensamentos supostamente avançados, que se conformam com pôr remendos a um mundo que deve ser reduzido a cinzas. A politicamente incorreta é pessoa incómoda. -
OstráciaOstrácia é o novo livro da escritora Teresa Moure publicado sob chancela da Através Editora. Ostrácia achega a vida de Inessa Armand, mas ela é um nome secundário na história, apenas identificável como "a amante de Lenine". Aliás, participou ativamente na cúpula bolchevique, fundou Sociedades feministas, dirigiu jornais, enfrentou se às normas sociais ao abandonar o marido para marchar com o seu cunhado, de dezassete anos, e foi obrigada a exilar se dois anos no Ártico. Porém, Ostrácia não pode ser mais um romance sobre a épica das mulheres bravas porque a escritora tem a vontade de explorar o território da exclusão, das margens, esses espaços da dissidência política onde os "nossos" nos confinam por não luzirmos tão claros e obedientes como dantes. -
Linguística Eco - O Estudo das Línguas no AntropocenoOs preconceitos de existirem línguas mais fáceis e difíceis, grandes e pequenas, globais e regionais ou particulares, línguas de comunicação e de identidade, línguas de entendimento e de confronto, pobres e ricas, primitivas e mais desenvolvidas, complexas e simples, etc. estão presentes na sociedade como verdades comummente aceites por numerosas pessoas e, precisamente, a educação teria que ir dirigida a imunizar contra preconceitos como estes, carentes de uma base científica e que, portanto, não podem ser a origem de atitudes e condutas adequadas na sociedade. A disciplina que se teria de encarregar de sentar as bases para a superação e anulação desses preconceitos é, precisamente, a linguística. Estamos perante uma obra de divulgação linguística arquitetada por uma pessoa competente na matéria e, o que também é muito importante, comprometida com a defesa da diversidade e da riqueza linguística, sem esse compromisso implicar qualquer desvio que deforme ou selecione apenas uma parte da realidade linguística que possa cientificamente ser observada por qualquer pessoa que tenha a capacidade e interesse suficientes para o fazer. [Juan Carlos Moreno Cabrera, autor do prólogo] -
A Tribo Que Conserva o LumeQuem matou Thomas Dinger? Era um aventureiro sem palavra? Um professor da Universidade de Ann Arbor? Um colaborador dos serviços de inteligência americana? Um anarco primitivista? Poderemos saber quem foi realmente esse homem que apareceu morto na sua casa no Michigan? Cinco anos depois do seu passamento e devido a reiteradas mortes de linguistas em todo o mundo, duas mulheres envolvem-se em investigações paralelas com consequências imprevisíveis. -
Linguística Escreve-se com A - A perspetiva de género nas ideias sobre a linguagemOs manuais de Historiografia linguística que usamos no século XXI não incluem nenhum nome feminino. Nenhum.Várias gerações de mulheres conseguiram no passado século aceder a um espaço social com um lugar próprio nos estudos de Humanidades – que chegam a ser evocados às vezes como um lugar propício para encontrar marido –. Seria de imaginar que muitas delas tivessem escolhido a Linguística. Filólogas, professoras de idiomas, tradutoras fazem parte do vago catálogo das mulheres consideradas instruídas e, nesse contexto, como é que nenhuma delas consegue visibilidade como tal nos manuais que pretendem apresentar o percurso da disciplina?Acaso nenhuma delas foi boa o suficiente?
-
NovidadeTal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
NovidadeNocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
NovidadeAlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira
