Calçada Portuguesa - In Excelsis Petris
Novo livro da Mythus de Er é uma nova aposta na calçada à portuguesa e com o mesmo autor que tem caminhado no chão nessas danças e andanças que vêm rodopiando e floreando o chão nosso de cada pisada.
In Excelsis Petris é um livro sobre a excelência da calçada artística e das suas pedras que a compõem, onde Ernesto Matos & outros Amigos de todo o mundo se propuseram a manifestar com sentimentos aleatórios nessas pedras que se encontram debaixo dos nossos pés.
Pessoas dos vários quadrantes, quer sociais, artísticos e políticos contribuíram com a sua expressão, quer através da simplicidade ou do enigmático, do estético ou do eclético, da frase em prosa à rima poética, do pincel ao chip.
Entre elas, encontram-se nomes bem conhecidos, como Marcelo Rebelo de Sousa, Pilar del Río ou mesmo Joana e Mariana Mortágua. De artistas consagrados aos consagrados calceteiros artistas. Toda uma profusão de estilos que cabem numa simples pedra da calçada.
| Editora | Mythus de Er |
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| Categorias | |
| Editora | Mythus de Er |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ernesto Matos |
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Calçada Portuguesa - Scriptum in PetrisAs pedras dão-nos tudo! O suporte e a proteção, os minerais da nossa existência e os diamantes da nossa elegância, a reflexão da luz matinal e as cores das fachadas das catedrais, a perspetiva do prolongamento das ruas e o tapete a preto e branco bordado ali mesmo à nossa porta… Mas o que podemos nós retribuir às pedras dessa calçada e das catedrais senão o carinho e o prazer de as olharmos, de as sentirmos na nossa envolvência diária? Desde há milénios que o Homem se vem revelando como ser portador de mensagens iconográficas. A pedra tem sido um dos suportes para a transmissão dessas comunicações ancestrais. Tal como as estrelas, disso provam-nos as figuras rupestres de Foz Côa, as gravuras nos menires da região de Évora e do lado de lá do Atlântico e em terreno norte-americano os inukshuk e as construções de pedras empilhadas como suporte para a interajuda entre povos. A pedra e as pedras continuam para além da passagem do tempo e irão, com certeza, continuar para além do nosso. Como testemunho literário muitos são os escritores que nos deixaram as suas mensagens onde a pedra continua presente nas suas interpretações. Por exemplo, Antoine de Saint-Exupéry referiu essa importância na sua obra Piloto de Guerra: - «Um monte de pedras deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.» Dante Alighieri também escreveria sobre a pedra do chão na sua mais famosa obra literária A Divina Comédia: - «Olha para baixo: ser-te-á bom, para te parecer menos fatigante o caminho, ver o pavimento que os teus pés pisam.» Ainda São Bernardo de Claraval, fundador dos templários, no séc. XII, deixou-nos escrito em forma de lição: «Acredita em mim, aprenderás mais lições nos bosques do que em livros. As árvores e as pedras ensinar-te-ão aquilo que não poderás aprender dos mestres.» A arte da pedra, a pedra como arte, arte nos passeios em passeios de arte? Mas afinal onde está essa arte nas nossas ruas que tanto admiramos? A calçada portuguesa como uma das Belas-Artes? Almeida Garrett escreveria no seu livro O Arco de Sant’Ana, numa edição de 1937: «Nenhum povo do mundo se pode gabar de possuir tão rica e vasta colecção de hinos patrióticos: tão belos todos, tão originais, tão excitantes, que dariam inveja ao próprio Tirteu, ao demagogo Alceu, e cujas palavras – não somemos das notas – deviam passar à posterioridade, gravadas nas nádegas das sereias do Passeio público de Lisboa, ou na fachada do teatro Agrião, ou embrechadas – que mais seguro era ainda – pela mais bela das Belas-artes Eusébias, no mosaico do Rocio. Seja onde fôr, mas quero vê-las consubstanciadas, associadas por qualquer modo, a um dos grandes monumentos de arte contemporânea que hão-de imortalizar o século dos nossos Perícles». Este autor bem português deixa-nos, desde logo, uma visão da sociedade dos meados do séc. XX, em que Lisboa florescia com a abertura das grandes avenidas e o legado de Eusébio Furtado que tinha deixado no Castelo de São Jorge e no Rossio do século anterior o início de um método de pavimentar arruamentos, com a calçada-mosaico ao estilo italiano, e que no futuro criaria a sua própria identidade e popularmente se passaria a designar de calçada portuguesa. É, sim, graças à pedra, à pedra individual, que a calçada no seu conjunto, dita à portuguesa, assume um rumo definitivo para o continuar de um legado humano da transmissão de mensagens icónicas através dos desenhos que vêm sido aplicados como tatuagens nas nossas ruas ou nos pavimentos que na diáspora vamos edificando como forma de caracterização de um povo.Este projeto literário aborda o tema da calçada portuguesa através das suas pedras, das suas mensagens gráficas e literárias como formas de arte, como forma de interpretação e diálogo com elas próprias. Cada interveniente convidado teve aqui a oportunidade de se manifestar livremente, dando à pedra algo de si, tal como as pedras nos dão livre e gratuitamente as suas formas, a sua dureza, a sua beleza, o seu mistério, ou o seu corpo para que no dia a dia nos transportem nesta passagem in sic transit gloria mundi. Foram para este projeto convidados vários artistas plásticos de renome nacional e internacional, bem como algumas escolas do país e gente, muita gente que aceitou o desafio de se "confessar", afinal, numa simples pedra da calçada. Revele-se também numa das páginas deste livro que está guardada para si. Alea jacta est - petrae dissolutae sunt.Ernesto Matos -
Lisboa Lux CandensUm livro fotográfico e poético sobre a cidade de Lisboa numa perspetiva diferente do habitual e numa conceção gráfica aprimorada. Estampagem do título a ouro.
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NovidadeArte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
NovidadeEsgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.

