Caminhos Sem Destino
São 44 os contos que fazem parte deste livro, grande parte deles já anteriormente publicados: em antologias, em revistas portuguesas ou alemãs, ou mesmo isoladamente. Aparecem-nos agora reunidos numa antologia que pretende ser definitiva, expurgada de alguns contos que a autora considerou menores, e não será de admirar se encontrarmos outros bastantes reformulados. Ilse Losa não consegue reler a sua obra sem constantemente a modificar, cortando aqui, acrescentando ali, alterando pormenores. A qualidade de grande contista foi descoberta já nos anos 50 por João Gaspar Simões, e foi sendo reconhecida ao longo de todos estes anos por vários críticos literários, portugueses e alemães.
| Editora | Afrontamento |
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| Editora | Afrontamento |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ilse Losa |
Ilse Losa nasceu na Alemanha. Frequentou o liceu em Osnabruck e Hildesheim e depois um Instituto comercial em Hannover. A sua qualidade de judia criou-lhe embaraços no seu país, de onde foi forçada a sair. Na Inglaterra teve os primeiros contactos com escolas infantis e com os problemas das crianças. Refugiou-se em Portugal, aqui casou, adquirindo a nacionalidade portuguesa. A sua já vastíssima obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura para crianças. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, alemães e portugueses, está representada em várias antologias de autores portugueses e ela própria colaborou na organização e traduziu antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão alguns dos mais consagrados autores. Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, premiando o conjunto da sua obra para crianças. Alguns dos seus livros estão também publicados na Alemanha e em França.
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Sob Céus Estranhos«Será preciso chegar a autora de Sob Céus Estranhos para nos dar, a propósito do tema da adaptação de um imigrado judeu, o mais perfeito retrato da cidade do Porto dos anos 40 (para não dizer o único retrato), que continua a estar certo para a cidade do Porto dos anos 60, como talvez venha a estar para a dos anos 80, ou mesmo mais. Sob Céus Estranhos é um livro novo na sua bibliografia e, sem qualquer exagero, um belo livro. Beleza que não é aparente dos estilos labo-riosos, engalanados de ver a Deus, mas a que resulta de uma linguagem simples, linear, discretamente poética, façanha sempre singular quando brota de alguém que só na idade adulta ouviu pela primeira vez o idioma que nessa linguagem se vasou». Alexandre Pinheiro Torres in Jornal de Letras e Artes, 1962 Foi lançado na Alemanha em 1989, juntamente com O Mundo em que Vivi. -
Ida e Volta - À Procura de BabbitFoi em 1960, tendo sido um êxito de livraria, que saiu a 1.ª edição desta obra de Ilse Losa, após uma viagem que efectuou aos Estados Unidos, em 1958, e aproveitando as cartas que ao longo da sua estadia regularmente enviava ao marido Arquitecto Arménio Losa. Chame-se-lhe crónicas de viagem, ou diário, este livro reflecte as impressões de uma viajante sensível, observadora e lúcida, que transforma em vida interior toda a experiência recolhida: as pessoas observadas, os pequenos factos consciencializados, a paisagem humana, fundem-se neste livro, com toda a naturalidade, com os grandes problemas dessa (?) época: o preconceito racial, a injustiça contra os negros, o perfil da realidade social norte-americana. Ao reeditar Ida e Volta, à procura de Babbitt, Ilse Losa não deixou de fazer aquilo que sempre é costume: rever, cortar aqui, reescrever acolá, depurar: sendo a mesma obra, trata-se de «outro» livro, com uma escrita mais cuidada, mais trabalhada. -
À Flor do Tempo - CrónicasEste livro recolhe crónicas de Ilse Losa, dispersas por jornais e revistas ao longo de quase meio século e configura, para lá da diversidade dos temas, das circunstâncias e dos estados de alma, uma das facetas mais vincadas da actividade da escritora, tão atenta às gentes e às realidades do Porto, como entregue à evocação da terra natal, a Alemanha. Meia centena de textos onde confluem as experiências vividas no mundo real com o projecto latente da sua transformação no voo ficcional. O livro conta com um posfácio de Américo Oliveira Santos, docente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. -
O Mundo em que ViviNuma escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau,aumento de influência e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na iminência de um destino trágico num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar «mesmo em cima de nós». Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa entre a emigração para os E.U. e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de agnosticisrno à margem da experiência judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avós da aldeia, o pai, negociante de cavalos, desfeiteado por anti-semistas e falecido de cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester (kleine Orna), Paul (o jovem quase namorado que se deixa intimidar pelo ambiente), Kurt (o jovem enamorado assolapado, culto e firme nas suas convicções). A acção é desfiada numa sucessão de fases biográficas progressivamente dramáticas — e nós acabamos por participar afectivamente de um destino ao mesmo tempo muito singular e muito típico, que bem nos poderia ter cabido. Um romance de características únicas na literatura portuguesa — e emocionantemente certeiro. Oscar Lopes, Novembro de 1989 -
Beatriz e o PlátanoA história de uma menina - a Beatriz - que todos os dias vê diante da sua janela um enorme plátano, de tronco grosso e copa farta. Para Beatriz, aquela árvore fazia parte da sua vida, tal como um bom amigo. Ora, certo dia, as autoridades decidem deitar o plátano abaixo, a pretexto de árvore tão antiga não se enquadrar na moderna paisagem que elas tinham planeado para a cidade. E é a determinação da Beatriz em defesa do seu velho amigo que acaba por dissuadir as ditas autoridades de levarem a cabo o seu plano. -
Um Fidalgo De Pernas CurtasDe cão fino e habituado a todos os luxos, o nosso herói - o Fidalgo (que ao longo da história vai tendo vários nomes, consoante os vários donos) -, acaba por ir ter a uma «ilha» da cidade do Porto onde, como é sabido, mora apenas gente de poucos recursos. Aí conhece um rapazito - o Estrelinhas - e entre os dois nasce uma sólida amizade. O destino, contudo, interrompe abruptamente essa ligação e leva o Fidalgo de volta a uma vida de luxo e requinte. Finalmente, após várias aventuras/desventuras, os dois amigos reencontram-se. Uma história repleta de ternura e carinho, que constitui um verdadeiro hino à amizade. -
O Príncipe NaboSer princesa e poder escolher um príncipe deveria ser uma tarefa fácil. Mas para a Princesa Beatriz, a quem nada nem ninguém satisfaz, é um tremendo aborrecimento, e ainda aproveita para zombar dos pobres pretendentes. Cansado dos caprichos da Princesa, o Rei decide dar-lhe uma boa lição... A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
O Mundo em que ViviNum registo autobiográfico, "o mundo em que viveu" Ilse Losa vai-nos sendo revelado de uma forma tão bela e tão doce que contrasta com a realidade obscura e sombria que qualquer família judia começa a viver no final da Primeira Guerra Mundial na Alemanha. "Era como se alguém começasse a medir a distância da trovoada, o tempo entre o relâmpago e o trovão. Cada quilómetro significava um ano. Uma voz conta: um, dois, três, quatro, cinco… Um estrondo medonho faz estremecer a terra, e uma voz cheia de horror exclama: Agora está mesmo por cima de nós!" A coleção Educação Literária reúne obras de leitura obrigatória e recomendada no Ensino Básico e Ensino Secundário e referenciadas no Plano Nacional de Leitura. -
A Visita ao PadrinhoTRÊS HISTÓRIAS de Ilse Losa em que o humor, a ternura, o insólito e o imaginário se entrecruzam e quase se confundem.Gente vulgar, animais vulgares, que vivem histórias invulgares. Ou serão, apesar de tudo, também vulgares?
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet