Che Cos'è la Poesia?
Publicado inicialmente na revista italiana Poesia, em Novembro de 1988, e tendo preservado dessa publicação inicial o título em italiano, Che cosè la poesia? viria depois a ser recolhido no volume Points de Suspension, em 1992.
Trata-se de uma das mais idiossincráticas reflexões sobre a poesia na obra de Derrida, uma obra na qual a poesia, e mais latamente essa «estranha instituição chamada literatura», ocupou um lugar crescente a partir de final dos anos 70.
| Editora | Angelus Novus |
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| Editora | Angelus Novus |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jacques Derrida |
Jacques Derrida (1930-2004) é o filósofo da Desconstrução – talvez o mais radical, justo, afirmativo, re-inventivo e difícil dos idiomas filosóficos: justíssimas nos parecem por isso as palavras que Dominique de Villepin endereçou ao filósofo, a 25 de Maio de 2003, na Universidade hebraica de Jerusalém aquando da sua recepção de um Doutoramento honoris causa: «Jacques Derrida, o senhor volta a dar densidade às palavras mais fortes e mais simples da Humanidade […] O senhor está na primeira fila daqueles que abriram a via de um pensamento novo. […] A “Desconstrução” é a démarche atenta, escrupulosa, de um pensamento que se forma à prova do seu objecto. Démarche eminentemente criativa e libertadora. Desfazer, sem nunca destruir, para ir mais longe. […] O senhor situa-se na linha dos intelectuais da honra, ciosos de universal, no caminho aberto por Voltaire, Bernanos, Zola ou Sartre.»
Para além da sua docência, primeiro na Sorbonne, de 1960 a 1964, depois na École Normale Supérieure de Paris, de 1964 a 1984, e na École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, de 1984 a 2003, Derrida também desenvolveu uma intensa actividade docente um pouco por todo o mundo, tendo sido Professor convidado de várias universidades [nomeadamente, Berlim, San Sebastian, John Hopkins, Yale, Cornell, New York University, New School for Social Research, UC Irvine, Cardozo Scholl of Law, …] e tendo também herdado a cátedra de Hans-Georg Gadamer na Universidade de Heidelberg. Doutor Honoris Causa por mais de duas dezenas de universidades, incluindo pela Universidade de Coimbra, em 2003, Derrida acordara também encerrar anualmente o Seminário de Mestrado na área da Desconstrução na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Da sua obra imensa, que atravessa, repensando e reinventando, todas as áreas dos saberes e das artes, lembramos aqui alguns dos títulos traduzidos entre nós: Margens da filosofia (1972); "O Outro Cabo" (1998); "O monolinguismo do outro ou a prótese de origem" (2001); "Da Hospitalidade" (2003); "Políticas da amizade" (2003); "Força de lei : o 'fundamento místico da autoridade'” (2003); "Morada : Maurice Blanchot" (2004); "O Soberano Bem / Le Souverain Bien" (2004); "Aprender finalmente a viver" (2005); "Carneiros.
O diálogo ininterrupto: entre dois infinitos, o poema" (2008); "Vadios" (2009); "Memórias de cego : o auto-retrato e outras ruínas" (2010); "Dar a Morte" (2013); "Idiomas da Diferença Sexual" (2018).
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A Voz e o Fenómeno - Introdução ao Problema do Signo na fenomenologia de HusserlA teoria do signo desempenha um papel organizador, ainda que discreto, na fenomenologia de Husserl. Elabora-se desde a primeira das Investigações Lógicas e os seus traços permanecerão mais ou menos invariáveis. Através de uma análise minuciosa e rigorosa surgem distinções essenciais entre as formas e as funções do signo, do indício, da expressão, nos modos da sua ligação ao objeto e ao sentido, tanto no monólogo como na comunicação. Reconstituindo essa teoria da significação (Sinn e Bedeutung), que dialoga indiretamente com a de Frege, por exemplo, pode-se desvelar, sob a fidelidade descritiva, um sistema de decisões implícitas que empenha todo o desenvolvimento da fenomenologia. Marca a sua pertença a uma especulação metafísica que Husserl se propõe criticar. Jacques Derrida parte das premissas conceptuais husserlianas para se embrenhar no labirinto do seu apurado sentido filosófico e dar voz ao fenómeno. Consulte a introdução e o índice deste livro Open publication - Free publishing - More edicoes70 -
Da HospitalidadeEste livro, "Da hospitalidade", reúne duas sessões dos Seminários de Derrida dos anos 90 consagrados ao motivo da hospitalidade - nelas é possível ouvir o admirável respirar de um pensamento que, em voz alta, medita a herança semântica da hospitalidade, desde o mais antigo da nossa cultura, a Bíblia, os clássicos da literatura e da filosofia gregas, Sófocles e Platão, até ao horizonte dos nossos dias tecido pelo fio vulnerável e quase transparente da teletecnologia (telefone, televisão, Internet, faxe, e-mail, ...). Nestas páginas atravessadas pelo luto e pelo sofrimento, por queixumes, gritos e protestos que denunciam os trágicos contratempos do tempo, do tempo de Lot, de Antígona, de Édipo e de Sócrates, mas também do nosso, também do nosso tempo dito de mundialização, Derrida pergunta pelo que querem dizer para nós, hoje, palavras como hospitalidade, estrangeiro, outro, convidado, visitante, refém, cidadão, exílio, emigração, direito de asilo, direito nacional e internacional, guerra e paz. E, pensando e defendendo incondicionalmente uma hospitalidade absoluta, a qual se confunde com o idioma da própria desconstrução, e ainda que ciente da sua dificuldade - deixa sempre muito a desejar, a experiência da hospitalidade! - convida-nos a meditar o que é preciso fazer para, em condições que são as da evolução do Estado, da nação, das fronteiras e do direito internacional, inscrever num novo discurso político e em novos projectos políticos, jurídicos, nacionais e internacionais, a injunção desta hospitalidade incondicional, infinita, absoluta ou hiperbólica que continua a orientar o desejo de hospitalidade. -
Vadios«Pronunciados com algumas semanas de intervalo, próximos pelos seus temas e pelos seus problemas, mas destinados a auditórios muitíssimo diferentes, estes discursos parecem invocar alguma razão por vir [raison à venir], enquanto democracia por vir [démocratie à venir] - na idade da dita «mundialização». Os conceitos de «razão» (prática ou teórica, ética e jurídica, técnica também), os conceitos de «democracia», de «mundo» e sobretudo de «evento» [«événement»] (a chegada ou a vinda do «que vem» e de «quem vem») pertencem aqui a uma única meada problemática. Não se conseguiria desemaranhá-la sem um preâmbulo. Mas, sem formar um «sistema», um certo entrelaçamento, tal é a hipótese aqui a operar, permanece uma necessidade inflexível. E a sua análise uma tarefa. Para tal, um dos fios condutores mais visíveis seria a grande, urgente e tão difícil questão, o velho-novo enigma da soberania, nomeadamente da soberania estato-nacional - dita democrática ou não. [...]» J. Derrida, do Preâmbulo -
Dar a MorteApesar das aparências, apesar do sinal do dom, apesar de uma passagem esperada entre o tempo e a morte, apesar da aparição, furtiva, é verdade, do narrador de La Fausse Monnaie (Baudelaire), Dar a Morte não é ainda o segundo tomo anunciado de Donner le Temps. I. La Fausse Monnaie (Galilée, Paris, 1991).A figura para sempre dominante é aqui Abraão: aquele que, antes de mais, é certo, recebe três homens junto aos Castanheiros de Mambré, os enviados de Deus, e lhes dá hospitalidade para inaugurar a sua tradição. Mas Abraão é também aquele que, no fim de contas, sabe dever calar-se no Monte de Moriá antes de o anjo, um outro enviado, interromper a morte que, para a dar a Deus, ele se aprontava a dar ao seu filho preferido, Isaac a menos que seja, em terra do Islão, Ismael de Ibraim.Como interpretar o segredo de Abraão e a lei do seu silêncio? Porque parece ele incomensurável com o interdito, que parece reduzir ao mutismo todos os seus, todos aqueles e todas aquelas a quem, aliás, ele não confia jamais nada: e Sara e Isaac, e Agar e Ismael tão cedo mandados embora? A estes quatro próximos, que se queria fazer passar por figurantes, nós lembrá-los-emos discretamente para o centro da cena.Não se sabe mais como entender o indecifrável deste momento inaudito. Não se sabe mais reinterpretá-lo. Não se sabe mais, porque não é mais uma questão de saber, quem pode autorizar-se a reinterpretar o número infinito das interpretações que desde sempre dão aqui à costa em vista das costas ou soçobram no fundo dos abismos que se abrem à nossa memória, aí se descobrindo e encobrindo ao mesmo tempo.Ora nós somos esta memória, por ela prevenidos e intimados. Inspeccionados no alto mar antes do naufrágio. Ela consigna-nos uma herança irrevocável. Nós podemos, é certo, denegá-la, ela permanece justamente inegável e continua a ditar uma certa leitura do mundo. Do que um «mundo» quer dizer. Ou mesmo da mundialização hoje em dia da confissão, do arrependimento e do perdão. Abraão, sugere a literatura de Kierkegaard, teria pedido perdão a Deus: não por tê-lo traído, mas por lhe ter obedecido! História da Europa, da responsabilidade, da subjectividade ou do segredo, possibilidade da literatura, tais seriam talvez alguns nomes, entre outros ou apelidos , destes desafios.E o mais do que Um. E a questão de saber porque é que, na sua filiação abraâmica, a literatura teria de pedir perdão por não querer dizer. E porque é que Deus teria ainda de jurar.Reunidos em torno do corpus bíblico, alguns grandes veladores são escutados. Todos homens. Disputam-se a noite: Kierkegaard, em primeiro lugar, Kierkegaard indefinidamente, e Kafka sobretudo, e Melville, mas também Patocka, a seguir a Platão, Nietzsche, Heidegger, Lévinas. -
Espectros de Marx«Será sempre uma falta não ler e reler e discutir Marx. Quer dizer, também alguns outros – e para além da «leitura» ou da «discussão» de escola. Será cada vez mais uma falta – uma falta à responsabilidade teórica, filosófica, política. Uma vez que a máquina de dogmas e os aparelhos ideológicos «marxistas» (Estados, partidos, células, sindicatos e outros lugares de produção doutrinal) estão em vias de desaparição, não temos mais desculpa, somente alibis, para nos desviarmos desta responsabilidade. Não haverá porvir sem isso. Não sem Marx – não há porvir sem Marx. Sem a memória e sem a herança de Marx: em todo o caso, de um certo Marx, do seu génio, de pelo menos um dos seus espíritos. Porque, tal será a nossa hipótese, ou antes o nosso parti pris: há mais de um, deve haver mais de um.»J. Derrida, "Espectros de Marx", p. 39«O trabalho de leitura dos textos de Marx não é o que mais conta. […] O que é mais actual, o que me levou a levantar o tom, na forma de uma tomada de posição política, é a impaciência crescente que sinto, e que creio não ser o único a sentir, diante desta espécie de consenso, ao mesmo tempo, eufórico e caricatural que invade todos os discursos. […] Toda a referência a Marx se tornou de certa maneira maldita. Pensei que havia nisto uma vontade de exorcismo, de conjuração, que merecia ser analisada e que merecia também que nos insurgíssemos. De uma certa maneira, o meu livro [Espectros de Marx] é um livro de insurreição. É um gesto aparentemente intempestivo, que vem a contratempo. Mas a ideia de contratempo está no coração do próprio livro. […] E, o que se espera sempre que se faz um gesto a contratempo, é que ele chegue a tempo, no momento em que se o sente necessário.»J. Derrida in "Le Nouvel Observateur", 21 de Outubro de 1993. -
A Besta e o Soberano - Vol.1 - Seminário (2002-2002)O seminário intitulado «A Besta e o Soberano» foi o último dos leccionados por Jacques Derrida na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris, do Outono de 2001 à Primavera de 2003 [...]«Prosseguimos investigações que nos anos precedentes […] nos tinham conduzido a estudar a soberania, a história política e onto-teológica do seu conceito e das suas figuras. Este ano, privilegiámos deliberadamente o que entrelaçava esta história com a de um pensamento do vivente (do biológico e do zoológico), mais precisamente com a do tratamento da vida dita animal em todos os seus registos (caça e domesticação, história política dos parques e jardins zoológicos, criação, exploração industrial e experimental do vivente animal, figuras da «bestialidade», da «bestice» [«bêtise»»], etc.). […]No horizonte constante do nosso trabalho, estão as questões gerais da força e do direito, do direito e da justiça, do «próprio do homem» e da interpretação filosófica dos limites entre o que se chama o homem e o que, abusivamente e no singular geral, se chama o animal.»A Besta e o Soberano, p. 13-14
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira